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Estado de Minas MUDANÇA

PBH exigirá comprovante de vacina para eventos com até 500 pessoas

Decisão comunicada na noite desta segunda (31/1) deverá afetar Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, patrocinada pela Lei Rouanet


31/01/2022 21:11 - atualizado 31/01/2022 21:11

Atores Maurício Canguçu e Ílvio Amaral
Espetáculo "Acredite, um espírito baixou em mim" é campeão de público da Campanha (foto: FMC/Divulgação)
A Prefeitura de Belo Horizonte voltou atrás, apenas parcialmente, da portaria para o setor de eventos. Vai exigir a apresentação do comprovante da segunda dose da vacina contra a COVID-19 para público e artistas de todas as casas de shows e espetáculos, casas de festas, discotecas e espetáculos circenses com plateia de até 500 pessoas.
 
A comunicação foi feita na noite desta segunda (31/1) pela assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde. “Com as atualizações, casas de teatro, de shows, de espetáculos e similares com público sentado de até 500 pessoas precisarão apresentar o comprovante de vacinação completo contra a COVID-19, desde que não haja serviço de alimentação e de bebida”, diz a nota.
 
A nova portaria será publicada nesta terça-feira (1º/2), no “Diário Oficial”. No caso de público acima de 500 pessoas, será necessário apresentar tanto o teste com resultado negativo para a COVID-19 quanto o comprovante de esquema vacinal completo.
 
A classe artística se reuniu para manifestação no final da manhã de hoje, em frente à prefeitura. “Kalil, deixa artista trabalhar!”, eram as palavras de ordem dos manifestantes. Ao longo do fim de semana, houve postagens nas redes sociais, com vídeos de atores pedindo que o poder público municipal os deixasse trabalhar.
 
No início da tarde, por meio de sua assessoria de comunicação, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou que não seria mais necessária exigência de comprovante de vacinação da segunda dose da vacina contra a COVID-19 e de teste PCR. Poucas horas depois, mudou de ideia. 
 
Cancelada em 2021 em decorrência da crise sanitária, a tradicional Campanha de Popularização do Teatro e Dança realiza sua 47ª edição desde 13 de janeiro. Vem ocupando 29 teatros e espaços alternativos de Belo Horizonte. O encerramento está previsto para 27 de fevereiro.
 
Na semana passada, quando foi anunciada a exigência de cartão de vacinação e teste, alguns produtores se adiantaram e cancelaram sua participação no evento. É o caso dos espetáculos “O livro encantado” (6/2, no Sesiminas, e 26 e 27/2, no Marília); “Macho man” (3 a 6/2, na Funarte); “A que ponto chegamos” (6/2, no Marília, e 11 a 20/2, na Funarte); “Atendendo a pedidos” (31/1 e 2 e 3/2, no Feluma); “As santinhas do pau oco” (3/2, no Palácio das Artes, e 12/2, no Cine-Theatro Brasil Vallourec) e “Maternar” (3 a 6/2, no Teatro da Cidade).
 
Coordenador da campanha de popularização, Dilson Mayron afirma que quem adquiriu ingressos para esses espetáculos receberá o estorno. As sessões foram realizadas normalmente até domingo (30/1). As apresentações de ontem, hoje e amanhã foram canceladas. Os ingressos também serão devolvidos.
 
Nesta segunda-feira, foi interrompida a venda de ingressos on-line, e fechados os postos físicos, nos shoppings Pátio Savassi e Cidade.
 
A exigência de esquema vacinal completo esbarra em outra questão. Portaria da Secretaria Especial da Cultura, em vigor desde 5 de novembro de 2021, proíbe a exigência de passaporte sanitário em projetos financiados pela Lei Rouanet. A lei permite que empresas abatam do Imposto de Renda valores investidos em projetos culturais. Na decisão, o secretário especial da Cultura, Mario Frias, determinou que nas cidades que exigem o comprovante de vacinação, os eventos devem adotar o modelo virtual.
 
A Campanha de Popularização é patrocinada pela Lei Rouanet.


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