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Estado de Minas DIA DO ORGULHO

Parada LGBT+ 'não é carnaval fora de época, é ato político', diz Cellos-MG

A 24ª edição da parada do Orgulho acontecerá no dia 9 de julho com o tema 'Democracia: Liberdade e direitos para todes'


28/06/2023 15:28 - atualizado 28/06/2023 15:49
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Representantes do Cellos-MG, da PBH e do Sindicato dos Bancários de BH e região estão sentados à uma mesa comprida com um pano preto. À frente deles, a bandeira do Cellos, que tem as cores do arco-íris e da luta antirracista
Representantes do Cellos-MG, da PBH e do Sindicato dos Bancários de BH e região estiveram em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (28/6) para falar sobre a Parada do Orgulho de BH (foto: Jair Amaral/EM/D.A. Press)
Com o tema “Democracia: Liberdade e direitos para todes”, a 24ª Parada do Orgulho LGBT+ de Belo Horizonte acontecerá no próximo domingo, 9 de julho, com concentração na Praça da Estação às 11h. De acordo com o presidente do Cellos-MG (Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais), Maicon Chaves, a expectativa é de que o evento pela diversidade e igualdade de direitos da população LGBTQIAP+  reúna mais de 250 mil pessoas no centro da capital mineira.

Considerada a maior parada de Minas Gerais e a terceira maior do país, a parada do Orgulho LGBT+ de BH conta com patrocínio do Sindicato dos Bancários de BH e região e da AccorHotels e com o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que é co-organizadora do evento e investirá diretamente na parada com R$ 300 mil, e outros R$ 50 mil via emenda parlamentar. O município também participará com reforço das operações de cidadania, saúde, trânsito, limpeza, fiscalização e segurança.

De acordo com Thiago Alves da Costa, subsecretário de Direito e Cidadania da PBH, houve um esforço para ampliar a rede de segurança desde a edição do ano passado.

“A percepção que temos sobre a parada é que, para o tamanho dela, é um evento muito seguro. Não costumamos ter episódios violentos ou graves, que são coisas que acontecem em eventos desse porte, mas é lógico que há a preocupação com a população”, explicou ele.

Além de 12 estações de serviço onde haverá ações de prevenção de saúde e segurança com a presença de movimentos sociais e forças policiais à postos para dar orientações, uma cartilha conjunta com indicações de segurança será lançada previamente à parada. Dentre as recomendações, estão: andar em grupos; usar doleiras ou bolsinhas internas para guardar objetos de valor; e dar preferência pelo uso do cartão ao invés do dinheiro.

diretora de Políticas para a População LGBT da PBH, Gisella Lima, também afirmou que a parada deve ser segura não apenas para o público da parada, mas para toda a sociedade civil que circula pelo centro enquanto o evento ocorre.

“Ocupar o território [durante a parada] é um ato simbólico. A gente compreende que ela tem um percurso de caráter central, porque precisa ocupar as vias públicas, e para isso, precisamos ter um diálogo com o trânsito, com a organização da feira que ocupa a Afonso Pena, com a preservação do patrimônio público e por assim vai”, diz.

Para Penélope Fontana, diretora do Cellos-MG, a simbologia política da parada deve ter destaque e seriedade no debate pela democracia, mas sem perder seu ar de festividade na celebração pelo Orgulho LGBTQIAP+.

“A parada não é só um evento; não é um carnaval fora de época. É um ato político em que nós ocupamos as ruas da cidade para reivindicar nossos direitos, denunciar as violências cometidas contra a nossa comunidade e celebrar o amor em resistência de ser quem somos. A gente faz isso através da arte, da cultura, do beijo na boca, das pessoas montadas, e com muita alegria”, explica.

O evento contará com 50 atrações no palco que será montado na Praça da Estação, além de cinco trios elétricos que participarão do cortejo em direção à Praça Raul Soares, no bairro Barro Preto. De acordo com a organização da parada, os artistas se inscreveram previamente de maneira voluntária e a seleção buscou valorizar a cena cultural local de Belo Horizonte e da região metropolitana.

A expectativa de movimentação financeira para a edição deste ano é de R$ 19 milhões, boa parte vinda de fora da capital mineira.

“São 250 mil pessoas gastando um preço médio de R$ 80, de acordo com a pesquisa que fizemos no ano passado na parada. Essa mesma pesquisa também mostra que cerca de 40% dessas pessoas não são de BH, sendo que cerca de 15 a 18% são do interior ou de outros estados, então temos aí uns R$ 8 milhões que vêm de fora de BH”, explica o subsecretário de Direito e Cidadania.

A parada contará com a presença de autoridades e de movimentos sociais. Além da Secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, o Prefeito Fuad Noman, que marcou presença na edição de 2022, estará junto de Rosilene Rocha, Secretária Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania; José Crus, Subsecretário de Assistência Social; e Darklane Rodrigues Dias, Subsecretária Segurança Alimentar e Nutricional.

Também estarão presentes representantes da ILGA (Associação Internacional de Gays e Lésbicas); da ILGALAC (Asociación Internacional de Lesbianas Gays Bisexuales Trans e Intersex para América Latina y el Caribe); da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais); do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra); e da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos).

Participarão da realização, em cooperação, os órgãos: COP-BH (Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte); BHTrans; Belotur; GCMBH (Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte); Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital); Secretaria Municipal de Política Urbana; Superintendência de Limpeza Urbana; SAMU (Secretaria Municipal de Saúde); Secretaria de Meio Ambiente; PMMG (Polícia Militar de Minas Gerais); PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais); Corpo de Bombeiros; Hospital das Clínicas; IEPHA-MG (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais); e Comissão da Feira Hippie.
 

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