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Estado de Minas MÚSICA

Em show hoje em BH, Carne Doce apresenta música inédita

Banda é atração da agenda de reabertura d'A Autêntica neste sábado (7/5) e adianta composição do próximo álbum, com lançamento previsto para sexta que vem


07/05/2022 04:00 - atualizado 07/05/2022 16:16

Com vestido preto, no palco, diante do microfone, a vocalista Salma Jô abre os braços e canta
A cantora e compositora Salma Jô já se apresentou com o Carne Doce no antigo endereço d'A Autêntica, que fechou durante a pandemia (foto: Fernando Yokota/Divulgação)


Há quem chame Goiânia, mais conhecida como o celeiro do sertanejo, de a “Meca do rock alternativo brasileiro”. Concorde-se ou não, é inegável que um dos maiores expoentes do cenário indie no país atualmente é a banda Carne Doce, que tem quase 10 anos de estrada.

Neste sábado (7/5), a vocalista Salma Jô e o guitarrista Macloys Aquino (Mac), que formam o Carne Doce junto com o segundo guitarrista João Victo Santana, o baixista Anderson Maia e o baterista Fred Valle, brindam Belo Horizonte com uma música inédita, no show que apresentam na programação de reabertura d’A Autêntica.

O Carne Doce já havia se apresentado no primeiro endereço da casa, na Rua Alagoas, na Savassi, fechado durante a pandemia. “É um espaço com uma história importante na cidade e referência no Brasil para quem faz música independente”, diz Macloys Aquino. “Tenho certeza de que muitas pessoas se conheceram e formaram fortes relações, bem como suas próprias identidades, n’A Autêntica.”

O show promete balançar as paredes do novo endereço da casa de shows, agora instalada no Santa Efigênia, com os sucessos de “Interior”, o mais recente álbum da banda, lançado em 2020, já no contexto de pandemia. Segundo Macloys, “tudo que foi lançado nessa época, com pouquíssimas exceções, fica um pouco com esse gostinho de pandemia, de não poder gerar a experiência do disco ao vivo”.

Essas são duas canções (as inéditas 'Latada' ou 'Na bad') tipicamente Carne Doce, porque tratam de forma irônica sentimentos íntimos e profundos. A primeira fala sobre relacionamentos que nunca deveriam ter começado (e a Salma sabe escrever muito bem sobre isso) e a segunda, mais irônica ainda, fala sobre como o excesso de positividade pode piorar situações de melancolia e depressão

Macloys Aquino, guitarrista do Carne Doce


PRESENTE

O trabalho também está ganhando um luxuoso lançamento em vinil duplo, com quatro faixas extras, pelo selo Mistura POP. “Foi um presente! É um selo estreante de Recife, que acompanha a gente há um tempo, e eles apareceram com gás total e estão nos presenteando muito. Em termos de produto, vai ser o que teremos de melhor desde que nos lançamos como banda”, diz o guitarrista.

Além das canções de “Interior”, o repertório contará com a maciça presença de “Tônus”, terceiro álbum da banda, e de uma música inédita, “Latada” ou “Na bad”, cujo lançamento está previsto para a próxima sexta (13/5). Para saber qual das duas, será preciso comparecer ao show.



“Essas são duas canções tipicamente Carne Doce, porque tratam de forma irônica sentimentos íntimos e profundos. A primeira fala sobre relacionamentos que nunca deveriam ter começado (e a Salma sabe escrever muito bem sobre isso) e a segunda, mais irônica ainda, fala sobre como o excesso de positividade pode piorar situações de melancolia e depressão”, comenta Macloys.

Sobre sua relação com Belo Horizonte e a música mineira, o artista comenta: “Em BH, temos a sensação de estar tocando em casa, diferentemente do que acontece em outras cidades. Nossa retomada, coincidentemente, começou em BH e estávamos um pouco enferrujados por conta dos dois anos sem tocar por causa da pandemia. Deu aquele frio na barriga de quem está começando”.

Ele cita o “Clube da Esquina” como uma obra revolucionária técnica e poeticamente, assim como esteticamente única, bem como uma das mais importantes da música brasileira. “Eu coloco o Clube da Esquina como patrimônio espiritual da humanidade, que gerou uma experiência para além do que é cultura. Eu assisti a um show do Milton aqui em Goiânia e quase desidratei de tanto chorar. Tem que reverenciar a música mineira”, afirma Macloys.

Para ele, a produção cultural nacional, antes exemplar (e ainda com estrondoso potencial), é afetada pelo sucateamento e baixo nível de investimento da atual administração federal no setor. “Comentei hoje com a Salma que precisamos aceitar a ideia de que precisamos matar um leão por dia. Nosso mundo, enquanto mercado, é muito frágil. Nosso governo é tão raso e está tão distante do que o Brasil é de verdade”, afirma.

Carne Doce divide o palco hoje com a cantora e compositora Alice Caymmi, que promete desfilar, flutuar, seduzir e impactar em sua melhor versão para promover “Imaculada”, seu quinto álbum, com lançamento previsto para  15 de outubro próximo. 

CARNE DOCE 
Show neste sábado (7/5), às 23h30, n'A Autêntica (Rua Álvares Maciel, 312, Santa Efigênia), com participação de Alice Caymmi. Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada)
 
* Estagiário sob a supervisão da editora Silvana Arantes 


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