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Estado de Minas CULTURA INDÍGENA

Documentário e livro registram a cultura do povo Wauja

As histórias, cantos e rituais são apresentadas pelos próprios indígenas para que a tradição não seja esquecida


03/01/2022 12:15 - atualizado 03/01/2022 13:56

Indígenas da etnia Wauja em ritual Kagapa
Cena do documentário "Wauja opanã" (foto: Reprodução)


A cultura do povo Wuaja, etnia que habita o território indígena do Xingu, é apresentada sob a ótica dos próprios indígenas no livro “As histórias de Kamukuwaká e Yakuwixeku” e no documentário “Wauja Onapã”, lançados na quinta (30). 
 
O documentário “Wauja Onapã” (Canto Wauja) é um curta que registra cantos de dois rituais, Kagapa e Yamurikumã. O primeiro envolve toda a tribo, que canta e dança ao ritmo de um tambor. Já o segundo é realizado apenas pelas mulheres. Os rituais são explicados no vídeo por dois apaiyekene, que são professores, músicos e cantores que ensinam as músicas, e seus sentidos sagrados, aos mais novos. 

Bastidores do documentário 'Wauja opanã'
Os rituais Wauja foram registrados pelo diretor indígena Piratá Waura (foto: Reprodução)


O olhar de Piratá Waurá, diretor e roteirista da obra, registra cenas inéditas dos rituais para as futuras gerações. O projeto surgiu da percepção de que rituais e musicas estavam se perdendo por estarem restritos aos anciãos. No curta é mostrado inclusive o uso de celulares para facilitar o aprendizado das letras dos cantos, mostrando como a tecnologia e tradição podem se unir sem se anularem. 

Assim como o documentário, o livro “As histórias de Kamukuwaká e Yakuwixeku”, vem com o objetivo de manter as histórias vivas, uma vez que essas narrativas formam a identidade e os valores do povo Wuaja. Segundo a cultura Wauja, Kamukuwaká e Yakuwixeku são personagens de histórias que lançam as bases dos códigos morais, sociais e ritualísticos desse povo. 

Além da preservação da cultura para o próprio povo Wuaja, o livro, idealizado pelo Coletivo de Professores e Historiadores Wauja (CPHW), também pretende divulgar para os não indígenas, como forma de conscientizar da importância de preservar os territórios indígenas, como o do Xingu.
 
As obras estão disponíveis, gratuitamente, no site do Instituto Homem Brasileiro 
 
*Estagiária sob a supervisão de Márcia Maria Cruz 


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