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Estado de Minas COALIZÃO NEGRA

COP-26: grupos denunciam efeitos socioambientais a pessoas negras no Brasil

Em mobilizações e eventos, movimentos negros apresentaram as questões que relacionam o aquecimento global e a vulnerabilidade de parte da população


11/11/2021 12:00 - atualizado 11/11/2021 12:37

Coalização Negra por Direitos
Coalização Negra por Direitos, que reúne mais de 200 entidades e organizações negras no Brasil, liderou a comitiva (foto: Uneafro Brasil/ Reprodução)


Uma comitiva brasileira composta por diversos grupos, movimentos e profissionais negros participou de ações da COP-26, a Conferência das Partes, durante os dias 1º a 6 de novembro. As mobilizações tiveram como objetivo apresentar os desafios socioambientais sob a ótica da população negra no Brasil. A COP-26 será encerrada na sexta-feira (12/11).

A comitiva denunciou o racismo e a discriminação sofrida por pessoas negras em decorrência das desigualdades geradas pelo avanço das mudanças climáticas no Brasil e no mundo. Além disso, destacaram como os espaços e territórios de povos tradicionais, como os quilombolas, estão com direitos e garantias ameaçados no país.

Os grupos realizaram o evento “Terra, territórios e o enfrentamento ao racismo nas lutas contra a crise climática: o Movimento Negro Brasileiro na COP 26”, para apontar os principais desafios e caminhos percorridos por povos tradicionais no país em decorrência das consequências climáticas e ambientais. 

As ações se estenderam para além do evento. A Coalizão Negra por Direitos ralizou mobilizações na cidade de Glasgow e também nas redes sociais. Nas diferentes formas, foram denunciados o racismo, a discriminação e o genocídio sofrido pela população negra. Outros pontos destacados são os efeitos sociais causados pela pandemia de COVID-19. Em agosto de 2020, os negros foram a maioria dos infectados e mortos no estado de Minas Gerais.

Para Douglas Belchior, pesquisador, historiador e um dos fundadores da Coalizão Negra por Direitos, a pandemia foi um dos motivos que intensificaram os efeitos socioambientais que atingem pessoas negras. “A maioria das mortes era evitável no Norte e no Sul Global, se  parte da população não estivesse em extrema vulnerabilidade social e ambiental”, destaca Douglas. 


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