(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MÚSICA

Laís Lacôrte leva Gil, Piaf e Henri Salvador para o palco em show gratuito

Cantora e compositora faz show nesta quinta como parte do Festival Liberté. Apresentação também traz canções autorais


07/07/2022 04:00 - atualizado 06/07/2022 20:30

Cantora, compositora e atriz Laís Lacôrte
Laís Lacôrte, que também é atriz, chama a atenção pela potência de sua voz e a presença de palco (foto: Bianca Roque/DIVULGAÇÃO)

A atriz, cantora e compositora Laís Lacôrte é a atração do Projeto Zás, desta quinta-feira (7/7), às 19h, no Teatro da Assembleia. O show integra o Festival Liberté, promovido pela Aliança Francesa e embaixada da França, com repertório composto por clássicos da música francófona, MPB e canções autorais. A apresentação conta também com as participações de Daniel Guedes (percussão), Aloízio Horta (baixo) e André Oliveira (violão).

Filha do compositor Gil DaMata, vencedor de mais de 200 festivais de música realizados pelo interior e outros estados, Laís chama a atenção pela potência de sua voz e a presença de palco. O repertório traz canções conhecidas como “La vie en rose” (Edith Piaf), “Simplement” (Mayra Andrade), “Jardin d’hiver” (Henri Salvador), “La lune de Gorée” (Gilberto Gil) e “Carmem” (Stromae), música que rendeu à cantora o prêmio do Festival da Canção Aliança Francesa, em 2020.

Laís adianta que as canções autorais também farão parte do show. “Vou cantar ‘O meu sorriso é uma flor’, ‘Frente e verso’, ‘Sei lá’, ‘Até o fim’ e ‘Flor linda flor’, músicas que estão no meu EP, lançado em 2018”, detalha. A cantora conta que o convite partiu da própria Aliança Francesa BH. “Eles me convidaram para fazer esse show com clássicos da música francesa e MPB. Vou cantar Edith Piaf, mas vou cantar também Gilberto Gil, em francês, e outras composições mais contemporâneas, além do meu repertório autoral, em português.”

Imersão

A artista lembra que sua imersão na música francesa teve início em 2012, quando começou a estudar francês. “Era uma forma de entender melhor a própria cultura francesa. Sou formada na UFMG como atriz e comecei a estudar francês lá mesmo. Estudava inglês e francês, porém, a universidade é um espaço, por muitas vezes, pouco ocupado em proporção por pessoas negras. E na época que estudava, era menos ainda.”

As aulas, com professores senegaleses, também trouxeram outras vantagens. “Pensei: posso aprender francês a partir de outro ponto de vista, não necessariamente somente com relação à França, pois é essa a ponte que a gente faz. Mas também existem outros países francófilos que falam francês. Então, podia também aprender a partir de outras culturas, de outros países africanos, essa relação da música francesa e da música francófona.”

Foi a partir daí que Laís começou a busca pelo repertório francês. “Em 2020, participei mais uma vez do Festival Liberté e fiquei em 1º lugar. Da primeira vez que participei, fiquei em terceiro lugar nacional. Foi a primeira vez que Minas ganhou esse prêmio nacional”, orgulha-se.

"É legal a gente pensar que a música é francófona, não é somente francesa... E Gil faz isso de uma forma incrível, pois não somente canta em francês, mas também tem um posicionamento antirracista"

Laís Lacôrte, atriz, cantora e compositora


Ícone 

Laís começou pelos clássicos franceses. “Não pode faltar Edith Piaf, porque essa grande voz, quando se fala da música francesa, é inigualável, o timbre, enfim, toda a história dela também. Gosto muito do ponto de vista que a França tem sobre a música brasileira. Por exemplo, gostam muito de bossa nova, por isso está no repertório também, porque é uma forma de unir o Brasil com a França, de fazer esse diálogo entre as duas culturas. Canto ‘Jardin d’hiver’, de Henry Salvador.”

A escolha pelo baiano Gilberto Gil também visa essa ponte. “É legal a gente pensar que a música é francófona, não é somente francesa, pois tem outros países que também cantam a partir da língua francesa”, ressalta Laís. “E Gil faz isso de uma forma incrível, pois não somente canta em francês, mas também tem um posicionamento antirracista.”

A artista adianta que cantará as músicas do seu EP autoral, que leva meu nome. “Em 2018, como sou atriz também, comecei a fazer o musical ‘Elza’ e foi no ano em que tinha colocado esse projeto como lançamento. Porém, só fiz um show dele, pois o teatro me tomava muito tempo. Agora penso em fazer um álbum autoral, mas com músicas novas, vamos ver.”

Carreira

Laís Lacôrte começou os estudos em teatro aos 7 anos, no projeto social Cariúnas. Influenciada pelo pai, Gil DaMata, iniciou sua carreira como cantora se apresentando em diversos festivais de música. Já dividiu os palcos com artistas como Sérgio Pererê, Marina Machado, B Negão e Pereira da Viola. Em 2018, lançou o seu primeiro EP com canções autorais, em parceria com o músico e produtor musical Richard Neves, tecladista do Pato Fu.

LAÍS LACÔRTE
Show nesta quinta-feira (7/7), às 19h, no Teatro da Assembleia (Rua Rodrigues Caldas, 30 – Santo Agostinho). Entrada gratuita. Informações: 2108-7827


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)