
Samuel Rosa, que foi um dos convidados do último show da carreira de Milton Nascimento, em novembro passado, no Mineirão, fará a apresentação de encerramento da carreira do Skank em março
Alexandre Guzanshe/EM/D.A Pressi/EM/D.A Press. BrasilPara citar o Rei, serão “muitas emoções”. O público de Belo Horizonte verá neste 2023 um “show emblemático e simbólico”, conforme promete Samuel Rosa, de encerramento da carreira do Skank, no Mineirão.
Toninho Horta anuncia que fará apresentações “com repertório inusitado” e pretende deixar em “stand by” o seu lado “sideman”, assumindo o centro do palco. O Pato Fu dá a partida em sua nova turnê em março. E muito mais gente que está na estrada há muitos anos planeja prosseguir, com alegria renovada pelo encontro com o público, depois do parêntese imposto pela pandemia. A seguir, confira o que artistas da música planejam realizar neste ano que começa.

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Não teria um lugar mais propício para esse encerramento de ciclo do que tocar na cidade que forjou a cena da qual o Skank nasceu, naquela virada dos anos 1980 para os 1990, 1991... Até brinco muito que os primeiros fãs em BH não são meramente fãs, são cúmplices, porque viram a trajetória da banda que ainda estava engatinhando. Começando nos pequenos palcos de BH até ganhar outros maiores e saindo para o Brasil. O show será emblemático e simbólico.
Não consigo vislumbrar em 2023 algo que seja mais marcante e importante do que isso. Contudo, tenho uma carreira para ser planejada, que vai se iniciar e de extrema importância para mim, mas não consigo ver algo mais simbólico e relevante do que este show, que será registrado.
Vamos repetir outras ainda em fevereiro, a exemplo de Brasília e Fortaleza, onde estivemos antes da pandemia. Voltaremos a São Paulo para uma temporada. Depois, quero dar uma descansadinha, porque terá sido uma turnê que, embora muito bonita, demandou muita energia. Quero voltar a compor e preparar material novo para a minha carreira solo, que deverá começar ou, pelo menos, ser planejada em 2023.”

Rogério Flausino prevê "um ano potente de alívio e esperança"
Harley Castro/divulgaçãoTeremos também a continuidade do show ‘Encontro marcado’, com o grupo 14 Bis e Sá & Guarabyra. Começo a preparar o volume 3 do projeto “Paisagens”, que penso ser quase inteiramente instrumental. Na estrada, continuo percorrendo o país com o show ‘Girassol’ pelo menos até meados de 2023, quando entro com novo show. Tenho alguns convites e propostas para apresentações fora do Brasil.”

Toninho Horta pretende gravar disco com clássicos do jazz
Tulio Santos/EM/D.A PressDe imediato, vou finalizar a montagem da TH Academy e colocar on-line. No primeiro trimestre, vou terminar o disco ‘Standards and stories’, cantando clássicos do jazz em inglês. Durante o ano, realizarei shows com repertório inusitado, mas guardo os detalhes em segredo até a estreia.”
A empresa de marketing place Brodr vai agregar novos artistas ao casting, trabalhando com NFTs, inclusive de experiências, incluindo o Jota Quest. Disponibilizaremos um percentual do arrecadado para instituições ligadas à cultura e ao apoio a artistas. Os NFTs envolverão credenciais e acessos à banda, audição de forma inédita, equipamentos e vários benefícios para quem comprá-los.”
Além dos shows de K&K, temos uma dezena de datas marcadas do nosso encontro com o MPB4. Também estamos preparando o lançamento do álbum ‘Casa Ramil’, que reúne os músicos da família: Kleiton, Kledir, Vitor, Ian, Gutcha, Thiago e João Ramil.”

Mônica Salmaso pretende seguir com as apresentações ao lado de Chico Buarque na turnê "Que tal um samba?"
Leo Aversa/divulgaçãoSeguir com a turnê com o Chico Buarque de Holanda, esse presente imenso, e viver no palco os trabalhos lançados nos últimos dois anos. E também conceber o próximo”.
Vamos dar continuidade a ele. Eu e meu irmão Zezé di Camargo não temos um projeto inédito de gravar disco ou DVD. Estamos perto de completar 35 anos de carreira, o que acontecerá daqui a dois anos. O Zezé vai continuar com o projeto solo dele, que está indo muito bem, graças a Deus.”

Wilson Lopes deve desacelerar a agenda de shows e "abraçar mais ainda a UFMG"
Leandro Couri/EM/D.A Press.Então, fiquei um pouco cansado. Já estou há 30 anos com Milton, estradas, gravações, arranjos para orquestra e banda, além da minha atuação como violonista e guitarrista. Então, a primeira coisa que penso para 2023 é tirar o pé do acelerador, dar uma descansada. O Milton encerrou os shows, mas acredito que em 2023 devemos ter algumas coisas como gravações de programas de TV, áudios ou DVDs, algo assim. Coisas mais esporádicas, não tão intensas quanto as turnês.
Com o Milton sempre acontecerão muitas coisas. Penso em fazer coisas com alguns grupos particulares, mas nada muito acelerado, pensando mesmo em descanso de pelo menos um ano. Continuarei como professor de música na UFMG e seguirei nesse caminho. É uma área de que gosto muito. Devo abraçar mais ainda a UFMG.”
Em Congonhas do Campo, vamos fazer ‘Terreiro’, inspirado nas danças populares mineiras. A gente quer fazer nessa cidade, filmando-o. E também o ‘Sem lugar’, espetáculo em homenagem a Drummond, que é eterno. Também vamos dar continuidade ao Venha ser Meu Par, projeto para o qual estamos buscando parceiros. Esses parceiros colaboram com R$ 185 por mês e dão possibilidades a uma criança de se integrar melhor tanto na escola quanto no social, por meio do projeto de dança. Daremos continuidade também aos cursos da nossa escola.”
A gente não desistiu, seguiu em frente e vem se reinventando, evoluindo, progredindo na nossa ideia de seguir com o projeto. Isso porque, realmente, não dá para deixar morrer um projeto como o Tianastácia. O Tianastácia segue gigante, um trem que não pode parar e que está pegando o embalo novamente.”
É uma forma que tenho de escoar minhas criações e de juntar amigos e parceiros de diversos calibres, talentos e qualidades. Cantores como Seu Jorge, Sandra de Sá, Fernanda Takai e Oswaldo Montenegro, poetas, escritores e compositores maravilhosos, como Ronaldo Bastos e Saulo, entre tantos outros. Meu plano é continuar fazendo música.”
Desejo retomar o projeto do meu álbum, a complementação e continuação do ‘Placebo’, meu primeiro disco solo, lançado em 2012. Lancei outros trabalhos de lá para cá, mas coletivos ou de circunstância, como foi o caso do ‘Ivone rara’, ‘Desengaiola’ e ‘Garimpo’.
Também vou seguir tanto com o show do ‘Desengaiola’, lançado em 2022 e indicado ao Grammy Latino como melhor disco de samba, e lançar o ‘Ivone rara’, homenagem a Dona Ivone, cujo lançamento será em janeiro, no Rio de Janeiro e seguirá em turnê pelo Brasil em 2023.”
Iniciaremos um tributo com a harpista Cristina Braga à obra de John Coltrane e Alice Coltrane. Pretendo colocar nos palcos a minha trilogia de rock sinfônico Power Trio e Orquestra de Violoncelos, com a suíte para The Who (ópera-rock Tommy), Led Zeppelin e Jimi Hendrix. Além disso, um tributo a Luiz Bonfá.”
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