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Star+ exibe última temporada de 'The walking dead', mas final só em 2022

Continua o suspense sobre a volta de Rick Grimes, interpretado por Andrew Lincoln. Os novos 24 episódios chegarão a público em blocos


01/09/2021 04:00 - atualizado 01/09/2021 07:52

Sobreviventes lutam para encontrar água e comida na última temporada da série, em cartaz no Star (foto: AMC/REPRODUÇÃO)
Sobreviventes lutam para encontrar água e comida na última temporada da série, em cartaz no Star (foto: AMC/REPRODUÇÃO)

Para os milhões de fãs no mundo inteiro que acompanham “The walking dead”, o anúncio de que a 11ª temporada seria a última foi uma surpresa. Mas não só para eles. “Quando começamos a trabalhar nos episódios, não era para ser o final”, diz a showrunner Angela Kang. “Mas a pandemia mudou os planos.”

Foi preciso alterar o planejamento para que houvesse uma conclusão da trama, baseada nos quadrinhos de Robert Kirkman, que se tornou um dos maiores sucessos da televisão na última década, chegando a levar mais de 14 milhões de americanos a assistirem ao vivo a cada episódio. Desde terça-feira (31/08), a derradeira temporada da série é exibida pelo serviço de streaming Star+.

''Como escrevemos uma história sobre o apocalipse, nós, roteiristas, estamos sempre pesquisando eventos mundiais que levam à beira do precipício. Estudamos o que ocorreu durante as pandemias''

Angela Kang, showrunner de ''The walking dead''



TRUMP

Muita coisa mudou no mundo desde a estreia da atração, em 2010. Na época, Barack Obama era o presidente dos Estados Unidos, séries e filmes sobre o apocalipse eram comuns. A eleição de Donald Trump em 2016, que aprofundou as divisões no país e no mundo, fez com que o cinema e a televisão tivessem dificuldade de acompanhar a vida real. Em 2019, veio a pandemia para tornar as comparações de pessoas com zumbis ainda mais frequentes.

“Às vezes a série fica mais sombria, às vezes, mais leve”, comenta Angela Kang, que assumiu o comando da sala de roteiristas na nona temporada. “Sempre buscamos o equilíbrio, porque seria muito difícil assistir se fosse totalmente desolador. No fim das contas, trata-se de uma história de sobrevivência. Essas pessoas se tornaram família umas para as outras, e darão a vida para protegê-las.”

De acordo com a showrunner, “The walking dead” sempre teve um fundo de esperança. “É a única coisa que faz com que alguém acompanhe uma história dessas depois de tantos anos, sem desistir quando coisas difíceis ocorrem.”

O que ocorre no mundo afeta, sim, “The walking dead”, ela observa. “Qualquer pessoa criativa é tocada pelo mundo à sua volta. Não somos ilhas.” A chegada da pandemia teve influência também na forma de produzir as cenas elaboradas, com centenas de figurantes.

“Como escrevemos uma história sobre o apocalipse, nós, roteiristas, estamos sempre pesquisando eventos mundiais que levam à beira do precipício. Estudamos o que ocorreu durante as pandemias e como as coisas se desmantelaram”, diz Kang.

Para ela, foi estranho quando tudo passou a fechar por causa da COVID-19. “Foi uma experiência surreal da vida imitando a arte e da arte imitando a vida. Vi fotos de estradas em que filmamos vazias como na série. E também vimos as lutas por justiça social nos EUA. Estamos lidando com temas assim nesta temporada”, afirma. “A verdade é que nós, seres humanos, passamos por muitas coisas ao longo do tempo que se assemelharam ao apocalipse. E as pessoas se juntaram e tentaram lutar contra isso. Absorvemos algumas dessas emoções, pois eram muito relevantes para a história que estamos contando.”

No começo da 11ª temporada, Maggie (Lauren Cohan) lidera o grupo de busca de comida que inclui Negan (Jeffrey Dean Morgan) e Daryl (Norman Reedus), enquanto Eugene (Josh McDermitt), Yumiko (Eleanor Matsuura), Ezekiel (Khary Payton) e Princess (Paola Lázaro) são interrogados ao tentar se juntar ao Commonwealth.

O conflito principal, claro, é entre Maggie e Negan, que assassinou brutalmente o marido dela, Glenn (Steve Yeun), na sétima temporada, e acabou aceito pelo grupo.

DESAFIO

Concluir uma série de tanto sucesso é sempre desafiador – que o digam “Lost” e “Game of thrones”, entre outras produções. “Somos gratos aos fãs que nos seguiram até aqui. Queremos que amem o trabalho que colocamos na tela, esperamos que se sintam satisfeitos com o final. Mas também sabemos que eles são muitos, e cada um gosta da série por um motivo diferente”, comenta Angela Kang. “Há muita expectativa, e isso é um pouco assustador. Mas, no fim das contas, é um episódio entre tantos que fizemos. Espero que as pessoas sintam que a jornada tenha valido a pena.”

Apesar de “The walking dead” estar acabando, o fim ainda vai demorar. Serão 24 episódios, divididos em blocos. O final, mesmo, fica para 2022. Até lá, pode dar tempo de trazer de volta Rick Grimes, o protagonista da trama até sua saída na nona temporada. Por enquanto, Angela Kang não confirma nem descarta essa possibilidade. (Estadão Conteúdo)


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