Banda Blitz

Evandro Mesquita garante que o show no Palácio das Artes será cheio de novidades

Arquivo Pessoa/Divulgação

Formada no Rio de Janeiro, em 1981, tendo origem no grupo de Teatro Asdrubal Trouxe o Trombone, a Blitz está de volta a Belo Horizonte, para se apresentar nesta sexta-feira, (3/3), às 21h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. O show "Turnê sem fim" traz os maiores sucessos da banda e algumas músicas inéditas. Atualmente, a banda é formada por Evandro Mesquita (voz, violão e guitarra), Billy Forghieri (teclados), Juba (bateria), Andréa Coutinho (vocal), Rogério Meanda (guitarra e vocal), Nicole Cyrne (vocal) e Alana Alberg (baixo).

Evandro Mesquita garante que o show no Palácio das Artes será cheio de novidades. "A gente está comemorando a turnê dos 40 anos da banda e agora iniciando, em Belo Horizonte, a turnê 'Sem Fim'. Essa apresentação mostra coisas que a gente já fez e que anda fazendo. A banda está superviva, haja vista que, em 2017, fomos indicados ao Grammy Latino com um disco de inéditas, 'Aventuras II' (2016), como 'Melhor Álbum de Rock Brasileiro'. Então, isso nos mantém produzindo coisas novas também. Estamos lançando cinco discos. Na pandemia, a gente começou a gravar o 'Blitz Hits', regravando, com a tecnologia de hoje, os sucessos da Blitz. Tem também o 'Volume I e Volume II, do Lado Blitz', ou seja, o lado B de músicas que a gente adora, mas que não tiveram tanta exposição assim."

Evandro explica que há também um álbum de inéditas chamado "Blitz Supernovas". "É um disco que está super legal e, finalmente, outro apelidado de 'Blitz no dos outros', que é a interpretação da Blitz de músicas de Roberto e Erasmo, Gilberto Gil, Paulo Diniz e Zé Keti, entre outros. Ele traz alguns detalhes inusitados que também estão muito bacanas. Em cada show, é aquele sofrimento para ver o que vai e o que não vai entrar, mas estamos preparando tudo com muito carinho para essa apresentação em Belo Horizonte, cidade onde temos um público enorme, formado por amigos e fãs da Blitz. Com certeza, será muito legal."

Ele ressalta que os discos sairão também em formato físico. "Até LPs a gente tem feito também, porque adoramos os vinis, ou seja, pegar aquele disco grande, ver as fotos, ler a letras e a ficha técnica. É sensacional aquele barulhinho da agulha correndo no disco. A gente está fazendo também uma edição de LPs e CDs que depois entrarão nas plataformas digitais."

Turnê longa

Evandro conta que a turnê será longa. "Daqui vamos para Porto Alegre, já fizemos o Rio de Janeiro, no Circo Voador, e vamos para a estrada, como a gente sempre faz. Adoramos viajar, montar o circo da Blitz e mostrar o show como está."

Da formação original, Evandro conta que restaram ele, Billy, Juba e Rogério, que foi parceiro de Cazuza. "Além das duas meninas novas. Estamos também com uma baixista que é sensacional." Ele lembra que o compacto com a canção "Você não soube me amar" vendeu mais de 1,5 milhão de cópias. "Isso, numa época de crise do mercado. Foi assim, um pé na porta mesmo da galera que queria fazer música, viver de arte e mostrar seu trabalho também. A gente arrombou a porta das gravadoras, das rádios e das TVs, com essa música aí. Já o LP 'As aventuras da Blitz' foi disco de platina, vendendo mais de 250 mil cópias. Realmente, foi um fenômeno, sensacional."

HISTÓRIA Evandro lembra que no primeiro Rock in Rio, em janeiro de 1985, eles tocaram no equipamento da banda Queen, de Fred Mercury. "Foi um show memorável, perfeito, emocionante. Fiquei muito nervoso naquele dia, mas sou assim mesmo, pode ter 20 pessoas ou 200 mil, fico sempre desse jeito. Foi tão lindo que a gente era o último dos grupos nacionais e tocava no por do sol e, no meio do show, entrava aquela luz da 'Nasa', do Rock in Rio. Então, foi um impacto muito grande para a gente e para o público. E ainda por cima, junto com James Taylor, ACDC, Rod Stewart, Queen... Realmente, o cast dos artistas daquela edição foi demais, sensacional."

Originalmente, a Blitz era formada pelos músicos Evandro Mesquita (voz, violão e guitarra), Ricardo Barreto (Guitarra), Lobão (bateria), Fernanda Abreu (vocais), Márcia Bulcão (vocais), Antônio Pedro Fortuna (baixo) e Billy Forghieri (teclados). O grupo nasceu sob a lona do Circo Voador, na praia do Arpoador, no Rio de Janeiro. Foram necessários apenas três meses para se transformar na sensação do mercado fonográfico brasileiro nos anos 1980.

Entre os maiores sucessos da Blitz estão: "A dois passos do Paraíso" ("Radioatividade" - 1983), "Você não soube me amar" ("As aventuras da Blitz" - 1982), "Betty Frígida" ("Radioatividade" - 1982), "Weekend" (Radioatividade" - 1982), "Mais uma de amor" ("As aventuras da Blitz" - 1982), "O Romance da universitária otária" ("As aventuras da Blitz" - 1982) e "Cruel e Esquizofrenético Blues" ("As aventuras da Blitz" - 1982).


"TURNÊ SEM FIM"

Show com a banda Blitz, sexta-feira (3/3), 21h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro. Ingressos a partir de R$ 120. Informações: 3236-7400.