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Estado de Minas CONHECENDO A COZINHA

Jovem une referências das avós para servir comida afetiva

O restaurante Zuzunely funciona há sete meses no quintal da Casa Frida, no Bairro Serra


postado em 19/01/2020 04:00 / atualizado em 26/01/2020 13:47

Carne de panela na cerveja preta com farofa de dendê e purê de mandioca(foto: Bruna Haddad/Divulgação)
Carne de panela na cerveja preta com farofa de dendê e purê de mandioca (foto: Bruna Haddad/Divulgação)
 

De um lado, a avó Zulmira, que faz comida de roça como ninguém e já teve restaurante árabe. Do outro, a avó Nely, que trabalhou a vida toda fazendo salgados, doces e outros quitutes por encomenda. Bruna Haddad uniu duas grandes referências na cozinha para abrir o seu primeiro restaurante, Zuzunely, que há sete meses funciona no quintal da Casa Frida, no Bairro Serra. Não é apenas o nome que homenageia as avós. “Servimos uma comida afetiva, que traz um carinho, que busca raízes, que resgata memórias, que emociona”, define. “É isso o que buscamos, emocionar. Que a pessoa se lembre do feijão da avó, da torta que a mãe fazia ou dos almoços de família.” O cardápio, pensado com ingredientes da época, muda toda semana. Um dia tem o pastel assado recheado com creme de cebola da avó Nely, no outro a carne de panela, cozida com especiarias e cerveja preta, que a avó Zulmira sempre fazia no almoço. De uma última vez, ela esteve acompanhada de purê puxento de mandioca e farofa de alho com dendê. A chef amplia os horizontes com algumas recriações, entre elas a salada de batata, servida com aioli da casa, que não é exatamente igual à receita de nenhuma das avós. Almôndegas picantes de pernil com farofa de alho e torta de frango caseira com purê de cenoura e salada de ervilhas costumam aparecer de vez em quando entre as sugestões do dia. O único item que se mantém no cardápio, faça chuva ou sol, é a batata frita caseira, cortada a mão e servida com um tempero secreto. Bruna também leva para o restaurante influências do seu pai, o chef Beto Haddad, especialista em cozinha asiática. Ou seja, usa temperos como o tailandês nam pla e serve receitas como wonton (pastel no vapor) com costelinha e pasta de nirá. Um dos planos da chef é resgatar e renovar em um livro receitas antigas das avós e bisavós. O Zuzunely abre de terça a sexta à noite e nos fins de semana para almoço.

 

Em clima de praia

Uma esquina na Savassi virou calçadão de praia neste verão. O bar Redentor, que fica na Rua Fernandes Tourinho com Sergipe, entra no clima carioca com ações para descontrair os clientes na temporada de calor. Uma delas, realizada pelo segundo ano, oferece um chope a quem está de chinelo. “Além disso, todo fim de se- mana, temos um vendedor ambulante de praia, que distribui biscoito Globo e chá mate de cortesia, a combinação mais tradicional das praias do Rio de Janeiro”, acrescenta o sócio Daniel Ribeiro. Em destaque no cardápio, alguns petiscos pensados para o verão, como o bolinho de rabada em crosta de farinha panko com maionese de agrião e a berinjela à milanesa gratinada com tomate seco, alho-poró, muçarela e molho ao sugo feito na churrasqueira. Outra novidade é o drinque Redentor, que mistura gim, chá mate, hortelã, limão, baunilha e espuma de tangerina.

 

Butiá, laranja e iogurte do restaurante Charco(foto: Rogerio Voltan/Divulgação)
Butiá, laranja e iogurte do restaurante Charco (foto: Rogerio Voltan/Divulgação)

Roteiro doce

Mariana Correa decidiu fechar as portas da La Parisserie, mas o seu trabalho em prol da valorização da confeitaria continua. Depois de surpreender o público com um jantar de sobremesas, a chef agora parte para um novo projeto. Apaixonada por viagens (“Se não estou na cozinha, estou planejando minha próxima viagem”), Mariana assina a curadoria de um roteiro voltado exclusivamente para doces. A primeira edição será em São Paulo e está marcada para 14 e 15 de março. Em um fim de semana, o grupo fará um passeio por sete estabelecimentos. “Queremos mostrar uma confeitaria criativa, pensada, de chefs que têm o cuidado com a técnica e um olhar muito particular para a origem deles”, explica. A viagem começa por um brunch no Vista Café com pães e doces da casa, como o paris brest de castanha-do-pará. Em seguida, uma visita à loja de bombons finos Chocommelier, especializada em harmonizações de chocolate, que propõe, por exemplo, combinar bombom de queijo do Serro e doce de leite com café mineiro. Já na Confeitaria Marilia Zylbersztajn, os participantes vão provar tortas como a de maçã e manga com coco. O dia termina com um jantar no Charco, que, para Mariana, é um exemplo de restaurante que trabalha bem as sobremesas em seu cardápio. Entre elas, sorbet de butiá com compota de casca de laranja, caramelo de maracujá e espuma de iogurte. No domingo, tem degustação de mel de abelhas nativas brasileiras na Mbee. A parada seguinte é na fábrica de chocolate da AMMA, uma das primeiras a trabalhar o conceito bean to bar (da amêndoa à barra), com direito a brunch e degustação de diferentes barras. Por fim, uma aula sobre gelatos na Boutique Gelato, seguida por uma degustação de sabores famosos, como café com limão. Mariana conta que já está montando um roteiro doce em Belo Horizonte. 

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