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Peça, exposição e jantar na agenda do Verão Arte Contemporânea

Cia. Absurda, o artista visual Daniel Jack e o chef Carlos Normando são destaques do primeiro fim de semana do festival cultural


postado em 25/01/2019 05:07

Exposição de Daniel Jack, no Sesc Palladium, remete à arte urbana contemporânea (foto: Daniel Jack/divulgação)
Exposição de Daniel Jack, no Sesc Palladium, remete à arte urbana contemporânea (foto: Daniel Jack/divulgação)

Resistência. Essa palavra perpassa toda a 13ª edição do Verão Arte Contemporânea (VAC), em cartaz até 17 de fevereiro, em Belo Horizonte. Organizado pelo coletivo Oficcina Multimédia, o festival se propõe a oferecer espaços de afirmação das liberdades de expressão e existência.

Política e poética se cruzam na peça O atormentador, da Cia. Absurda, atração do fim de semana. A partir de livros do jornalista uruguaio Eduardo Galeano, a montagem traça um panorama da história da América Latina – da colonização espanhola e guerrilhas dos anos 1970 à contemporaneidade.

“Baseamo-nos em fragmentos do Galeano, a partir de pílulas que ele constrói em seus livros, guiado pela história não oficial, a partir do olhar e da oralidade do povo”, explica o diretor e dramaturgo Eid Ribeiro. “É uma obra com muitos eixos poéticos, baseada em lendas dos povos indígenas e em poéticas próprias do autor, que nascem de sua existência e de sua relação com a humanidade.”

Com referências ao cinema mudo e à arte clown, os atores Glauce Guima Rães e Nino Batista se distanciam da proposta naturalista. Não há diálogo entre eles. A narrativa se dá com os espectadores. “Pulsamos entre a política e a poética, sem especificar contextos históricos, mas adotando o olhar do autor para o sistema, a máquina e a colonização dos povos”, observa Eid. Galeano escreveu o clássico As veias abertas da América Latina, sobre a submissão de países da região aos centros do poder na Europa e EUA.

A Cia. Absurda adota o “teatro de guerrilha”, de acordo com seu diretor. Com poucos aparatos cênicos, os atores se apresentam em ruas, pátios de colégios e pequenas salas. “É a nossa maneira de sobreviver com um teatro criativo, poético e com profundidade. Não queremos exibir um simples discurso político. A política entra no espetáculo como reflexão, não como discurso definido e fechado em si”, assinala Eid.

AFETO “Minha forma de resistir é cozinhar”, diz o chef Carlos Normando, representante da gastronomia na programação do VAC. Na infância, ele sofria bullying por compartilhar do gosto da avó pela culinária. Desse contato nasceu o prazer da criação e preparo de receitas. Normando conta que, apesar da formação em gastronomia, desenvolve a “cozinha afetiva”.

Nesta sexta-feira (25), ele apresenta seu Jantar Secreto no Centro de Referência da Juventude (CRJ), com entrada, prato principal e sobremesa. Desde 2016, o chef desenvolve a ação por meio do Projeto Gororoba – levado ao festival no ano passado, pela primeira vez. O próprio nome expressa a proposta de desmitificar a gastronomia e torná-la mais acessível.

“Tento ressignificar os alimentos e reativar memórias por meio da comida. Uso ingredientes simples do nosso dia a dia, como abóbora, quiabo e peixinho, colocando-os em outro patamar”, explica Normando. O jantar é para apenas 30 pessoas e os ingressos costumam acabar rapidamente. A expectativa é de que nos próximos VACs o projeto ganhe mais edições.

Normando faz questão de manter segredo sobre o prato de hoje à noite.  Mas dá uma dica: “Posso adiantar que será um menu típico, bem mineiro e brasileiro.”

URBANO No fim de semana, é possível conferir a exposição Ganho secundário, com obras do artista plástico Daniel Jack, atração do Projeto Parede, no Sesc Palladium. Utilizando chapas de metal e materiais recicláveis em instalação e mural, ele investiga os agentes que tornam a paisagem urbana um organismo vivo.

“Minha pesquisa envolve elementos efêmeros que aparecem nas cidades, como as pichações, que logo são apagadas”, conta Daniel Jack. “Meu trabalho busca reorientar o olhar do espectador para o ambiente urbano. Muitas vezes, certas imagens passam despercebidas por não levarmos em conta a beleza que existe nelas.”


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