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Estado de Minas novidades na cozinha

Massa amanteigada e recheio transformam cookies em paixão nacional

Belo Horizonte foi a primeira cidade a ter uma unidade da American Cookies fora de Brasília


16/05/2021 04:00 - atualizado 17/05/2021 16:02

Francielle Faria e Rafael Macedo levaram sete anos para desenvolver a receita que consideram perfeita(foto: Rômulo Juracy/Divulgação)
Francielle Faria e Rafael Macedo levaram sete anos para desenvolver a receita que consideram perfeita (foto: Rômulo Juracy/Divulgação)

A massa é bem amanteigada. Tão macia que, a cada mordida, derrete na boca. Por dentro, muito recheio, de vários sabores, que chegam a escorrer. Está sempre quente, porque só vai ao forno quando chega o pedido. “Impossível não se apaixonar”, garante a empresária Francielle Faria, fundadora da rede de Brasília American Cookies, que faz sucesso em Belo Horizonte vendendo só por delivery. A missão da marca é transformar o cookie em paixão nacional.
 
Francielle e o marido, Rafael Macedo, levaram sete anos para desenvolver a receita que consideram perfeita. Começaram usando margarina, como se faz nos Estados Unidos, mas logo entenderam que o brasileiro gosta de sentir o sabor e a textura da manteiga. O casal pesquisou, testou, errou, trocou ingredientes, alterou a proporção e não sossegou até chegar ao resultado que queria. “Nós já comemos os cookies de todos os concorrentes e falamos com convicção que o nosso é o mais gostoso.”
 

Os cookies agradam não só pela massa amanteigada, que pode ser de baunilha ou cacau. Talvez o maior acerto da marca tenha sido acrescentar uma quantidade generosa de recheio, em vez de só colocar gotas de chocolate por cima. Com isso, dá para brincar com muitas combinações.

 

Há mais de 20 sabores. Os dois mais vendidos são Nutella (massa de baunilha com creme de chocolate e avelã) e red velvet (massa vermelha de cacau com brigadeiro de leite em pó e pedaços de chocolate branco, totalmente inspirado no famoso bolo norte-americano).
 
Se der vontade de fugir dos clássicos, experimente o cookie de massa de cacau com brigadeiro de uísque e pedaços de chocolate branco ou o que tem massa de baunilha com manteiga de amendoim, gotas de chocolate ao leite e cobertura de caramelo. Outros dois que surpreendem são o de massa de baunilha com brigadeiro de pistache e chocolate meio amargo e o de massa de baunilha com brigadeiro de limão, suspiro, biscoito e chocolate branco, que lembra uma torta de limão.

A marca também inventou o sanduíche de cookies. Coloca entre dois biscoitos sorvete de creme e um recheio cremoso, que pode ser de avelã com chocolate, ovomaltine ou doce de leite. Já nos shakes, outra forma diferente de usar os cookies, a massa amanteigada em pedaços garante a crocância. Agora os fundadores planejam lançar um petit gateau de cookies. “Estamos sempre de olhos em tendências no mundo da gastronomia e pensando em novidades. A gente respira cookies”, ela comenta.
 

Paixão virou negócio

 
A fixação do casal pelo biscoito norte-americano surgiu em 2012. Francielle e Rafael experimentaram pela primeira vez em uma loja de shopping em Brasília, que viria a se tornar concorrente, e se apaixonaram loucamente. “Nunca tinha comido nada parecido. A minha referência de cookie era de supermercado e fiquei impressiona com o fato de ser assado, estar quentinho e com o chocolate derretendo. Resolvemos, então, transformar a paixão em negócio.”
 
Com massa amanteigada e recheio cremoso, os cookies podem ter várias combinações de sabores(foto: Thyago Gonçalves/Divulgação)
Com massa amanteigada e recheio cremoso, os cookies podem ter várias combinações de sabores (foto: Thyago Gonçalves/Divulgação)
 
Naquele mesmo ano, eles abriram a primeira empresa, que faliu. Em 2015, retomaram a ideia, fazendo cookie congelado para assar em casa. De dia, ela trabalhava como servidora pública e ele era vendedor de autopeças. De noite, iam para a cozinha de casa. O boom veio dois anos depois, quando os cookies passaram a ser vendidos em um aplicativo de delivery. “O negócio começou a fazer tanto sucesso que até o síndico do prédio ficou bravo com a gente. Tivemos que sair do apartamento e do emprego.”

O sonho era abrir uma loja, mas, sem dinheiro, o casal montou uma cozinha para a produção voltada apenas para o delivery, em 2018. Não dava para imaginar que o modelo seria ideal para enfrentar a pandemia.“Por incrível que pareça, nós crescemos na pandemia. Temos uma história forte de delivery e, além disso, o nosso produto leva alegria para as pessoas. O cookie chega quentinho, conforta, dá prazer”, analisa Francielle.
 
Belo Horizonte foi a primeira cidade a ter uma unidade da American Cookies fora da capital federal. O convite veio há um ano e meio de um aplicativo de delivery, que se queixava de não vender bem sobremesas na cidade. “Ouvimos muita gente dizer que mineiro era desconfiado, que não compraria sem conhecer a loja física, mas nós acreditamos, compramos um caminhão refrigerado e fomos para BH.” Os produtos saem da fábrica, em Brasília, congelados e nas lojas vão do freezer direto para o forno.
 
Francielle diz que tem uma história de amor com a cidade, que os recebeu de braços abertos. “Somos muito gratos aos mineiros, que estão comprando os nossos cookies fielmente, sem conhecer a nossa loja. Isso enche o nosso coração de alegria.” Depois disso, a marca iniciou um plano de expansão com franquias. Em junho, só em Minas, serão inauguradas duas lojas: uma em Nova Lima e outra em Uberlândia. A ideia é chegar a 60 unidades até o fim do ano.
 

Serviço

American Cookies

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