cantora e atriz Giulia Be

Aos 23 anos, Giulia Be, que também é atriz, trabalha no novo single 'Matching tattoo', inspirado em seu relacionamento com Conor Kennedy, sobrinho-neto de John F. Kennedy

FOTOS: Lorena Dini/DIVULGAÇÃO

"Já estava cansada de escrever sobre as decepções amorosas da minha vida, precisava de uma música leve, onde a gente sai por cima. E assim nasceu a história (de 'Menina solta'), não imaginava que teria esse impacto"

Giulia Be, cantora e atriz



A cantora carioca Giulia Be, de 23 anos, não sabia que em 2019, quando lançou “Menina solta” – que escreveu despretensiosamente à beira da piscina –, sua carreira daria um salto. O que viria nos próximos anos também superou as expectativas da jovem que estava prestes a cursar direito e decidiu investir na música: ela apresentou o primeiro álbum de estúdio, “Disco voador”. Ao Estado de Minas, a artista conta sobre essa “reviravolta” em sua vida e ainda deu detalhes de seu relacionamento, que inspirou o novo single “Matching tattoo”.

De acordo com Giulia, a “Menina solta” trouxe uma identificação por parte do público e abriu portas em sua carreira. “Já estava cansada de escrever sobre as decepções amorosas da minha vida, precisava de uma música leve, onde a gente sai por cima. E assim nasceu a história, não imaginava que teria esse impacto. Foi muito interessante quando várias meninas falaram que ela é um ‘hino feminista’”, diz.

CONEXÕES 

A artista ainda lembra a conexão que passou a ter, principalmente, com as fãs. “As meninas chegavam falando: ‘ (A música) me ajudou a superar meu ex, um relacionamento tóxico que vivi’. Isso não tem preço, você saber que alguém consegue conectar com algo que você escreveu, com sua mensagem e transformar em cura”, afirma.

Foi nesse embalo que a artista lançou seu primeiro EP, chamado “Solta”, em 2020. “Sou a pessoa que pode ficar, muitas vezes, presa no meu pensamento. Esse EP foi um fogo de coragem que ascendeu no meu coração, aquilo era o primeiro esboço que eu poderia mostrar para o público como artista. Tenho muito orgulho”, aponta Giulia Be, que ainda reforça a importância de apresentar seu primeiro trabalho durante a pandemia: “Conseguia continuar fazendo música, lançar da minha casa e trazer algo verdadeiro em termos de conexão com as pessoas.”

O EP conta com seis músicas autorais, incluindo faixas que se tornaram sucesso, como a própria  “Menina solta” e “Se essa vida fosse um filme”.

DRAMA NA NETFLIX  

A partir deste primeiro projeto, a carreira de Giulia seguiu alavancando. Seu primeiro feat (“Inesquecível”) foi ao lado de Luan Santana. Ela seguiu trabalhando nos singles “LOKKO”, “Pessoa certa hora errada”, “2 PALABRAS” – todos estão no “Disco voador” (2022).

Mas a artista também decidiu investir na carreira de atriz no drama romântico da Netflix, “Depois do universo” (2022), disponível na plataforma de streaming. No filme, Giulia interpreta a pianista Nina, que precisa superar os desafios de lidar com o lúpus, uma doença autoimune que pode atacar qualquer parte do corpo.

“A jovem é surpreendida por uma forte conexão com Gabriel (Henry Zaga), um dos médicos da equipe que a atende, que irá ajudá-la a superar suas inseguranças na luta para tocar nos palcos, junto a uma grande orquestra de São Paulo”. Essa é a sinopse do filme.

De acordo com Giulia, foi um desafio encarar este projeto no meio do processo de escrever um álbum. “Lancei o primeiro single, mas a Nina e o Gabriel entraram na minha vida, então foquei no filme. Era uma história pela qual me apaixonei, uma oportunidade de explorar e expandir minha carreira. Depois do filme, entrei novamente neste processo do ‘Disco voador’ para finalizar o álbum. Foi longo, mas acho que valeu a pena. Do início ao fim, mudei como ser humano e isso reflete nas músicas”, observa ela.

“O álbum conta uma história, é uma descoberta sentimental que vai passando pelos altos e baixos do amor e eventualmente termina novamente em ‘Matching tattoo’ acreditando no amor. Se não fosse romântico, não seria Giulia Be”, completa.

ROMANCE NA VIDA REAL 

Por falar em romance, o novo single que a artista tem trabalhado é “Matching tatto”, inspirado em seu relacionamento que completou um ano em fevereiro com Conor Kennedy, de 28 anos, sobrinho-neto de John F. Kennedy,  ex-presidente dos EUA. “Como era algo tão pessoal, queria que fosse um presente para meu namorado. Escrevi essa música bem no começo do relacionamento e queria capturar esse sentimento de estar apaixonada, e a gente realmente acabou fazendo uma tatuagem depois, que é o clipe”, revela.

“Essa tatuagem foi muito importante para a gente. Ele foi para a guerra da Ucrânia no ano passado e toda vez que eu não podia falar com ele, ficava longe, tinha a tatuagem para me apegar. É um símbolo de proteção e amor que a gente queria ter para eternizar e me fez muito bem”, acrescenta ela.

ET DE VARGINHA 

Agora, Giulia Be quer apresentar o álbum em turnê pelo país, que ainda não tem data para começar. Apesar disso, ela garantiu que terá espaço na agenda para shows em Minas Gerais, já que o álbum traz essa estética interplanetária e nada mais justo que visitar o estado do famoso ET de Varginha.

“Já é famoso no Brasil que os mineiros são gente boa, acolhedores. Tenho memórias muito legais e antigas que preciso atualizar dos meus shows em Minas”, diz. “Eu quase fui para Varginha fazer a capa do álbum (risos). Fiquei sabendo, inclusive, que tem várias estátuas de ET, umas coisas por aí. Na turnê, em Minas Gerais, temos que fazer uma excursão lá”, brinca.

FAIXAS

>> “BRASIL TÁ EM FESTA!”
>> “FBI”
>> A GNT N TA JNT”
>> “LOKKO”
>> “PLANETA MARTE”
>> “AVISO DE AMIGO”
>> “DESFICAVA”
>> “TEMPO”
>> “PESSOA CERTA NA HORA ERRADA”
>> “SHOW”
>> “PSI LO SABE”
>> “2PALABRAS”
>> “MATCHING TATTOO”

Capa do CD 'DISCO VOADOR'

Capa do CD "DISCO VOADOR"



“DISCO VOADOR”
• De  Giulia Be
• 13 faixas