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Estado de Minas

Mantega diz que criar condição para baixar juro é prioritário

O ministro previu que a economia internacional vai desacelerar, o que deve levar a uma redução da pressão inflacionária


postado em 23/08/2011 14:09 / atualizado em 23/08/2011 14:12

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira que criar as condições para baixar a taxa Selic (juro básico da economia) é prioritário, neste momento, em todos os sentidos. Segundo ele, a economia já desacelerou e a inflação está sob controle.

Mantega destacou que o mercado prevê uma inflação mensal entre 0 35% e 0,38% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até o final do ano, embora tenha reconhecido que, no acumulado em 12 meses, o IPCA ultrapassa o teto da meta de inflação, que é 6,5%. "O que interessa é para frente. E está baixa. Não acredito que tenha no segundo semestre uma pressão

das commodities", disse ele em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

O ministro previu que a economia internacional vai desacelerar, o que deve levar a uma redução da pressão inflacionária. "Haverá uma redução da taxa de crescimento no mundo. Então a tendência do mundo é deflacionar e vai contaminar o Brasil", afirmou.

Desindexação

Mantega afirmou também que o Brasil já está em condições de desindexar a economia. "A desindexação é uma coisa difícil de fazer", disse. "Mas já estamos em condições de desindexar e estamos fazendo na área de energia", completou.

Ele destacou que ainda há indexação nas Letras Financeiras do Tesouro (LFT), títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, e nos contratos de aluguel reajustados pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que "não é um bom indexador". Mantega disse que o IGP-M continua sendo usado porque é facultado às pessoas escolherem o indexador, mas talvez seja necessário que o governo faça uma campanha.

O ministro disse concordar que as taxas de investimento e de poupança ainda são insuficientes no Brasil. "Quando falo em reduzir gastos é de consumo e não dos investimentos. Precisamos ultrapassar 20% do PIB (Produto Interno Bruto), estamos aquém. Estamos trabalhando para chegar a 23% ou 24% do PIB", destacou. Para Mantega, o crescimento econômico também trará um aumento da poupança interna.


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