
Na ocasião, Hermeto criticou um beijo entre dois casais gays durante uma formatura da Polícia Militar. O parlamentar, que também é a subtenente da PM, disse que, na época dele, eles seriam expulsos por "pederastia". O termo grego era usado para se referir a relações sexuais entre homens e meninos. No Código Penal Militar, a palavra é usada para designar o crime de praticar atos libidinosos por militares.
"Minha corporação tá se acabando. Meu Deus! São formandos de hoje. Na minha época, era expulso por pederastia", teria dito o deputado. Hermeto foi denunciado por racismo, que também inclui o crime de homofobia.
De acordo com a 1° Vara Criminal de Brasília, há nos autos elementos suficientes para dar início ao processo. A defesa do parlamentar ainda alegou foro privilegiado, porém, o TJDFT negou a prerrogativa já que decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2018, estabelece que a prerrogativa de função só existe quando o crime é cometido durante o exercício do cargo e tenha relação com as funções desempenhadas.
Procurado, o deputado Hermeto ainda não se manifestou.
