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Estado de Minas

Taxa Selic a 11,75% terá efeito reduzido no crédito


postado em 02/03/2011 20:43

A alta de 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros da economia (Selic), anunciada hoje pelo Comitê de Política Monetária (Copom), terá um efeito reduzido nas operações de crédito. A avaliação é da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), que projetou o impacto da elevação da Selic, de 11,25% para 11,75% ao ano, sobre as taxas cobradas de consumidores e empresas.

De acordo com a Anefac, o efeito será pequeno porque "existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas cobradas ao consumidor que, na média da pessoa física, atingem 121,46% ao ano". A diferença entre a Selic e o que é efetivamente cobrado das empresas também é grande.

Pelas projeções da Anefac, a alta da Selic para 11,75% ao ano fará os juros cobrados no comércio subirem de 96,49% para 97,38% ao ano. A taxa média do cartão de crédito passará de 238,30% para 239,77% ao ano. No caso do cheque especial, a alta da Selic fará a taxa de juros subir de 141,66% para 142,74% ao ano.

As operações de crédito em bancos e financeiras também ficarão um pouco mais caras para o consumidor. A taxa de juros média do crédito direto ao consumidor (CDC) oferecido por bancos para a compra de automóveis subirá de 33,86% para 34,49% ao ano. Já o empréstimo pessoal realizado em bancos passará de 76,53% para 77 34% ao ano. Nas financeiras, os juros médios dos empréstimos pessoais passarão de 203,06% para 204,39% ao ano.

Na prática, as altas projetadas indicam pequenos aumentos, em reais, para o consumidor. De acordo com Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac, com a Selic em 11,75% ao ano, o consumidor que for financiar a compra de uma geladeira em 12 vezes (zero de entrada mais 12 prestações) pagará parcelas mensais de R$ 177,25 (juros de 5,83% ao mês ou 97,38% ao ano). Antes da mudança, com a Selic em 11,25% ao ano, as prestações eram de R$ 176,86 (5,79% ao mês ou 96,49% ao ano).

Empresas

Entre as pessoas jurídicas, o impacto do aumento da Selic também será pequeno. Nos cálculos da Anefac, a taxa média de juros em operações de capital de giro subirá de 45,43% para 46,10% ao ano. Os juros das linhas de desconto de duplicatas também passarão de 45,09% para 45,76% ao ano. No caso da conta garantida, a taxa subirá de 86,48% para 87,33% ao ano.

Em uma operação de capital de giro no valor de R$ 50 mil com prazo de 90 dias, exemplifica a Anefac, uma empresa pagará, após o aumento da Selic, R$ 4.746,59 de juros (taxa de 3,21% ao mês ou 46,10% ao ano). Com a Selic anterior, o encargo era de R$ 4.682,79 (3,17% ao mês ou 45,43% ao ano).


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