(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MÚSICA

Cantora, bailarina e atriz, Katia B lança o EP 'Canções de outro mundo'

Gravado durante a pandemia, o trabalho conta com as participações especiais de Pedro Luís (voz), Marcos Suzano (percussão) e Luís Filipe (violão 7 cordas)


23/04/2022 04:00 - atualizado 22/04/2022 20:07

Usando turbante e body pretos, Katia B. aproxima as mãos em frente do corpo
Kátia B gravou clipe para o single "Âmbar", com ambientação onírica e fantasmagórica (foto: Branca Bronstein / divulgação)

Dez anos depois de seu último trabalho solo, “Pra mim você é lindo” (2012), a cantora e compositora Katia Bronstein – ou Katia B, como assina artisticamente – volta à carga com o recém-lançado EP “Canções de outro mundo”, que traz cinco faixas, todas compostas ao longo dos últimos anos por Antonio Saraiva, a partir de títulos que ela sugeriu. O disco, gravado durante a pandemia, conta com as participações especiais de Pedro Luís (voz), Marcos Suzano (percussão) e Luís Filipe de Lima (violão 7 cordas).


“Canções de outro mundo” casa texturas eletrônicas densas, que evocam o trip hop britânico dos anos 1990 com a sonoridade dos instrumentos executados por Saraiva e pelos músicos convidados.

REENCONTRO 

O novo trabalho de Katia B estabelece, sob diversos aspectos, pontes com o início de sua trajetória. Ela conta que, durante a gravação de “Pra mim você é lindo”, reencontrou Antonio Saraiva após um afastamento de muitos anos. 

“Eu o conhecia desde a época da inauguração do Circo Voador, no Arpoador, da qual participei ao lado de diversos outros artistas de várias linguagens. Eu tinha 16 anos e considero aquele momento meu nascimento artístico”, diz.

A partir do reencontro com Saraiva, teve início um diálogo criativo muito forte, segundo a cantora. “Tocamos muito juntos, gravamos algumas coisas, fizemos shows combinando o meu repertório com o dele e, de repente, surgiu a vontade de produzir um material inédito a partir dessa intimidade artística”, diz. Ela conta que começou a sugerir temas – que acabaram batizando as faixas – para que Saraiva criasse a partir deles.

“Fiquei tendo ideias de títulos, ‘Âmbar’, ‘De longe’, ‘Seco’, e ia passando para ele, que compunha os temas, escrevia as letras e já me devolvia com uma ideia de arranjo”, aponta, acrescentando que desse processo saíram 12 músicas. Escolher cinco para lançar em um EP foi uma contingência da pandemia, dadas as condições adversas para burilar todo o conjunto.

PRODUÇÃO 

Kátia diz que o inglês radicado no Brasil David Brinkworth assumiu a produção do disco, cuidando da gravação e da mixagem, e os três capitanearam juntos a feitura do trabalho.

 “Fomos fundo na construção de uma sonoridade que é a minha cara desde sempre, que tem esse diálogo do acústico com o eletrônico, com levadas que têm um quê de mantra. De certa forma, ‘Canções de outro mundo’ é uma continuação do que venho fazendo desde meu primeiro disco, o ‘Katia B’, de 1999. Como nos envolvemos muito nesse processo, chegou um momento em que, para avançar além das cinco músicas, sentimos que ia agarrar”, explica.

Ela observa que o título do EP alude ao fato de que cada faixa se coloca como um convite ou um desafio para que o ouvinte visite outros mundos, mas também à própria imersão que fez com Saraiva e Brinkworth para este trabalho.

“O estúdio já é um outro mundo. Quando a gente entra e mergulha no trabalho, ouvindo cem mil vezes a mesma música, mudando uma coisinha aqui ou ali, já é um mundo à parte. E nesse momento de pandemia, de um Brasil tão estranho, tão escuro, a gente criou um mundo de muita beleza, de sutileza. Inventamos um mundo que não existe, o que é próprio da arte”, ressalta.

CONVIDADOS 

Sobre os convidados especiais, Katia aponta que Marcos Suzano e Luís Filipe de Lima são seus parceiros no Coletivo Samba Noir – projeto com que esteve mais envolvida ao longo dos últimos 10 anos – e Pedro Luís é um amigo de longa data. A cantora diz que esses músicos foram chamados para participar atendendo ao que as próprias canções pediam.

“É comum eu escutar a pessoa na música. Em ‘Âmbar’, eu ouvia claramente a percussão do Suzano ali, tocando um bendir, que é uma espécie de pandeiro oriental. Na faixa ‘Seco’, eu ouvia a voz do Pedro Luís cantando junto comigo. Fiz os convites a esses parceiros porque eu sentia a presença deles nas músicas”, diz.

Além de integrar o núcleo fundador do Circo Voador, Katia B cantou com Fausto Fawcett no projeto “Básico instinto” e formou com Stella Miranda a dupla caipira cult Xicotinho e Salto Alto antes de partir para a carreira solo. 

Como atriz e bailarina, também trabalhou com Maria Clara Machado, Ruy Guerra, Monique Gardenberg, Aderbal Freire Filho, Hugo Carvana, Walter Salles, Amir Haddad e Deborah Colker, entre outros.

'Canções de outro mundo'

“Canções de outro mundo”
. Katia B
. Lançamento independente, cinco faixas
. Disponível nas principais plataformas digitais




receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)