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Estado de Minas CARNAVAL

'Um Defeito de Cor': Portela revela enredo 2024 com obra de autora mineira

Escola de samba levará para a avenida o reencontro de Luísa Mahin com Luiz Gama e símbolos baseados no afeto


04/04/2023 13:58 - atualizado 04/04/2023 15:56

Mulheres negras com vestidos brancos em torno da bandeira da Portela
Portela vai desfilar enredo baseado na obra "Um Defeito de Cor", da mineira Ana Maria Gonçalves (foto: Reprodução/YouTube)


O Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela divulgou, neste sábado (01/04), o enredo escolhido para o carnaval de 2024. A narrativa será inspirada no romance  “Um Defeito de Cor”, da mineira Ana Maria Gonçalves, com foco no afeto como o principal símbolo. O anúncio foi feito durante a tradicional feijoada da escola.



“O enredo traz uma outra perspectiva da história, refazendo os caminhos imaginados da mãe preta, Luísa Mahin. Essa poderia ser a história da mãe de qualquer um de nós, ou melhor dizendo, é a história das negras mães de todos nós”, diz o anúncio da escola. 


Na ocasião, também foi apresentada a equipe do carnaval de 2024, composta pela porta-bandeira Squel Jorgea, o mestre-sala Marlon Lamar, o diretor de carnaval Junior Schall, o diretor de harmonia Julinho Fonseca e a dupla de carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga.



A escola de samba explica que a narrativa parte de uma carta de Luiz Gama enviada à mãe sobre as memórias e legado que ela deixou. A obra demonstra o orgulho e as façanhas de uma heroína.


Enquanto sujeitos negros ativos no Brasil, o enredo também busca refletir sobre questões como: Por que somos? Por que assim fazemos? Por quem lutamos? Em memória do quê?


“A saga de uma mulher que se incorpora a tantas outras que lhe atravessam, ensinam e revigoram, em um legado de persistência na insistência de sobreviver. São inúmeras trajetórias diferentes, vivenciadas por gerações e gerações de escravizados ao longo dos anos; e sabemos, até hoje, por todas as mulheres que nasceram com este defeito de cor”, concluiu a escola.


A obra

Originalmente lançado em 2006, o livro “Um Defeito de Cor” conta a saga de Kehinde, africana idosa e cega que viaja da África para o Brasil em busca do filho perdido ainda criança. Ao longo da jornada, Kehinde rememora a trajetória enquanto jovem, quando foi sequestrada e levada para a Bahia como escrava. 


No livro, acompanhamos a vida de Kehinde da escravidão à liberdade, assim como a luta para encontrar um lugar em uma sociedade que a via como inferior. Após anos sofrendo com o horror da escravidão, ela finalmente foge e embarca em uma aventura de autodescoberta. A obra, vencedora do Prêmio Casa de las Américas, traz reflexões sobre o racismo, a exploração e a violência, bem como sobre o amor, a liberdade e o senso de identidade.


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