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Para guardar no coração

Com o cuidado de isolar o lado comercial da data, artistas reverenciam o Dia das Mães


postado em 10/05/2019 05:06

Grávida do primeiro filho, a cantora Aline Calixto festeja dona Sônia:
Grávida do primeiro filho, a cantora Aline Calixto festeja dona Sônia: "A admiração só cresce, pois agora vejo na pele que gestar um ser não é tarefa fácil" (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


A atriz Inês Peixoto é a sexta de uma família de 10 irmãos. Ela foi a primeira filha que puxou os olhos claros da mãe e, por isso, como homenagem, foi batizada com o mesmo nome dela. “Nós duas somos Inês. Mamãe vai completar 90 anos e é um exemplo em todos os sentidos”, celebra. A velha tradição de passar o Dia das Mães com a família e a matriarca dos Peixoto será mantida no domingo apesar de o clã não estar completo. “Gosto muito de passar essa data ao lado da minha mãe, dos meus filhos. Ultimamente, tem ficado complicado reunir todo mundo porque dois dos meus filhos estão morando fora, mas, certamente, vamos fazer algo aqui em casa, ou seja, o típico almoço de domingo”, revela.

A integrante do Grupo Galpão é mãe de Tiago, de 35 anos, fruto do seu primeiro casamento; de João, de 27, que é filho da atriz Wanda Fernandes (que faleceu em 1994) com o ator Eduardo Moreira, atual marido de Inês, mas que foi criado por ela; e ainda de Bárbara Luz, de 16, da relação com Eduardo e que está seguindo os passos dos pais. “A gente brinca que são os meus, os seus e os nossos (risos). Tiago tinha 10 anos quando me casei com o Eduardo. Então, ele se tornou uma referência paterna muito forte pra ele. E o João eu crio desde os 4 anos. Não há distinção. São todos meus filhos. Mas pena que Tiago está morando em Los Angeles, e o João, em São Paulo, e não estarão aqui no dia 12. Mas todo dia é Dias das mães, não é?”, comenta a atriz de 58 anos, que está na reta final da novela O sétimo guardião.

Inês tem ternas recordações desta data e avalia como é interessante ver o ciclo da vida. “A Bárbara falou uma coisa certa vez que nunca esqueci. Ela disse à avó que a considerava uma mãe também, já que na cabeça dela, quando eu estava dentro da minha mãe, ela já existia também na minha barriga”, salienta. A artista faz questão de lembrar as mudanças e conquistas pelas quais as mulheres passaram ao longo do tempo, incluindo o olhar sobre a maternidade. “Na época da mamãe, a mulher tinha como destino casar e criar os filhos. Minha mãe tinha o sonho de ser pediatra, mas, infelizmente, não o realizou”, observa. Já a geração da atriz rompeu com muita coisa e ela ressalta o fato de ter o poder de escolha. “Eu escolhi ter uma profissão. Trabalhava, casei, tive uma família. E a minha filha tem todo o incentivo do mundo para ser o que quiser, inclusive, se quer ou não ser mãe, o que antes era meio que imposto à mulher. A maternidade é sagrada, mas não pode significar a renúncia dos outros desejos e projetos”, defende.

A também atriz Cynthia Paulino, de 49 anos, é outra que vai reunir três gerações para celebrar: ela, a mãe Dulcineia, de 72, e a filha única, Linda, de 24. No entanto, não curte muito a comercialização excessiva nessa época e, assim como a colega Inês Peixoto, acredita que a maternidade carrega os dois lados da moeda. “Essa enxurrada de propaganda romantizando algo que não é tão romântico, às vezes é cansativo. Ser mãe é muito mais um desafio do que qualquer outra coisa”, opina. No entanto, Cynthia não deixa de celebrar o momento e brinca que até hoje presenteia Linda – fruto do casamento com o ator Luiz Arthur – no Dia das Crianças.

“A gente até faz piada com isso. Eu cobro dela a minha lembrancinha no Dia das Mães, mas sabemos que tudo isso é uma grande bobagem. O importante é estar perto”, frisa. Ela se recorda com carinho das apresentações e das surpresas que preparava na escola para Dulcineia quando criança. “A gente fazia festinha, paninho de prato e escrevia cartão, o que, hoje em dia, é cada vez mais raro. Sempre tive esse cuidado de fazer algo especial para a minha mãe. Até hoje eu bordo, costuro, para dar algo exclusivo a ela”, revela. Cynthia Paulino acredita que depois que se tornou mãe passou a compreender mais as atitudes da própria mãe e entender o real significado da maternidade. “Inventaram que se a mulher não for mãe, não será completa. Não é exatamente assim. E mais do que isso, compreender que mãe não deve e nem tem que ser perfeita. Tem que ser verdadeira”, defende.



Capacidade de transformar

Mãe aos 44 anos, a artista plástica Adriana Leão exalta o poder transformador da maternidade. Francisco, que completa 9 anos em julho, transformou sua vida. “Muda tudo. A relação com o tempo, a maneira de ver e pensar o mundo, a energia da casa. O foco é o filho. Você ouvir uma figurinha te chamando de mamãe é muito gostoso”, enfatiza ela, que não programou nada para domingo, mas acredita que será algo mais tranquilo e caseiro. O primeiro Dia das Mães ao lado do filho foi inesquecível, mas o de dois anos atrás também a marcou. A família decidiu assistir a um concerto da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais celebrando as mães. “A apresentação foi na rua, em frente à sede da Orquestra, e tocaram o tema de Star wars. Meu filho adora e foi maravilhoso. A gente nunca se esqueceu desse dia”, conta. Adriana trabalha muito em casa e por isso até colocou uma mesinha em sua sala que, vira e mexe, é ocupada pelo garoto. “Ele gosta muito de desenhar, já ganhou um concurso de desenhos na escola, mas ainda não sei se vai seguir o meu caminho. Mas o estímulo está ali e o ambiente em casa favorece”, acredita.

Mãe de Jorge, de 7 anos, e Helena, de 3, a cantora Marina Machado, de 46, vai passar o domingo trabalhando, mas num programa que tem tudo a ver com o Dia das Mães. Mari e Celi estão na Cidade!, é um show que será apresentado no Sesc Palladium ao lado de Celinha Braga, dedicado aos pequenos e aos avós. O repertório traz músicas que fazem parte da memória afetiva das artistas. “É um espetáculo que fala de amor, de família, e de uma maneira leve e com humor. Mesmo eu não estando com minha mãe (Rosélia) no dia, é uma homenagem a ela”, frisa. Marina deu uma desacelerada na carreira após o nascimento das crianças, mas não se queixa. “Estou voltando aos poucos, mas num tempo esparsado. Isso é algo que a maternidade e a idade dão pra gente. Não tenho mais pressa de nada. O sabor da vida é esse”, reflete.



A primeira vez a gente nunca esquece


A cantora Aline Calixto se prepara para um Dia das Mães único, já que está grávida do primeiro filho. Foi durante o Carnaval que a sambista de 38 anos anunciou a notícia. Desde que descobriu a boa nova, assegura que todos os dias se tornaram diferentes e especiais. “E, com certeza, o dia 12, por ser uma data bastante emblemática, terá também um sabor diferente pra mim”, frisa Aline, que vai passar o domingo com a família num restaurante em Belo Horizonte. Uma de suas lembranças mais curiosas dessa data foi quando ela tinha por volta de 6 anos. “Na minha escola fizemos uma flor de chocolate para dar de Dia das Mães. Mas, no caminho de volta pra casa, na sexta que antecedia a data, não aguentei e comi parte, quer dizer, quase tudo (risos) da rosa. No final das contas sobrou apenas o caule pra minha mãe, que o recebeu com todo carinho e riu muito da situação”, diverte-se.

A cantora diz que sua relação com a mãe, Sônia, de 64, se estreitou ainda mais com a novidade e que a consideração e o respeito por ela só aumentaram. “Eu já admirava imensamente minha mãe, por tudo que ela fez por mim e meus irmãos. Tenho gratidão eterna por tudo que fez por nós. A admiração só cresce, pois agora vejo na pele que gestar um ser não é tarefa fácil. A sociedade tende a glamorizar muito esse momento, e é muito difícil. É lindo, mas extremamente complexo”, reflete. Mael, nome de origem bretã, nascerá em setembro. “Optamos por um nome que fosse fácil para pronunciar tanto aqui como na França, de onde é meu marido Benjamin”, explica.

Para a escritora Paula Pimenta, de 44 anos, este 12 de maio também será o mais especial de sua vida. Não só porque estará ao lado da mãe, Maria Eugênia, mas principalmente, da filha, Mabel, que completa 1 ano em agosto. “Ano passado, eu meio que comemorei, porque a Mabel já estava na minha barriga. O meu marido até preparou uma surpresa. Mas, agora, o melhor presente com certeza é estar com ela do meu lado. Vai ser muito emocionante”, exalta. Paula estará ao lado também da avó, Mary, de 95 anos. Aliás, as comemorações serão na casa dela. “A família estará toda lá. Serão quatro gerações reunidas”, celebra.

Assim como boa parte das pessoas, as memórias mais marcantes de Dia das Mães são dos tempos de escola. As festinhas e as lembrancinhas preparadas para Maria Eugênia ainda estão nítidas na cabeça da autora de best sellers como Minha vida fora de série e Cinderela pop. “Minha mãe ficava emocionada, e como sou muito próxima dela, sempre faço questão de comemorar ao seu lado. Ainda mais agora que ela ganhou a primeira neta e está curtindo muito ser avó”, conta. Paula Pimenta salienta como a maternidade a modificou e que os 8 meses de Mabel foram os mais intensos de sua vida. “É uma entrega, uma dedicação total ao ponto de você se esquecer da sua vida e se dedicar a essa menininha. Fazendo um paralelo com o meu trabalho, a gente deixa de ser a protagonista da nossa vida e passa a ser figurante. A personagem principal da minha vida e da minha história é a Mabel. E a cada dia o amor só aumenta”, festeja.


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