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Estado de Minas

Coteminas quer instalar unidade em Betim

Acordo para instalar unidade que responderá pela distribuição de produtos da empresa na AL está condicionado à aprovação do novo Plano Diretor da cidade que será votado nesta terça-feira


postado em 12/07/2011 06:00 / atualizado em 12/07/2011 12:24

 

Terreno às margens da BR-262, na Grande BH, onde deve ser sediada a Coteminas: estimativa é de que empreendimento deve gerar 1,2 mil postos de trabalho diretos e indiretos e começar a funcionar em 2013(foto: Moisés Silva/EM/D.A Press)
Terreno às margens da BR-262, na Grande BH, onde deve ser sediada a Coteminas: estimativa é de que empreendimento deve gerar 1,2 mil postos de trabalho diretos e indiretos e começar a funcionar em 2013 (foto: Moisés Silva/EM/D.A Press)

A reunião plenária desta terça-feira da Câmara de Betim, na Grande BH, deve decidir o futuro da indústria na cidade. Em pauta, o novo Plano Diretor, que permite a criação de três novos distritos industriais e o fechamento de acordo com a Companhia de Tecidos do Norte de Minas (Coteminas) para instalação de uma unidade da empresa, responsável pela distribuição dos produtos para a América Latina. O megaempreendimento, a ser instalado às margens da BR-262, prevê a criação inicial de 200 empregos diretos e outros 1 mil indiretos, mas a instalação depende da aprovação dos vereadores do município.

O terreno escolhido para abrigar o centro de distribuição tem área de 150 mil metros quadrados e deve ocupar um terço do espaço. A previsão é que as obras tenham duração de 18 meses, com previsão para início das operações em meados de 2013. No terceiro ano de funcionamento, a expectativa é que o faturamento ronde a cifra de R$ 1 bilhão.

A escolha da Região Metropolitana de Belo Horizonte é estratégica devido à localização. O fácil acesso às principais rodovias do país, como a ligação com São Paulo, e a proximidade com as principais fábricas da Coteminas facilitam a distribuição dos produtos. Além de Betim, Contagem também estaria na disputa, mas a implantação do novo distrito industrial atraiu os investidores. Na lista de produtos a serem distribuídos a partir de Betim, estão lençóis, travesseiros e a linha de cama, mesa e banho das marcas Artex e Santista e também itens da Cebractex e Lençóis Coteminas, produzidos em Montes Claros, no Norte de Minas.

Mas a implantação do centro de distribuição depende do aval dos vereadores, pois o terreno está instalado na zona rural e, a partir da aprovação do Plano Diretor, a legislação torna-se mais permissiva em relação à região e outras áreas atualmente inviáveis ao setor industrial. O vereador Cordovil Neves de Souza (PT), conhecido por Vila, diz que o projeto de lei deve ser incluído na pauta desta terça-feira, a última antes do recesso parlamentar, para ser votado em caráter emergencial, depois da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Novos setores

Aprovado pela maioria, o projeto seguirá para a sanção do Executivo. “O Plano Diretor praticamente dobra o setor industrial da cidade, permitindo a instalação de indústrias em zonas rurais”, afirma o vereador, líder do governo na Câmara, otimista em relação à aprovação do projeto de lei. A mesma posição inclusive de oposicionistas. Como a prefeita tem maioria na Casa, a expectativa é que o projeto seja aprovado sem ressalvas. Caso contrário, o Executivo pode convocar reuniões extraordinárias para o intervalo parlamentar com a finalidade de votá-lo.

A implantação de novas indústrias na cidade, segundo a prefeita Maria do Carmo Lara (PT), possibilita a variação dos setores e, por consequência, maior independência em relação ao setor automobilístico. Atualmente, a cada R$ 10 arrecadado pela prefeitura, R$ 6 são provenientes do ICMS e, desse total, 45% são pagos pela Fiat e empresas do ramo. “A perspectiva é diversificar a economia, tendo indústrias voltadas para outras áreas que não só a de carros. O maior interesse deste governo é planejar uma cidade sustentável economicamente”, afirma Maria do Carmo. Dados da prefeitura mostram que, em 2011, Betim deixou de arrecadar R$ 51 milhões em consequência do ICMS Solidário e o imposto é  tido como a principal fonte de renda do município.


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