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Estado de Minas TALK SHOW

Gilda Mattoso revela em BH o lado engraçado dos famosos

No talk show ''Assessora de encrenca'', ela conta nesta sexta (18/2) casos inusitados de artistas com quem conviveu em décadas de trabalho como divulgadora


18/02/2022 04:00 - atualizado 18/02/2022 01:41

de camiseta e com os braços abertos Gilda Mattoso exibe dezenas de crachás dependurados em seus braços
Gilda Mattoso conta que partiu do estilista Ronaldo Fraga a ideia de dar ao seu livro lançado em 2006 o formato de talk show (foto: Marcos Ramos/Divulgação)

Nascida em Niterói, no estado do Rio de Janeiro, Gilda de Queirós Mattoso, última companheira de Vinicius de Moraes (1913-1980), com quem viveu de 1978 a 1980, apresenta nesta sexta-feira (18/2) em BH, no Grande Hotel Ronaldo Fraga, o talk show “Assessora de encrenca – Gilda Mattoso”.

O título é derivado de seu livro homônimo, lançado em 2006, pela Ediouro, no qual abre o baú de casos acumulados ao longo de décadas como uma das mais atuantes assessoras de imprensa do showbiz brasileiro. 

Gilda conta que foi incentivada a escrever o livro por Caetano Veloso e outros amigos não famosos, que gostavam de ouvi-la contar casos. “Isso porque, modéstia à parte, sou boa imitadora, como minha mãe também era. Até acho que falo vários idiomas, porque sei imitar e isso facilita. Então, imito sotaques como o mineiro e o paulista, entre vários outros. Tenho um ouvido bom para isso e para a música, aliás, para tudo. Muitos me diziam: ‘Gilda, você tem que anotar esses casos que você conta, senão uma hora a gente esquece’. Então comecei a anotar os casos que sabia para fazer o livro.”

Na transposição para o papel, porém, ela encontrou surpresas. “Quando escrevi, alguns casos acabaram perdendo a graça.” Segundo ela, isso se deu com histórias que “requerem imitação, sonoplastia, aquelas coisas”. Embora ausentes do livro, eles sempre podem ser incluídos no talk show, já que são adequados à performance ao vivo. “Tem um até que que faz um sucesso imenso e toda vez as pessoas dizem: ‘Gilda, conta o caso da mulher do (cineasta português) Manoel de Oliveira (1908-2015)’. Esse caso, quando escrevi, ficou uma coisa boba, sem graça, mas contado ele é muito divertido.”

JANTAR

O passo do livro para o formato do talk show também foi “atendendo a pedidos” de amigos. “As pessoas diziam: ‘Na próxima edição do livro, você deveria fazer um CD contando os casos’. E foi indo, até que o Ronaldo Fraga esteve no Rio de Janeiro para um jantar ao qual também fui convidada. Aí contei alguns casos e foi uma gargalhada geral. Ronaldo morreu de rir e me disse: ‘Gilda, quero que você vá contar esses casos lá no meu Grande Hotel, em BH’. E marcou no Dia dos Namorados, porque queria que eu contasse a minha história com Vinicius. Então, o primeiro talk show que fiz foi em BH, em 2019.”

A chegada da pandemia interrompeu os planos de Gilda de apresentar seu talk show com frequência, ideia que ela retoma agora, novamente pela capital mineira. A data não poderia ser mais conveniente. Neste sábado (19/2), o irmão mais velho da jornalista, Paulo de Queirós Mattoso, que vive na cidade, completa 90 anos.

Gilda diz que sente que as pessoas se divertem com ela no palco, mas garante que também se diverte muito quando está se apresentando. Para ilustrar, ela conta à reportagem um caso ocorrido com José Bonifácio “Boni” de Oliveira Sobrinho, ex-todo-poderoso da TV Globo. 

“É um dos homens mais inteligentes que conheci e a mulher dele, Lu, é igualmente inteligente. Ela é rápida no gatilho e não deixa nada sem resposta. E ele é também é um gourmand, adora comer bem, uma mesa bem-arrumada, conhece muitos vinhos e tal. Resolveu inaugurar uma churrasqueira em uma casa belíssima deles, em Angra dos Reis. Na verdade, era uma área gourmet que iria ser inaugurada com um churrasco”, diz.

“Boni conversou com Lu e disse: ‘Vamos ligar para os nossos amigos que têm casa em Angra para ver quem está vindo, porque já analisei o espaço lá na área da churrasqueira e observei que cabem, confortavelmente, 30 pessoas assentadas’. Aí ligaram para um, para outro e quando chegou no número de 30 pessoas, Boni disse: ‘Pronto, está ótimo, acho que já falamos com quase todos os nossos amigos’. E ele então encomendou a carne, isso e aquilo, bebidas e contratou um churrasqueiro.”

“Porém, na véspera do churrasco, Lu saiu de lancha com o filho Bruno e, passeando, foi convidando todo mundo que encontrava pelo caminho”, conta Gilda. “Chegou o dia do churrasco, o Boni, todo arrumado, estava perto do deck quando encostou uma lancha cheia de gente conhecida, mas que não estava na lista. Quando encostou a terceira lancha, cheia de gente que ele conhecia, mas que não estava na lista, disse para o filho: “Bruninho, vá chamar a sua mãe!’. Quando Lu chegou, disse: ‘Oi, Bombom!’. Ela perguntou: ‘O que foi, Bombom?’. Ele, já nervoso, perguntou: ‘Quem é aquela pessoa ali?’ ‘Bombom, você está precisando de óculos, é o fulano, nosso amigo’. Ele respondeu: ‘Eu sei, mas ele não estava na nossa lista’. ‘Ah, Bombom, o que é que tem?’. Nisso, o filho Bruno disse para o pai: ‘Ela convidou todo mundo que encontramos pelo caminho durante o nosso passeio de lancha ontem’.”

“Aí Boni ficou bravo e disse: ‘Poxa, Lu, não falei que não queria mais de 30 pessoas?’. Ela então, respondeu: ‘Ai, Bombom, não se preocupe, não, porque as minhas amigas estão todas de dieta, não comem nada’. Nervoso, ele respondeu: ‘Não comem, mas têm bunda, vão assentar aonde?’” O problema dele não era a comida, porque ele é muito farto, mas acomodar aquela gente toda. 

“ASSESSORA DE ENCRENCA”
Talk Show com Gilda Mattoso Nesta sexta-feira (18/2), às 19h, no Grande Hotel Ronaldo Fraga (Rua Ceará, 1.205, Funcionários) Ingresso: R$ 70


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