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Estado de Minas MÚSICA

Leoni, ex-Kid Abelha, critica a criminalização da cultura e dos artistas

Cantor e compositor diz que setor tem tanta importância quanto a saúde e a educação. Nesta sexta (10/6), ele faz show no Palácio das Artes


10/06/2022 04:00 - atualizado 10/06/2022 07:09

Usando óculos e camisa laranja sobre blusa preta, Leoni cantaem frente ao microfone e toca guitarra
Leoni retoma o contato com o público (foto: JP Sofranz/divulgação )

"A música me salvou, de uns tempos pra cá, do sentimento de perplexidade, tristeza, luto e de impotência, até mesmo diante de toda a situação do país"

Leoni, cantor e compositor

Leoni faz nesta sexta-feira (10/6), em BH, o último show de sua “Tour sucessos”, acompanhado do grupo Outro Futuro. O repertório traz hits do ex-integrante do Kid Abelha e canções que marcaram o rock nacional nos anos 1980.


“A música me salvou, de uns tempos pra cá, do sentimento de perplexidade, tristeza, luto e de impotência, até mesmo diante de toda a situação do país”, revela.

Leoni acusa o governo brasileiro, com apoio de parte da sociedade, de sucatear a arte. “Essa coisa de a extrema-direita criminalizar a cultura e os artistas é um fator de agravamento da situação”, diz, reclamando da visão utilitarista do setor.

“(Dizem que) Não se pode gastar dinheiro com cultura, apenas com saúde e educação. Saúde e educação são muito importantes, mas o acesso à produção cultural tem se tornado extremamente elitizado”, adverte.

Para Leoni, o recente escândalo envolvendo cachês milionários de sertanejos bancados por prefeituras de pequenas cidades pode dificultar a realização de apresentações públicas.

“Quando prefeituras contratam shows, a imensa maioria pagando cachês normais aos artistas, elas diminuem o fosso social entre as pessoas que podem e as que não podem ter acesso a essas produções”, observa.

O show desta noite será focado “nos hits que todo mundo sempre canta”, adianta. Mas há novidades também, como o single “Defesa da alegria”, lançado em maio. Trata-se da versão musical de Leoni para o poema do uruguaio Mario Benedetti.

As conhecidas “Garotos II”, “Só pro meu prazer”, “Exagerado” e “Por que não eu?”, expoentes do rock oitentista, ressurgem ao lado de “Como nossos pais”, de Belchior, “Quase sem querer”, da Legião Urbana, “Quase um segundo”, dos Paralamas do Sucesso, e “Sua estupidez”, de Roberto e Erasmo Carlos.

No Palácio das Artes, Leoni vai se apresentar ao lado do filho, Antonio Leoni (guitarra), e da banda formada por Lourenço Monteiro (bateria), Gustavo Corsi (guitarra) e a jovem baixista Carol Mathias.

O show marca a estreia de Antonio em BH. “Quando era adolescente, um dos discos que eu mais ouvia era o ‘Clube da Esquina’. Nunca pensei em fazer algo parecido porque tocava mal. Acabei indo pro rock and roll porque me achava incapaz”, revela Leoni.

* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria

LEONI
Encerramento da “Tour sucessos”. Nesta sexta-feira (10/6), às 21h, no Palácio das Artes. Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro de BH. Plateia 1: R$ 240 (inteira) e R$ 120 (meia-entrada). Plateia 2: R$ 220 (inteira) e R$ 110 (meia-entrada). Plateia superior: R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia-entrada). Informações no site do Palácio das Artes


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