Violonista Ana Clara Guerra e baterista Jack Will

Violonista Ana Clara Guerra e baterista Jack Will, ambos premiados no BDMG Instrumental

Daniela Paoliello/Divulgação
Pela primeira vez desde a sua criação, em 2001, o Prêmio BDMG Instrumental teve maioria feminina entre os vencedores. A contrabaixista Camila Rocha, a pianista Igara e a violonista Ana Clara Guerra foram eleitas as melhores compositoras da 22ª. edição da premiação, que terminou na noite de ontem (28/5), no Teatro Sesiminas.
 
O quarto premiado, e um dos mais celebrados pelo público, foi o trompetista Juventino Dias.
 
Os quatro vencedores vão levar um prêmio de R$ 13 mil cada e farão dois shows: um no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH) e outro em São Paulo, no programa Instrumental Sesc Brasil.
Trompetista Juventino Dias

Trompetista Juventino Dias, um dos quatro compositores quem venceram a edição 2023 do prêmio

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Além dos prêmios principais, houve outras categorias agraciadas pelo júri presidido pelo contrabaixista paulista Marcos Paiva. O violonista Gilson Brito, virtuose que retornou ao BDMG Instrumental 11 anos depois de vencer como compositor, foi eleito melhor instrumentista ao lado do baterista Jack Will, que acompanhou Ana Clara Guerra.
 
O guitarrista Luiz Camporez venceu na categoria melhor arranjo por “Milagreiro”, de Djavan. E pela primeira vez o BDMG Instrumental elegeu um instrumentista para a categoria revelação: o vencedor foi o pianista Luadson Constâncio, que integrou a banda de Camporez.
 
Ainda subiram ao palco do Sesiminas as cantoras e compositoras Augusta Barna e Nath Rodrigues. As duas foram as vencedoras do Prêmio Flávio Henrique, dedicado à canção. Venceram pelos álbuns “Sangria desatada” e “Fio”, respectivamente. 
Contrabaixista Camila Rocha e, ao fundo, baterista Paulo Frois

Contrabaixista Camila Rocha e, ao fundo, baterista Paulo Frois

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Antes do anúncio dos vencedores do BDMG Instrumental o público assistiu a um pocket show do baterista Gladston Vieira. Ele havia vencido o Prêmio Marco Antônio Araújo, que a cada ano premia um álbum de música instrumental. Vieira venceu pelo disco “À vontade” (2022).
 
A 22ª. edição do evento tomou todo o fim de semana. Na sexta (26/5) e no sábado (27/5) os 12 semifinalistas apresentaram-se no teatro. Cada um deles defendeu três músicas: duas inéditas e um para uma obra de música brasileira. Os seis finalistas – além dos quatro vencedores, também chegaram à final o pianista Ravi Kefi e o supracitado Gilson Brito – voltaram ao teatro no domingo. 
 
Uma das mais importantes premiações dedicadas à música instrumental, o BDMG nasceu no início deste século para valorizar a produção mineira. Em duas décadas de atuação vem não só referendando a vasta produção no estado, como também fomentando novas gerações. 
Pianista Igara

Pianista Igara é de Diamantina mas vive hoje em BH

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Os quatro compositores vencedores desta edição concorreram pela primeira vez. Das 36 inscrições habilitadas, quase a metade era de instrumentistas de fora de Belo Horizonte. Igara é de Diamantina mas está radicada em BH há alguns anos. Já Ana Clara Guerra veio de Uberlândia. 
 
Camila Rocha já havia participado do prêmio, mas como musicista - foi eleita em 2018 melhor instrumentista; na época acompanhou a banda da pianista Luísa Mitre. E Juventino, com a maior formação entre os finalistas (tocou acompanhado de um quinteto), tinha na banda o mais jovem dos músicos do evento. Aos 17 anos, Davi Horta chamou a atenção pela segurança e leveza ao piano.