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Estado de Minas EPISÓDIO HISTÓRICO

Os Simpsons tem personagem dublado por ator surdo pela primeira vez

O desenho faz história ao convidar ator surdo para dublar personagem e usar a língua americana de sinais (LSA) pela primeira vez


11/04/2022 11:55 - atualizado 11/04/2022 14:19

Cena do desenho 'Os Simpsons'
Pela primeira vez, personagem de Os Simpsons é dublado por ator surdo (foto: Reprodução: Fox/20th Television)


“Os Simpsons” chega à 33ª temporada e continua se reinventando. No episódio histórico intitulado “The Sound of Bleeding Gums”, que foi ao ar no último domingo (10/04), um ator surdo foi escalado pela primeira vez para dublar um personagem da série. Além disso, é a primeira vez que o desenho usa a língua americana de sinais (LSA).

 

O ator John Autry II, que é surdo, é responsável por dar vida a Monk Murphy, filho do ídolo de infância de Lisa, o saxofonista Bleeding Gums Murphy, que morreu na sexta temporada. O episódio acompanha Lisa ajudando Monk, que nasceu surdo, a realizar o sonho de colocar um implante coclear para poder ouvir pela primeira vez. Além de John, o episódio conta com a participação de mais três crianças surdas, Ian Mayorga, Kaylee Arellano e Hazel Lopez – da “No Limits”, organização sem fins lucrativos que se dedica à crianças surdas.

 

A roteirista Loni Steele Sosthand, se inspirou em sua própria história para desenvolver o episódio. Seu irmão Eli nasceu surdo em uma família que ama jazz. O fato teve grande impacto na vida de Loni e ajudou a formar quem ela é, e a quem pediu aprovação para o roteiro. Um dos grandes desafios para a realização de “The Sound of Bleeding Gums” foi ajustar a língua americana de sinais para as mãos dos personagens, que só têm quatro dedos, e permanecer compreensível para o público surdo.

 

Loni disse à revista americana Variety que o desenvolvimento do episódio começou muito antes de “Coda – No Ritmo do Coração”, filme ganhador do Oscar que também tem a surdez como tema central. A roteirista afirmou que é grande admiradora do filme. Ela afirmou a importância de se ter várias produções inclusivas. Ela, porém, destacou que não existe apenas uma única experiencia surda e existem várias histórias a serem contadas.

 

*Estagiária sob a supervisão de Márcia Maria Cruz 


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