O Banco do Brasil assinou um convênio com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) para ofertar uma linha de crédito imobiliário exclusiva aos funcionários da estatal. Mais de 107 mil empregados em todo o país poderão se beneficiar com o acordo que prevê o financiamento de imóveis residenciais de até R$ 500 mil pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Os juros cobrados serão de 8,4% ao ano, acrescidos da Taxa Referencial (TR). Para as propriedades que custam acima de meio milhão de reais, os recursos virão do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) com encargos de 9,3% ao ano, além da TR. Há ainda a opção de financiamentos prefixados, com juros de 11,5% ao ano.
As taxas cobradas são as menores entre as opções habitacionais disponíveis para pessoas físicas no Banco do Brasil. Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente de cartões e novos negócios de varejo da instituição, explicou que o banco conta com R$ 5 bilhões para serem ofertados em todas as modalidades de crédito imobiliário e uma parte desses recursos será destinada ao atendimento da demanda gerada a partir do convênio com os Correios. Atualmente, o banco mantém acordos semelhantes com outras organizações e departamentos ligados ao Ministério do Planejamento, atendendo mais de 1 milhão de correntistas.
“A expectativa é de que grande parte dos funcionários da ECT buscarão essa opção de financiamento imobiliário, principalmente a partir do ano que vem, quando a integração com o Banco Postal se consolidar”, disse Caffarelli. O convênio com o Banco do Brasil permite que os empréstimos sejam quitados em até 360 meses (30 anos), com cobertura de até 90% do valor total do imóvel, desde que o pedido esteja enquadrado na política de crédito do banco. As parcelas serão debitadas diretamente na conta corrente do contratante.
A comprovação de renda pode ser feita também com a composição de rendimentos de casais ou pessoas que provem convívio sob regime de união estável, além dos que mantêm relação homoafetiva. O comprometimento com o pagamento das parcelas não pode ultrapassar o limite de 30% dos ganhos totais do correntista.
Sob nova direção
Os Correios e o Banco do Brasil também assinaram nessa quarta-feira um acordo para a troca de informações estratégicas no processo de implantação do novo Banco Postal. A medida foi o primeiro passo para o período de transição de instituição financeira responsável pelo serviço de correspondência bancária nas agências da ECT. Até o fim do ano, a parceria continua a cargo do Bradesco, mas, a partir de 2 de janeiro de 2012, o Banco do Brasil assumirá a operação. Correntistas do Bradesco que desejarem continuar a usufruir dos serviços financeiros nas agências dos Correios terão de abrir uma conta no Banco do Brasil, ou buscar outro local de atendimento.
Publicidade
BB assina convênio com os Correios para financiar imóveis aos funcionários
Expectativa do Banco do Brasil é de que boa parte dos 107 mil trabalhadores da ECT buscarão a linha habitacional
Publicidade
