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Estado de Minas DIA DE LUTA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Teclado consciente corrige palavras e expressões preconceituosas

O aplicativo digital, lançado em 2020, ganhará 180 dicas para evitar termos que discriminem pessoas com deficiência


21/09/2021 14:00 - atualizado 21/09/2021 15:31

Usuários recebem indicações para substituir termos discriminatórios
Usuários recebem indicações para substituir termos discriminatórios (foto: Freepik/ Reprodução)
 

 

No Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (PCD), celebrado em 21 de setembro, surgem alguns recursos digitais e inclusivos acerca de termos, expressões e frases preconceituosas.  É o caso do aplicativo Teclado Consciente, um corretor ortográfico social de smartphones e tablets que substitui palavras discriminatórias. O app está passando por atualizações e receberá 180 novas sugestões de palavras para um vocabulário mais inclusivo e diverso. 

 

Lançado em 2020, o app oferece indicações de termos e expressões para serem trocadas. Ao digitar uma palavra considerada inadequada, o usuário terá uma breve explicação do motivo daquele termo ser incorreto e receberá uma sugestão.

 

As mudanças são sugeridas durante a utilização do teclado em redes sociais ou outros aplicativos de conversação. Além de palavras capacitistas, o app também sugere correções de expressões racistas e LGBTfóbicas. O Teclado Consciente pode ser baixado e acessado gratuitamente por clientes de qualquer operadora com smartphones iOS e Android.

 

Ana Paula Castello Branco, diretora de Publicidade e Gestão de Marcas da TIM, afirma que o aplicativo é uma solução que proporciona mais inclusão e conscientização à população.

 

“O Teclado Consciente é uma dessas iniciativas de comunicação que buscam combater o preconceito. É uma forma de usar o alcance dos celulares e do nosso serviço para colaborar com a construção de uma sociedade mais inclusiva, um futuro sem preconceitos e onde as pessoas pratiquem a empatia”, destaca.

 

A diretora também menciona a importância do conhecimento e da conscientização na luta contra o capacitismo, utilizados para romper com essas expressões e práticas capacitistas e preconceituosas.

 

“Queremos colaborar com o fim do capacitismo. A informação é essencial. Muitas expressões capacitistas, infelizmente, fazem parte do nosso dia a dia e sequer imaginávamos. O Teclado não é uma ferramenta de punição ou correção. Ele é um aplicativo que traz conscientização”, aponta.


Com as mudanças no mundo digital e tecnológico dos últimos anos, a acessibilidade e inclusão se tornaram práticas mais recorrentes na sociedade. Celulares, tablets e seus aplicativos facilitam ainda mais esse processo.

 

De acordo com Ana, o momento de pandemia também foi fundamental para essa mudança de perspectiva. “A pandemia acelerou a transformação digital da nossa sociedade e, a partir daí, acredito que teremos uma evolução na acessibilidade de sistemas, aplicativos e até mesmo de ferramentas habituais, como as redes sociais", comenta.

O que são expressões capacitistas?

Alguns termos e palavras na língua portuguesa diminuem, menosprezam e excluem pessoas com deficiência. Essas expressões têm origens preconceituosas e, por mais que sejam ativas na língua falada e escrita, carregam muitos significados ofensivos. 

 
De acordo com o art. 4º, § 1º, da Lei 13.146/2015, considerada o Estatuto da Pessoa com Deficiência, o capacitismo é uma forma de preconceito contra a PCD. "Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas". 


Um exemplo de expressão capacitista é a palavra ‘retardado’ como ofensa a uma pessoa. No entanto, o termo vem de retardo mental, uma deficiência intelectual leve. 

 

Também é o caso da expressão ‘que mancada’, que ofende diretamente pessoas com deficiência que mancam e possuem dificuldade em locomoção. 

 

*estagiário sob a supervisão de Márcia Maria Cruz 



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