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Estado de Minas MÚSICA

Temporada de Chico Buarque no Minascentro marca nova fase do espaço

Os sócios da concessão planejam a revitalização do local com circuito no Centro e acabaram de assumir a administração do Marista Hall


10/10/2022 04:00 - atualizado 10/10/2022 09:08

Mariana Peixoto
 
Rômulo Rocha (de camisa azul), Rodrigo Geo (de camisa branca); Lucyano Serrano (de camisa cinza) se dão aos mãos na arquibancada do Marista Hall
Os sócios na concessão do local Rodrigo Geo, Lucyano Serrano e Rômulo Rocha planejam sua revitalização com circuito no Centro e acabaram de assumir a administração do Marista Hall (foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)
 
 
 
Foi Chico Buarque quem abriu as portas. A turnê “Que tal um samba?”, que terminou no último domingo (9/10), promete marcar um novo tempo para o tradicional Minascentro. “Os caras do primeiro time, Chico, Caetano, sempre tiveram como referência em Belo Horizonte o Palácio das Artes. Precisávamos trazer essa turma para cá. Fizemos uma condição diferenciada para trazer o Chico e abrimos uma porta para outros grandes”, afirma Rômulo Rocha, um dos três gestores do Minascentro.

Até o final do ano, o Grande Teatro, com capacidade para 1,6 mil pessoas, vai receber também shows de Maria Bethânia, Lenine e Ana Carolina. Ainda que o Minascentro venha recebendo eventos desde março passado – sejam de cunho cultural, social ou corporativo – a realização dos quatro shows de Chico Buarque no local deu outra visibilidade para um espaço que, para muitos, estava fora do jogo do circuito de espetáculos.
 
Na entrada dos shows de Chico, ficou claro que muita gente estava ali (re)conhecendo o espaço. A reforma se faz notar nitidamente (mobiliário, saguão, banheiros, tudo novo) ainda que o Grande Teatro continue tendo pontos deficientes, como o balcão, contornado por um vidro de proteção que dificulta a visão total do palco.
 
Centro de convenções desde 1984, quando foi criado para ocupar o edifício neoclássico que foi sede da Secretaria de Saúde desde 1948, o Minascentro pertence à Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). A administração pública abriu, em 2019, licitação para concessão do espaço, que foi vencida por um grupo formado por Rocha, que está à frente da hípica Chevals; Rodrigo Geo e Lucyano Serrano. A concessão é válida pelos próximos 15 anos. 

Reabertura do Minasentro

O trio assumiu o Minascentro, que havia sido reformado entre 2018 e 2019, meses antes do início da pandemia. Fechado durante a crise sanitária, foi reaberto há seis meses. “Temos que lembrar que o equipamento ficou quatro anos fechado. Então tem uma geração de 17, 18 anos que nem conhece o Minascentro. E muita gente tem uma referência que não é muito legal, pois ele foi subutilizado durante muito tempo. Nosso desafio é pegar um equipamento daquele tamanho e colocá-lo andando”, afirma Rocha.
 
O mesmo trio de empresários assumiu, neste mês, outro grande espaço de BH que estava fechado: o Marista Hall, que completa 20 anos em 2023. O espaço, misto de ginásio e arena de espetáculos, já passou por diferentes mãos em quase duas décadas. 
 
Inaugurado em 2003 como Marista Hall, como arena para plateias de até 5,5 mil pessoas, já teve os nomes de Skol Hall, Chevrolet Hall e BH Hall. Desde 2017, com o patrocínio da Ipiranga, foi nomeado KM de Vantagens Hall, e o concreto armado da edificação foi pintado com um forte tom de azul que corresponde à marca da empresa de distribuição de combustíveis. Em outubro de 2020, a empresa de shows T4F, que administrava o Marista havia oito anos, encerrou seu contrato.
 
Fechado desde a pandemia, o Marista tem que passar por uma grande recauchutagem para voltar à ativa. “Agora que pegamos a chave, temos que dar uma arrumada lá dentro e também regularizar a documentação, pois tem algumas coisas vencidas. Precisamos de dois a três meses para nos organizarmos, mas nossa expectativa é que ele abra ainda em 2023”, conta Rocha.

Patrocínio

Todos os funcionários, da época da T4F, foram demitidos e, neste momento, está havendo novas contratações, inclusive de ex-empregados. Um grande patrocinador, como o espaço teve em diferentes momentos, é essencial para que o espaço seja viável. 
 
“Primeiro queremos abrir para o mercado mineiro, para as grandes empresas, já que o Marista tem muita visibilidade. Se não acharmos, vamos atrás dos grandes do Brasil”, acrescenta o empresário. 

Com a gestão do ginásio, Rocha comenta que quer implementar os 4 Ms: Mercado Central, Mercado Novo, Minascentro (os três são vizinhos) e o Marista. “Da mesma forma que as pessoas vão conhecer o Circuito Praça da Liberdade, quero que conheçam o circuito 4Ms. Um congresso no Minascentro, por exemplo, pode ter anúncio para um almoço no Mercado Central, um drink no Mercado Novo. Além disso, queremos fazer do Minascentro um hub. Qualquer produto que vier para BH vai ter ali disponível uma indústria criativa.”
 
E ele promete, para breve, fazer com que o Marista deixe de ser um elefante azul na Avenida Nossa Senhora do Carmo. “Já estamos conversando com arquitetos para propostas para mudar a fachada.” 


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