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Estado de Minas

Dilma e diplomatas afinam discurso para viagem à China


postado em 11/04/2011 07:11

Dilma chega ao gigante asiático mais voltada à agenda econômica e científica(foto: Roberto Stuckert Filho/PR )
Dilma chega ao gigante asiático mais voltada à agenda econômica e científica (foto: Roberto Stuckert Filho/PR )

A presidente Dilma Rousseff desembarcou no fim da noite desta segunda-feira (pelo horário de Brasília) — cerca das 10h30 de segunda-feira pelo horário local — em Pequim para uma visita de seis dias com um olho voltado à ampliação do portfólio de exportações brasileiras com produtos de maior valor agregado e o outro focado na afinação do discurso com os chineses em vários temas da agenda internacional. No comunicado conjunto que ela assinará amanhã com o presidente chinês, Hu Jintao, estarão mencionados temas delicados como o conflito na Líbia, a necessidade de reforma no Conselho de Segurança da ONU e ainda a preocupação com as mudanças climáticas e o combate à miséria.

Sinuosa pela falta de liberdade de expressão no país comunista, a questão dos direitos humanos constará do texto final, mas as autoridades brasileiras avisam que não será foco importante da visita. "O tema não é proibido na pauta entre os dois países, tanto é que entrará na discussão", pondera uma fonte do Itamaraty. Em que termos isso será colocado ainda não se sabe e os diplomatas de ambas as nações correm contra o tempo para tentar chegar a um consenso. A ideia é que saia uma citação mais geral sobre o assunto, sem entrar em casos específicos como o número de presos políticos da China.

Dilma estará mais voltada à agenda econômica e científica. Seu primeiro compromisso oficial é a abertura do Diálogo de Alto Nível Brasil-China em Ciência, Tecnologia e Informação, no Complexo Diaoyutai, a Casa de Hóspedes do governo chinês. Até 2009, Diaoyutai acomodava os chefes de Estado em visita ao país. Em 2004, por exemplo, Lula ficou hospedado lá. O palácio começou a ser construído em 1958 e terminou em 1959, para abrigar os ilustres convidados para a festa de 10 anos de governo do Partido Comunista, que governa a China até hoje. Atualmente, o complexo é usado mais para eventos e hóspedes dispostos a pagar algo em torno de US$ 6 mil, a diária de uma das suítes presidenciais, valor que será acrescido em 15%, a título de taxa de serviço.

A presidente Dilma ficará em Diaoyutai menos de uma hora. De lá, segue para o China World Summit Wing, um moderno centro de convenções onde encerrará o seminário empresarial Brasil-China. Depois do almoço que a comitiva brasileira oferece ao empresariado chinês numa grande amostra dos vinhos nacionais,
Hu Jintao espera a mandatária brasileira para a reunião de amanhã, na qual divulgam comunicado conjunto(foto: eric feferberg/afp - 30/3/2011)
Hu Jintao espera a mandatária brasileira para a reunião de amanhã, na qual divulgam comunicado conjunto (foto: eric feferberg/afp - 30/3/2011)
carne e iguarias, ela segue para o Palácio do Povo. Lá, há a cerimônia de boas-vindas, reunião ampliada, assinatura de 17 documentos, entre memorandos, contratos e acordos, além da declaração conjunta que falará da agenda internacional. O dia termina com um banquete oferecido por Hu Jintao à presidente logo depois da assinatura dos atos.

Aviação e energia Nos dois eventos, tanto no empresarial quanto no encontro com as autoridades chinesas, Dilma reforçará a intenção do Brasil de diversificar a sua pauta de exportações. Entre os acordos, destaca-se, por exemplo, a compra dos aviões Embraer 190 por empresas chinesas. Há ainda uma série de memorandos na área de energia, entre a Eletrobras e a State Grid, empresa que deseja entrar pesado no setor de linhas de transmissão.

A Petrobras, por sua vez, assinará contratos com a Sinochem (a empresa química) e também com a Sinopec, maior petrolífera chinesa que, em outubro, comprou 40% do capital da Repsol do Brasil. A visita a Pequim termina no dia 13, com um encontro de Dilma com o presidente da Assembléia Popular nacional, Wu Bangguo, e com o primeiro-minisgro Wen Jiabao. Por volta das 17h, a presidente brasileira segue para a ilha de Hainan, onde participa da reunião de cúpula dos Brics, no dia seguinte.

Confira a programação de Dilma na capital chinesa

Hoje
— A presidente desembarcou no fim da noite de ontem (pelo horário de Brasília) em Pequim e hoje descansa para iniciar uma intensa agenda de seis dias no país asiático.

Amanhã — Dilma fará ainda pronunciamento na abertura do Diálogo de Alto Nível Brasil-China em Ciência, Tecnologia e Informação. De lá, segue para o China World Summit Wing, onde encerrará o seminário empresarial Brasil-China. Depois do almoço que a comitiva brasileira oferece ao empresariado chinês, a presidente se encontra com o presidente Hu Jintao, para assinatura de comunicado conjunto. O dia termina com um banquete oferecido por Hu Jintao à presidente.

Quarta-feira
- A visita a Pequim termina no dia 13, com um encontro de Dilma com o presidente da Assembléia Popular nacional, Wu Bangguo, e com o primeiro-minisgro Wen Jiabao. Por volta das 17h, Dilma segue para a ilha de Hainan, onde participa da reunião de cúpula dos Brics, no dia seguinte.

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