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Estado de Minas

Açúcar vendido em Divinópolis está misturado com partículas de metal

Pontinhos escuros são atraídos por ímã e suspeita é de contaminação metálica. Produto pode ter vendas suspensas


postado em 07/07/2011 06:00 / atualizado em 07/07/2011 10:04

Presidente da Adeccom usa íma para puxar
Presidente da Adeccom usa íma para puxar "pontinhos escuros". A marca Doce Mel, onde o problema foi detectado, continua nas prateleiras (foto: Fernando Gonçalves/EM/DA Press)

Partículas escuras, que podem ser atraídas facilmente por um ímã, foram encontradas em pacotes de açúcar vendidos em supermercados de Divinópolis, a 120 quilômetros de Belo Horizonte. A suspeita é que o produto esteja contaminado com algum tipo de metal. O Ministério Público (MP) aguarda a analise do material, antes de retirá-lo das prateleiras. Entretanto, a Associação de Defesa do Consumidor do Centro-Oeste de Minas (Adeccom) tenta agilizar o processo e pretende entrar com pedido de liminar na Justiça para que haja suspensão imediata da comercialização da marca que apresentou o problema.

Foi assistindo a uma reportagem da TV Alterosa, que a aposentada Maria das Graças Martins, de 41 anos, desconfiou que pontinhos escuros no açúcar podiam ser algo além de “sujeirinha”. Chamou o neto, pediu para que ele trouxesse um ímã de
Foi assistindo a uma reportagem da TV Alterosa, que a aposentada desconfiou dos pontinhos escuros no açúcar(foto: Fernando Gonçalves/EM/DA Press)
Foi assistindo a uma reportagem da TV Alterosa, que a aposentada desconfiou dos pontinhos escuros no açúcar (foto: Fernando Gonçalves/EM/DA Press)
geladeira e fez um teste simples: passou o objeto pelo açúcar. “Levei um susto. O ímã atraía todos aqueles pedacinhos pretos. Fiz o teste depois de assistir a uma matéria no jornal que mostrava uma consumidora de Juiz de Fora encontrando bolinhas de metal no açúcar”, conta.

Maria das Graças levou o material até a Adeccom e denunciou o abuso. “Fiquei pensando nas pessoas que estão consumindo esse açúcar e não quero ser conivente disso. Comprei a marca porque ela era a mais em conta. O pacote custou R$ 6,99, uma média de R$ 2 mais barato que os concorrentes”, diz.

Segundo a presidente da Adeccom, Tereza Lada, já foram encontradas partículas escuras nos lotes de fevereiro e outubro do ano passado nos pacotes de 5 quilos. A marca Doce Mel, onde o problema foi detectado, continua nas prateleiras. A preocupação, de acordo com Lada, é com a saúde dos consumidore. “Não há necessidade de a perícia ficar pronta para retirar o produto do mercado. Com um simples ímã de geladeira é possível perceber que o produto está contaminado. Vamos entrar
O consumo do produto pode trazer riscos à saúde(foto: Fernando Gonçalves/EM/DA Press)
O consumo do produto pode trazer riscos à saúde (foto: Fernando Gonçalves/EM/DA Press)
com pedido liminar na Justiça para tentar apressar esse processo”, afirma. Segundo o promotor Sérgio Gildin, enquanto a perícia não apresentar o resultado das amostras que foram enviadas para análise não há como retirar o produto das prateleiras.

Riscos

O clínico geral Antônio de Pádua alerta para os riscos que o consumo do produto pode trazer à saúde, caso seja comprovada a contaminação. O principal problema, segundo ele, seria a possibilidade de um trauma no aparelho digestivo, podendo levar inclusive à obstrução intestinal, além de outros riscos como infecções.

Responsável pelo empacotamento e distribuição da Doce Mel, a World Brazil, que têm endereço fixo em Contagem, na Grande BH, se defende. Segundo Gilmar Augusto, gerente de vendas, é comum encontrar partículas metálicas em pacotes de açúcar. “Pelo menos 90% das marcas têm partículas. Se você pedir um laudo técnico de qualquer usina, vai comprovar isso. É no momento da produção que essas partículas acabam se misturando”, declara. Ele afirmou que a empresa nunca foi notificada sobre uma possível contaminação do produto.

 

Assista ao vídeo da TV Alterosa:


Memória

Barata em batata, larva em bombom e lagartixa em pão

Quem não se lembra do famoso caso em que uma barata ondulada e frita foi encontrada em um saco de batata, também em formato ondulado? A desagradável surpresa foi descoberta em 2003 por uma moradora do Bairro Sagrada Família, em Belo Horizonte. A dona de casa, que comprou o produto para o filho, à época com 3 anos, ouviu da criança a seguinte pergunta: “Mamãe, é para comer o bicho também?”. Outro caso é o de uma estudante que passou mal ao descobrir que tinha uma lagartixa em uma fatia do pão de fôrma que ela estava comendo. O réptil estava assado junto com a massa do produto e o fato ocorreu em 2004, em Campo Belo, no Sul de Minas. A família da jovem entrou na Justiça com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC).À época laudo da Vigilância Sanitária de Campo Belo confirmou que realmente se tratava de uma lagartixa assada com o pão de fôrma. Um bombom recheado com larva também foi descoberto em 2009 por um bacharel em direito. Ele comprou a guloseima em um supermercado do Bairro Nova Suíça, em BH. Ao abrir o pacote com cinco unidades, ele verificou que havia um buraco na casca do chocolate do qual saíram duas larvas.


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