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Estado de Minas STREAMING

Série espanhola protagonizada por Bruno Gagliasso chega hoje à Netflix

Em "Santo", ator vive policial à caça de traficante cujo rosto é desconhecido. Produção em seis episódios estará disponível a partir desta sexta-feira (16/9)


16/09/2022 04:00 - atualizado 15/09/2022 22:43

O ator Bruno Gagliasso, de perfil, vestindo camisa e agasalho na cor marrom
Bruno Gagliasso é o policial Cardona, que está no encalço de um traficante internacional na série espanhola "Santo". Produção da Netflix chega hoje à plataforma (foto: Manolo Pavon/Divulgação )

Foi com estardalhaço que os fãs receberam a notícia de que Bruno Gagliasso havia deixado o contrato fixo com a Globo, há dois anos. Pouco depois, veio o anúncio de que ele estava de mudança para a Espanha, onde gravaria uma nova série para a Netflix.

Tratada com ares de superprodução e marcando um redirecionamento radical na carreira do ator, "Santo" finalmente chega à plataforma nesta sexta-feira (16/9), com Gagliasso no papel de um policial brasileiro que investiga o criminoso que dá nome à obra.

Chefão de uma organização influente, Santo passou por Salvador (BA) em uma de suas empreitadas violentas, deixou criancinhas mortas e, depois, fugiu para Madri, o que leva o personagem Cardona (Gagliasso) a também embarcar rumo à Espanha.

Policial federal, ele tenta se infiltrar na organização e, na sequência, é recrutado pelas autoridades espanholas para ajudar na difícil investigação – eles não têm nem um rosto para o sujeito, e as únicas pistas são o codinome e seus métodos inconfundivelmente sádicos.
 
 

Não é um thriller policial óbvio, diz Gagliasso em entrevista por vídeo, ao explicar que foi atraído pela série não pela possibilidade de protagonizar uma trama espanhola – mas justamente porque os protagonistas aqui, acredita, são os conflitos internos que todos enfrentam.

Inferno

 "Todos são confrontados com o inferno", completa a atriz portuguesa Victoria Guerra, ao seu lado. O elenco é internacional, indo bem além dos espanhóis que dominam as cenas porque, claro, é em seu país que a maior parte da ação se passa.

"O streaming veio para globalizar. Hoje você faz uma história global sem falar inglês. Eu faço um brasileiro que fala português em ‘Santo’", diz Gagliasso sobre a antiga licença poética de pôr todo um elenco falando uma só língua, não importando o cenário.

É também uma oportunidade de ampliar os horizontes culturais do público. Ele cita como exemplo a forte presença do candomblé na produção, com menções a orixás já no primeiro episódio. Victoria Guerra conta que não conhecia a religião de matriz africana e que ficou fascinada quando entrou em contato com seus ritos, graças à série.

"Eu sou pai de duas crianças africanas, eu sou do candomblé, então é um orgulho levar isso para o mundo, com respeito, carinho e amor. A gente teve uma consultoria danada para isso", diz Gagliasso.

Racismo

O tema leva a conversa ao recente episódio de racismo do qual seus filhos, que são negros, foram vítimas em Portugal, para onde a família, com Giovanna Ewbank, se mudou para ficar próxima do set de filmagem de "Santo". O ator diz que a cultura é essencial para mudar o preconceito enraizado na sociedade e que, hoje, busca trabalhos que alinhem seu "lado profissional" e o "lado ser humano".
 

"(Combater o racismo) É a minha luta de vida, a luta dos meus filhos. É importante, enquanto artista, debater todos os temas, é a nossa função, porque somos políticos. Temos que usar a nossa arte para debater, e não fugir. Eu hoje escolho a dedo os personagens que eu quero que meus filhos me vejam fazendo no futuro."


Essa não é a primeira série internacional de Gagliasso. Há aproximadamente seis meses, o ator esteve em "Operação Maré Negra", do concorrente Amazon Prime Video, na qual inverteu os papéis de "Santo" – lá, ele era o traficante, caçado também pela polícia espanhola.

Questionado se o papel de violência e a ideia do tráfico de drogas constantemente associados ao Brasil em tramas estrangeiras não o incomodam, ele diz que não. Conta que primeiro fazer um criminoso e, depois, um policial balanceou as coisas e que "enquanto for o vilão de um herói negro, vai sempre estar disponível", em relação aos mocinhos de "Operação Maré Negra".

"Santo" é marcado por cenas de ação frenética, para as quais Gagliasso e Guerra precisaram entrar numa rotina intensa de exercícios – tudo sob o sol impiedoso de Madri, uma cidade com clima que, dizem, "queima o osso, não tem a umidade do Brasil".

Mas isso não os impede de já desejar um retorno a uma eventual segunda leva de episódios. Se precisar ficar mais uma temporada na Europa, Gagliasso diz que fica. Afinal, o momento atual, acredita, é de buscar cada vez mais desafios. 

“SANTO”

•Série em seis episódios. Estreia nesta sexta-feira (16/9), na Netflix


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