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Estado de Minas

Tabu na Argentina, carne de cavalo vê sua produção crescer no país


postado em 06/05/2011 07:17 / atualizado em 06/05/2011 07:20



Famosos por serem um dos povos que mais comem carne do mundo, os argentinos vêm consumindo cada vez mais outros tipos de carne além da de vaca, como a de cordeiro e de porco. Mas a paixão argentina por carne tem seus limites, como a de cavalo, rechaçada pela maioria da população.

O paradoxo dessa história é que enquanto comer carne equina é considerado tabu em muitas partes da Argentina, o país é um dos maiores produtores mundiais do alimento. Por muitos anos, a Argentina chegou a ser o maior exportador no mundo da carne de cavalo. Segundo o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agrária e Alimenta (Senasa, na sigla em espanhol), em 2010 o país exportou mais de 23 mil toneladas do produto, gerando mais de US$ 75 milhões.

A carne equina é exportada principalmente para Rússia, que compra metade da produção, e também para Holanda, França, Itália, Japão, Bélgica e Alemanha. Em 2009, foram comercializadas 145 mil toneladas em todo o mundo.

Menos colesterol

Os fãs de carne de cavalo garantem que ela é mais saudável e tem menos

colesterol que a bovina, além de ter maior concentração de ferro e de estar livre do risco de febre aftosa.

Na Argentina, a produção da carne equina começou a crescer a partir de 1995, quando uma lei regulamentou a atividade. Antes disso, a criação de cavalos para consumo doméstico era proibida. Isso porque, em um país de forte tradição no campo, o animal é considerado um companheiro do homem e não uma fonte de alimento.

Em 2010, foram sacrificados mais de 150 mil cavalos na Argentina para suprir essa demanda no exterior, segundo dados da Senasa. No total, o país tem 1,9 milhão de cavalos registrados.

Mas apesar de ser um lidere mundial na exportação da carne equina, o negócio representa apenas uma fração de seu comércio exterior. “O valor gerado por esse negócio em 2010 foi importante, mas é pequeno se comparado ao mais de US$ 1 milhão gerado pela carne bovina e os US$ 17 milhões da soja, disse o economista Mauricio Claverí, da consultoria Abeceb.


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