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Estado de Minas

Prédio inacabado no Centro de BH vai virar hotel de luxo


postado em 06/04/2011 06:32 / atualizado em 06/04/2011 06:56

Obra começou ainda no início da década de 1980, mas nunca chegou ao fim(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Obra começou ainda no início da década de 1980, mas nunca chegou ao fim (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Maior elefante branco de Belo Horizonte, enfim o inacabado arranha-céu de 32 andares que começou a ser erguido, no início da década de 1980, na esquina da Rua Rio de Janeiro com Avenida do Contorno, no Centro, será transformado num luxuoso hotel. O imponente prédio, com 44 mil metros quadrados de área construída, receberá aporte de R$ 220 milhões para ser repaginado e inaugurado, em julho de 2012, com o batismo de Ramada Plaza Boulevard. O empreendimento terá 336 apartamentos e vai gerar 370 empregos diretos. Este é o maior investimento, no Brasil, previsto, para os próximos três anos, pelo grupo norte-americano Wyndham, dono da marca Ramada e líder mundial do setor em número de hotéis, com mais de 7 mil endereços nos cinco continentes.

A famosa bandeira do grupo internacional estreou no Brasil, terça-feira, com a inauguração do Ramada Airport Lagoa Santa, na cidade homônima da Região Metropolitana de BH. O prédio, de 140 quartos, recebeu investimento de R$ 38,5 milhões e será administrado pela Vert Hotéis, especialista em reforma, decoração e administração de empresas deste mercado. De olho na Copa do Mundo de 2014 e no bom desempenho da economia doméstica, o Wyndham e a Vert fecharam parceria para investir, em conjunto, de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão nos próximos três anos. A cifra será usada para erguer outros 13 hotéis no país, sendo sete em Belo Horizonte.

O empreendimento mais caro será o do espigão inacabado da Rio de Janeiro com a Contorno. Apesar de carregar o rótulo de maior elefante branco da capital, o arranha-céu, que conta com um imponente heliponto e foi erguido para abrigar um hotel, o Beira Rio Palace, sempre foi cobiçado por grandes investidores, pois, além de boa parte da estrutura ter sido concluída ainda na década de 1980, sua localização é considerada privilegiada. Mas o edifício tem outro atrativo de peso para o setor hoteleiro: uma área de 5 mil metros quadrados que pode ser usada para eventos. “Não há outro hotel em BH com este espaço. Atende uma demanda que já existe”, justificou Amilcar Mielmiczuk, diretor de Desenvolvimento da Vert.

Cartão de visita

Outro interesse do Wyndham e da Vert no antigo prédio do Beira Rio é a missão de transformar a reforma numa espécie de cartão de visita para a expansão dos negócios das duas empresas em outras capitais do Brasil. “Será uma grande vitrine. O edifício, marco da feiura, vai ser o símbolo da renovação da região”, profetiza Mielmiczuk, acrescentando que, além dos 336 apartamentos e da área de 5 mil metros quadrados, o Ramada Plaza Boulevard contará com três restaurantes e igual número de andares para escritórios. Por enquanto, o inacabado espigão abriga apenas um estacionamento particular, que deverá ser desativado. Os R$ 220 milhões que serão investidos pelo grupo americano incluem a compra do imóvel, segundo informou, Mielmiczuk, que participou do almoço de inauguração do Ramada Airport Lagoa Santa.

O governador Antonio Anastasia (PSDB), que prestigiou o evento, afirmou que o empreendimento na cidade vizinha à capital vai “fortalecer o Aeroporto Internacional (Tancredo Neves, em Confins) e é um passo importante para a Copa de 2014”. O tucano avaliou que a abertura de novos hotéis em Minas é “uma avenida de grandes oportunidades”.

Heliponto

O projeto originário do edifício previa a construção de um hotel, que seria batizado de Beira Rio em alusão ao Ribeirão Arrudas – parte do leito foi coberto, em 2008, pelo famoso bulevar da capital. O hotel que jamais foi inaugurado tinha um projeto arrojado para a época, cujo destaque era a fama de ser o único da capital com heliponto. Até então, o Othon Palace, inaugurado, no fim da década de 1970, na Avenida Afonso Pena, era visto como o único concorrente de peso na capital. Mas, poucos anos depois de começar o Beira Rio começar a ser erguido, o recurso secou. O espigão entrou no ostracismo: a fachada começou a ser sujada por pichadores e o interior, invadido pela poeira. Em 2006, o poder público ventilou a possibilidade de transformá-lo, em parceria com a iniciativa privada, num prédio residencial, mas os herdeiros do empresário que começou a construí-lo declinaram da proposta por avaliarem que teriam baixa margem de lucro.


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