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Estado de Minas

Japão investiga distribuição e venda de carne contaminada por radiação


postado em 12/07/2011 12:46 / atualizado em 12/07/2011 13:00

Carne bovina contaminada com césio radioativo foi distribuída e vendida em pelo menos dez províncias japonesas, inclusive a capital, divulgou nesta terça-feira o governo metropolitano de Tóquio. Seis cabeças de gado contaminadas saíram de uma fazenda da cidade de Minamisoma, em Fukushima, província onde está localizada a usina nuclear danificada pelo terremoto e pelo tsunami do dia 11 de março.

Por isto, o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca japonês pediu uma inspeção minuciosa de segurança em todas as fazendas da região, inclusive de províncias próximas à Fukushima. Na segunda-feira, o governo da província de Fukushima já havia começado uma operação de investigação paralela em todas as propriedades locais.

Além de Tóquio, a carne teria sido distribuída para venda e consumo nas províncias de Kanagawa, Shizuoka, Osaka, Ehime, Chiba, Aichi, Tokushima, Kochi e Hokkaido. O assunto foi destaque em todos os canais de televisão japoneses, que discutiram os perigos do consumo a longo prazo de produtos contaminados.



Contaminação

Segundo divulgou o jornal Nihon Keizai nesta terça-feira, o gado foi enviado a um abatedouro de Tóquio entre os meses de maio e junho.  Testes feitos nesta carne mostraram que o nível de radioatividade estava muito acima do permitido pela lei, que é de 500 becquerels (unidade de medida de radiação) por quilo.

Duas amostras colhidas em diferentes pontos de venda na capital estavam contaminadas com 2,2 mil e 3,4 mil becquerels de césio radioativo. O governo japonês, no entanto, informou que são quantidades que não prejudicam a saúde humana. O perigo, segundo especialistas, está no consumo contínuo do produto contaminado.

As autoridades disseram também que a contaminação deve ter ocorrido porque os animais foram alimentados com palha de arroz expostas à radiação. Esta ração tinha uma concentração de 75 mil becquerels de césio radioativo por quilo. O limite de segurança estabelecido pelo governo é de 300 becquerels por quilo.
Bezerros criados na região de Fukushima são colocados a leilão em mercado de Motomiya, foto do Yomiuri Shinbun (foto: Reuters)
Bezerros criados na região de Fukushima são colocados a leilão em mercado de Motomiya, foto do Yomiuri Shinbun (foto: Reuters)


A fazenda é a mesma que enviou um lote de onze cabeças de gado para Tóquio, e que também estava contaminado. A carne, que não chegou a ser distribuída, tinha uma quantidade de césio radioativo entre três e seis vezes acima do limite legal.

Os casos mostraram falhas no programa de segurança alimentar do Japão e obrigaram o governo a pedir aos produtores do município que suspendam o fornecimento de gado para consumo. Desde o duplo desastre que derreteu parcialmente os reatores da usina de Fukushima, as autoridades japonesas já detectaram césio radioativo acima do permitido por lei em diversos produtos, como verduras, chás e até em algas no fundo do oceano.


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