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Estado de Minas

Polo de moda de Petrópolis começa a retomar ritmo de vendas após chuvas de janeiro


postado em 19/02/2011 17:31

Sindicato dos comerciantes pretende lançar uma campanha na mídia para informar as pessoas sobre a dimensão exata do que aconteceu durante o período de chuva(foto: MARCOS DE PAULA/AE RJ )
Sindicato dos comerciantes pretende lançar uma campanha na mídia para informar as pessoas sobre a dimensão exata do que aconteceu durante o período de chuva (foto: MARCOS DE PAULA/AE RJ )

A tragédia que se abateu no início deste ano sobre a região serrana fluminense reduziu entre 80% e 90% o fluxo de clientes e, em consequência, atingiu as vendas das pequenas confecções do Pólo de Moda de Petrópolis. O presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção do município, Addison Meneses, disse, porém, em entrevista à Agência Brasil que já começa a ser sentida uma pequena reação do fluxo de compradores. “O movimento está voltando devagar”, confirmou à Agência Brasil o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio), Marcelo Fiorini, também titular da Associação de Empresários e Amigos da Rua Teresa (Arte).

A expectativa é que depois do carnaval, com o início dos lançamentos para o inverno, seja retomada a normalidade. Meneses afirmou que as pessoas não souberam dimensionar a tragédia em Petrópolis, e acabaram achando que todo o município foi afetado, o que, na verdade, não ocorreu. “A tragédia foi localizada em um bairro relativamente distante. Na cidade, continuou tudo normal. Não foi afetada a parte do comércio e de serviços em geral, diferente de Nova Friburgo, em que a tragédia foi maior, no centro da cidade”, assegurou.

Marcelo Fiorini disse que a partir de março, o sindicato pretende lançar uma campanha na mídia para informar as pessoas sobre a dimensão exata do que aconteceu. “Para que elas saibam que Petrópolis está de pé, que os pólos de moda estão funcionando e que elas podem vir aqui”.

A maior parte da indústria de confecções de Petrópolis trabalha para as mil lojas situadas na Rua Teresa, referência do setor de moda local e responsável por cerca de 14% do Produto Interno Bruto (PIB) do município. A maioria das 700 confecções locais é de micro e pequeno porte, com cerca de 30 a 40 funcionários cada. “Como o fluxo de clientes cessou de repente, isso afeta a indústria, com certeza”, disse Addison Meneses.

Marcelo Fiorini informou que o período de promoções antecipadas de fim de verão, realizado no início deste mês, não surtiu o efeito desejado. A alternativa encontrada pelos pequenos empresários para fugir da retração econômica foi participar de feiras em outros estados e reforçar o atendimento a clientes fora do município.

Considerando toda a cadeia da moda, são em torno de 40 mil empregados, dos quais 30 mil com carteira assinada. “Porque tem muitas confecções pequenas, de pessoas que trabalham em casa, no trabalho mais informal, que também é importante na cidade”, afirmou Meneses.

O presidente do Sicomercio revelou que a tragédia não afetou apenas as vendas na Rua Teresa mas todo o setor de comércio e serviços de Petrópolis, englobando os ramos gastronômico, hoteleiro, turístico e de cultura, incluindo a visitação a museus e monumentos históricos. “Quando você reduz drasticamente tudo isso, obviamente que repercute na cidade toda. A queda do comércio local não é tão acentuada como a dos pólos de moda, mas se ressente também”.

Fiorini destacou que aos 40 mil trabalhadores do setor da moda se somam mais 10 mil a 15 mil funcionários da hotelaria e restaurantes. “É um número expressivo. Quase um terço da população ativa trabalha diretamente ligado a esses setores que foram os mais afetados por essa falta de informação”.

As notícias sobre a tragédia afastaram as excursões de “sacoleiras” de cidades localizadas no entorno da BR 040 (Baixada Fluminense, Grande Rio e Minas Gerais), que costumavam ir à Rua Teresa para comprar mercadorias para revenda futura. “Caiu radicalmente o movimento no primeiro momento. Agora ensaiam uma volta, devagar”, disse Fiorini. Revelou que as vendas efetuadas mensalmente por loja na Rua Teresa alcançavam, em média, antes da tragédia na região serrana, entre R$ 60 mil a R$ 80 mil. O trabalho de recuperação do fluxo de compradores não se dá, porém, da noite para o dia, salientou. “As lojas estão ligando para os clientes em processo de mutirão, dizendo que podem vir, que não tem nenhum risco”.

O presidente do Sicomercio informou que ainda não houve demissões, mas a questão está sendo avaliada. “Se a situação não se reverter rápido, pode ter demissões numa escala preocupante”, manifestou Fiorini.

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