mulheress na rua com cartazes

"Bagunça", com 23 atores e dirigido por Marina Viana, foca na música popular brasileira com personagens tentando achar uma jukebox perdida

Pedro Lanna/Divulgação


O nome é "Bagunça", dada a quantidade e diversidade dos envolvidos, e da proposta. Um cortejo cênico-musical que vai percorrer as ruas e os locais nas proximidades do Galpão Cine Horto, a partir da noite desta sexta-feira (6/10). A montagem marca o retorno do Oficinão, um dos projetos seminais do Cine Horto, interrompido nos últimos anos.

Vinte e três atores e atrizes, de diferentes idades e formações, participam do espetáculo dirigido por Marina Viana – atriz e diretora, também com passagem pelo próprio Oficinão.
 
"A bagunça já começou na seleção, pois no processo (para participar do projeto) chamei 44 de não sei quantos inscritos e depois selecionei 25. Um elenco grande é trabalho, pois são muitas personalidades. Ao mesmo tempo, é bonito ver esse corpo coletivo", diz ela.
 
A música popular brasileira é o foco da "Bagunça", que fala sobre a busca de dois personagens por um artefato improvável. O arqueólogo e fotógrafo de uma revista gringa recebe a ajuda de gari para tentar encontrar a Juca Caixa, uma jukebox que, por meio da música, pode revelar algo sobre nossa identidade.

'Plagicombinação' rima com Tom Zé

Durante o cortejo, haverá Bossa Nova, samba, Tropicália, mas também o que toca no Tik Tok, diz Marina. "Eu sempre trabalhei com a 'plagicombinação', uma expressão criada pelo Tom Zé, que é do copiar e colar. Fizemos um exercício 'plagicombinando' canções não só ritmicamente, mas também nas letras. Construímos discursos a partir das letras, como uma provocação", continua Marina.

A partir da porta do Cine Horto, o cortejo sai pela vizinhança. "São estabelecimentos abertos no período da noite, o Circuito Etílico Cultural da Leste, como a Gruta, o Teatro 171 (do qual Marina é uma das integrantes), até o Bar da Rita (na Rua Pouso Alegre, onde o cortejo vai terminar). É um trajeto que faz parte da minha vida nos últimos 10 anos, que vivenciei muito coletivamente", acrescenta.

Serão sete apresentações até 15 de outubro. A previsão é de que cada cortejo dure entre uma hora e meia e duas horas. Mas tudo, é claro, vai depender da bagunça. 

“BAGUNÇA”

Espetáculo do Oficinão. Estreia nesta sexta (6/10), com ponto de encontro às 20h, em frente ao Galpão Cine Horto (Rua Pitangui, 3.613 – Horto). Apresentações no sábado e domingo (7 e 8/10), e de quinta a domingo da próxima semana (12 a 15/10), sempre às 20h. Acesso gratuito.

 

CONFIRA PEÇAS EM CARTAZ

• 'O DIABO NA RUA, NO MEIO DO REDEMUNHO'
Sob a direção de Amir Haddad, o ator Gilson de Barros apresenta a segunda obra de sua trilogia "Grande sertão: Veredas", que traduz a prosa rosiana para o teatro. No monólogo, Riobaldo, hoje um velho fazendeiro, conversa com um interlocutor (no caso, o público). Ele fala de passagens de sua vida e de "causos" para questionar sobre a existência (ou não) do diabo. Hoje e amanhã (6 e 7/10), às 20h, e domingo (8/10), às 19h30, no Teatro João Ceschiatti do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537 – Centro). Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Na bilheteria e no eventim.com.br.

 

Show do Bita

'Show do Bita' é atração de domingo (8/10) no Cine Theatro Brasil Vallourec

Mundo Bita/reprodução
 

 

• 'SHOW DO BITA – VAMOS CULTIVAR AMIZADES'
Apresentação cênico-musical com a turma formada por Flora, que interpreta as canções ao vivo, Bita, Tina, Lila, Dan, Tito e vários animais. Além disso, os Plots, moradores do Mundo Bita, interagem com a plateia por meio de um telão. Entre as novidades, estão as canções "Senhor tubarão", "O esporte que escolher" e "Querida chupeta, bye-bye". Domingo (8/10), às 17h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (Praça Sete, Centro). Ingressos: R$ 120 (inteira, setor 1) e R$ 80 (inteira, setor 2). À venda na bilheteria e no cinetheatrobrasil.com.br

• 'BRISA'S BEACH'
O espetáculo, criado por Janaína Morse, é um conto de fadas desconstruído pelo olhar de uma palhaça e seu universo feminino. O mundo encantado está dentro de sua mala. Cada encontro com o público é único, pois a plateia é cúmplice desta história. Domingo (8/10), às 11h, no Memorial Vale (Praça da Liberdade, 640). Entrada franca. Ingressos devem ser retirados uma hora antes.