
"Baile na roça" (1923), óleo sobre tela pintado por Portinari aos 20 anos, com o qual se inscreveu em concurso de estudos na Europa
Projeto Portinari/Coleção Maria Candida Peixoto Palhares/DivulgaçãoEm 1923, então com 20 anos, Candido Portinari (1903-1962) pintou o óleo "Baile na roça". Esperava que com o trabalho vencesse o Prêmio de Viagem à Europa, da Escola Nacional de Belas Artes, que levaria o jovem humilde de Brodowski a uma temporada de estudos no Velho Continente. O trabalho foi recusado por suas pinceladas soltas e cores vibrantes. Portinari, desgostoso, não quis mais saber dele.

"Roda infantil" (1932), óleo sobre tela, é uma das obras da sala "Infância"
Túlio Santos/EM/D.A PressInfinito
Em seus 59 anos de vida, Portinari produziu mais de 5 mil obras. "Queria uma mostra que conseguisse dar conta desse personagem infinito com todas as nuances que ele tem", afirma Marcello Dantas, curador da exposição no CCBB.
"Menino soltando pipa" (1958) é a única escultura produzida por Portinari
Túlio Santos/EM/D.A PressMaquetes
Há duas salas que fogem da expografia tradicional. "A cidade imaginária" traz maquetes de edificações públicas que têm murais de Portinari – o Palácio Gustavo Capanema, no Rio; a Igreja da Pampulha, em BH; o Memorial da América Latina, em São Paulo; o pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York (1939); a Biblioteca do Congresso Norte-Americano, em Washington; e a já citada sede da ONU. As maquetes são todas brancas – as únicas cores vêm dos painéis do artista reproduzidos em cada uma delas.
"Guerra" (1942) integra a coleção de pôsteres produzidos pelo artista
Túlio Santos/EM/D.A Press
Mostra no CCBB revela o talento de Portinari também como artista gráfico
Túlio Santos/EM/D.A Press
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