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Estado de Minas

Agências divergem sobre nota da dívida norte-americana


postado em 07/08/2011 14:48 / atualizado em 07/08/2011 15:17

As principais agências de classificação de risco do mundo não estão afinadas sobre a avaliação da dívida norte-americana. A agência Standard & Poor’s (S&P) reafirmou a decisão anunciada na última sexta-feira e disse, neste domingo, que existe uma chance em três de que a nota de risco dos Estados Unidos (EUA) seja novamente rebaixada nos próximos seis a 24 meses. Já a Moody's considera a decisão precipitada.

Na última sexta-feira, a Standard & Poor’s rebaixou de AAA para AA+ a nota dos Estados Unidos, aumentando, assim, o nervosismo nos mercados e a perspectiva de uma queda generalizada das principais bolsas mundiais. "Se a situação fiscal se degradar ainda mais ou o impasse político se acentuar, isso pode levar a um novo rebaixamento”, disse, em entrevista à rede

ABC News, o diretor-geral da Standard & Poor’s, John Chambers. Ele explicou, ainda, que vai demorar para que os Estados Unidos recuperem a nota AAA, a classificação máxima no ranking da agência.

Já a Moody’s julgou “prematura” a decisão de rebaixar a nota de risco do país. “Achamos prematuro, já que eles [os congressistas norte-americanos] chegaram a um acordo para a redução do déficit", declarou, ao New York Times, o principal analista da dívida dos EUA, Steven Hess. “Apesar de um contexto político conflituoso e das dificuldades em se chegar a um consenso, mesmo que não seja o ideal, eles conseguiram fechar um acordo que consideramos uma reviravolta na política fiscal dos Estados Unidos”, completou.

Já a Fitch, que completa o seleto clube das principais agências de rating mundiais, estaria avaliando a situação fiscal norte-americana, segundo afirmou o jornal New York Times, ontem. O diretor de classificação da agência, David Riley, se recusou a dizer quando uma decisão será tomada. “Nossa nota é o A triplo até que seja alterada”, afirmou.

Os Estados Unidos criticaram a decisão da Standard & Poor’s. Na sexta-feira, o Departamento do Tesouro norte-americano acusou a agência de ter cometido um erro de US$ 2 trilhões em seus cálculos para rebaixar a nota. Segundo o Tesouro, o erro elevava as projeções do déficit norte-americano em US$ 2 trilhões. A agência trabalhava com um cenário em que a dívida chegaria a 93% do Produto Interno Bruto (PIB) em dez anos, mas, pelos cálculos atuais do Congresso, a relação seria de 85%, diferença de US$ 2 trilhões.


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