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Estado de Minas CINEMA

Pré-estreia de 'Avatar, o caminho da água' ocupa 55 salas de BH, nesta 4ª

Nova megaprodução de James Cameron custou US$ 250 milhões, tem deslumbrantes efeitos especiais e a obrigação de faturar bilhões de dólares


14/12/2022 04:00 - atualizado 14/12/2022 12:54

Criatura protagonista de Avatar: O caminho da água contracena com animal parecido com baleia
O mar e suas criaturas, como o tulkun, são o universo de "Avatar: O caminho da água", ambiciosa aposta da Disney na retomada do cinema pós- pandemia (foto: Disney/divulgação)

A lembrança da história em si pode ser remota, mas não o impacto causado pela tecnologia. Assistir a “Avatar” em 2009 foi como adentrar no universo que o cinema não havia apresentado até então. Com o uso em plenitude do 3D, na época restrito basicamente às animações, James Cameron maravilhou meio mundo: conseguiu bater seu próprio recorde.

“Avatar” faturou US$ 2,9 bilhões, tornando-se o filme de maior bilheteria do planeta (sem ajustes da inflação). “Titanic” (1997), o épico romântico do mesmo cineasta canadense, figura hoje em terceiro lugar (US$ 2,1 bilhões), enquanto “Vingadores: Ultimato” permanece em segundo, com US$ 2,7 bilhões.

Treze anos passados, o mundo é outro, mas não as ambições de Cameron – e do cinema como um todo. A continuação “Avatar: O caminho da água”, com estreia mundial nesta semana, é um filme absurdamente caro – US$ 250 milhões – e ainda mais longo do que o original, com exatas 3h12min de duração.


Crise no cinema

A missão agora é mais complexa. As salas de cinema enfrentam grave crise – a pandemia e a explosão do streaming afugentaram o público. Para dar lucro à Disney o filme terá de ultrapassar a escala do bilhão. Das produções americanas lançadas em meio à tragédia sanitária, somente duas representaram esperança nesse sentido: “Homem-Aranha: Sem volta para casa” (US$ 1,9 bilhão) e “Top Gun: Maverick” (US$ 1,4 bilhão).

Com as cartas na mesa, o circuito de salas está fazendo o possível. No Brasil, o filme estreia nesta quinta-feira (15/12). Mas hoje começam as pré-estreias. Apenas na Grande BH, aí contados também complexos de Betim e Contagem, “Avatar: O caminho da água” terá sessões em 55 salas nesta quarta-feira (14/12). Há sessões em 3D e 2D – como é filme de Cameron, a primeira opção é a mais indicada, por razões óbvias.

Com duas indicações ao Globo de Ouro anunciadas nesta semana – melhor filme em drama e melhor diretor, o longa deve somar também algumas nomeações ao Oscar. O longa original, por sinal, levou três estatuetas: fotografia, efeitos visuais e direção de arte.

A continuação retorna a Pandora, satélite a anos-luz da Terra, casa de seres de aparência semi-humana com poderosas habilidades físicas e extraordinária capacidade de se conectar com a natureza.
 
Personagem Kiri de Avatar: O caminho da água
Pode não parecer, mas esta é Sigourney Weaver como Kiri, que surgiu do avatar da doutora Grace, personagem do primeiro filme (foto: Disney/divulgação)
 

Neste lugar, Jake Sully (Sam Worthington) agora é casado com a Na’vi (humanoide azul) Neytiri (Zoe Saldana), e cuida de um bando de filhos adolescentes enquanto luta com os invasores humanos que tentam colonizar seu novo lar.

À medida que a batalha se torna pessoal – com o Coronel Quaritch (Stephen Lang) de volta dos mortos e determinado a acabar com Sully e família –, o casal foge com os filhos através de Pandora para buscar refúgio com outra tribo, os Metkayina, que vivem na água.

“Eles agora são refugiados, indo para um novo lugar onde precisam aprender coisas novas”, explicou Cameron à revista Variety. “É uma espécie de reverso do primeiro filme, (no qual) Jake teve que ser ensinado por Neytiri como ser Na'vi. Agora, Neytiri tem de aprender a ser uma das pessoas do mar.”

Kate Winslet como a guerreira Ronal no filme Avatar, o caminho da água
Kate Winslet como a guerreira Na'vi chamada Ronal (foto: Disney/divulgação)

Animais exóticos inspiram criaturas da ficção

Além de conhecer algumas novas comunidades, o público será apresentado a criaturas exóticas como o tulkun, parecido com uma baleia. Cameron, cujas expedições em alto-mar resultaram na descoberta de várias novas espécies (incluindo um tipo de lula), usou algumas das criaturas aquáticas que viu na vida real como inspiração para o filme. “Os animais mais incríveis são realmente muito pequenos. Então, para ‘Avatar’, apenas tornamos tudo maior”, disse.

Sigourney Weaver também está de volta como Kiri, que teria nascido do avatar da doutora Grace Augustine (o papel da atriz no primeiro filme). Vinte e cinco anos depois de “Titanic”, Kate Winslet volta a trabalhar com Cameron – é Ronal, guerreira Na’vi.

Um filme como os da franquia “Avatar”, gravado sobre fundo azul para depois serem adicionados cenários, texturas e acessórios por computador, deve muito à interpretação dos atores, considera Cameron, embora seja difícil reconhecê-los após o processo digital.

“O coração, a emoção, a criatividade… Tudo isso vem primeiro”, afirmou ele à agência France Presse. A gravação das cenas “reais” constitui a primeira etapa de construção do filme, antes mesmo da definição dos ângulos de câmera e planos. “Só depois começa o trabalho técnico”, explicou o cineasta.

Quanto à inteligência artificial para tratar as imagens, Cameron assegurou que não a utiliza para substituir os atores, “mas para ser ainda mais fiel a suas interpretações”.

O homem dos recordes, diretor dos filmes mais caros e também mais rentáveis do mundo, reconhece que carrega “uma grande responsabilidade”. “Não posso ser caprichoso ou impulsivo, preciso me manter focado para criar algo que agrade a mim, ao público e que seja comercial o suficiente para fazer dinheiro.”
 
Diretor James Cameron, de Avatar
James Cameron dirige cena do novo 'Avatar' (foto: Disney/divulgação)
 

'Não posso ser caprichoso ou impulsivo, preciso me manter focado para criar algo que agrade a mim, ao público e que seja comercial o suficiente para fazer dinheiro'

James Cameron, diretor

Mensagem ecológica é reforçada

Como um Jacques Cousteau moderno, fascinado pelo mar e suas profundezas – a ponto de ser um dos poucos seres humanos a visitar, a bordo de submarino, a Fossa das Marianas, o ponto mais profundo do planeta –, Cameron volta a insistir na mensagem ecológica que contribuiu para o sucesso de “Avatar”.

“Não acho que o objetivo desses filmes seja dizer o que tem de ser feito”, observou o diretor. “(Isso) Qualquer um que estude as questões ambientais pode dizer. Sabe que tem de reduzir sua pegada de carbono, não votar em idiotas, comprar um carro elétrico, consumir menos carne e laticínios”, comentou. “Mas é possível influenciar os sentimentos das pessoas.”

“O filme te chama a sentir algo pela natureza, não só que chore no final ou que se emocione com os personagens. Trata-se de sentir indignação, de as pessoas ficarem bravas em favor do meio ambiente”, diz. “Isso desperta em nós a conexão com a natureza. Ainda que por alguns minutos depois de terminar o filme, você veja o mundo de outra maneira.”

O projeto de Cameron, de 68 anos, só está recomeçando. “Avatar: O caminho da água” poderá ser seguido por mais três sequências. “Avatar 3” está previsto para 2024; o de número 4 para 2026, e o quinto para 2028, quando os Na’vi chegarão à Terra. Esse futuro depende unicamente do resultado das bilheterias.

“AVATAR, O CAMINHO DA ÁGUA”

(EUA, 2022, 192min; de James Cameron, com Sam Worthington, Zoe Saldana e Sigourney Weaver) – Pré-estreias nesta quarta (14/12), nos cines BH 1, às 20h (3D, leg); BH 2, às 19h30 e 23h30 (3D, leg); BH 3, às 19h (3D, dub) e 23h (3D, leg); BH 5, às 18h e 22h (3D, leg); BH 6, às 21h30 (leg); BH 7, às 20h30 (leg); BH 8, às 18h30 e 22h30 (3D, leg); BH 10, às 21h15 (dub); Big 1, às 20h (dub); Big 2, às 19h (dub); Big 5, às 20h30 (3D, dub); Boulevard 3, às 18h e 21h35 (dub); Boulevard 6 (Imax), às 18h20 e 22h (3D, leg); Cidade 5, às 18h30 (3D, dub); Cidade 7, às 19h (dub); Cidade 8, às 19h30 (leg); Contagem 1, às 18h e 21h40 (3D, dub); Contagem 4, às 18h30, 22h10 (dub); Contagem 8, às 19h e 22h35 (leg); Del Rey 2, às 18h20 (3D, dub) e 22h (3D, leg); Del Rey 5, às 18h40 e 22h20 (dub); Del Rey 6, às 19h e 22h35 (leg); Diamond 1, às 19h30 e 23h30 (3D, leg); Diamond 2, às 20h30 (3D, leg); Diamond 3, às 18h30 e 22h30 (leg); Diamond 4, às 20h (leg); Diamond 5, às 19h e 23h (3D, leg); Diamond 6, às 18h e 22h (3D, leg); Estação 1, às 18h20 e 22h10 (dub); Estação 2, às 18h10 e 22h (3D, dub); Estação 3, às 18h e 21h50 (3D, dub); Estação 4, às 18h30 e 22h20 (3D, dub); Estação 5, às 19h e 22h50 (dub); Estação 6, às 18h40 e 22h30 (leg); Itaupower 3, às 18h e 21h40 (dub); Itaupower 5, às 18h30 e 22h10 (3D, dub); Minas 1, às 18h e 21h35 (3D, dub); Minas 3, às 18h20 e 22h (dub); Monte Carmo 4, às 18h30 (3D, dub); Monte Carmo 6, às 19h (dub); Monte Carmo 7, às 19h30 (leg); Norte 1, às 20h30 (3D, dub); Norte 2, às 20h (dub); Norte 3, às 19h (dub); Pátio 1, às 21h15 (dub); Pátio 2, às 18h e 22h (3D, leg); Pátio 3, às 20h (3D, leg); Pátio 4, às 18h30 e 22h30 (3D, leg); Pátio 5, às 19h30 e 23h30 (3D, leg); Pátio 6, às 19h e 23h (3D, leg); Pátio 7, às 20h30 (leg); Pátio 8, às 21h30 (leg); Ponteio 1, às 18h30 (3D, leg); Via 3, às 19h (dub); Via 4, às 18h30 (3D)














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