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Estado de Minas

Marina Sena lança o disco 'De primeira' e avisa: 'Sou artista completa'

Com 10 faixas, primeiro álbum solo da cantora e compositora mineira aposta na pegada pop, com canções sobre relacionamentos amorosos


19/08/2021 04:00 - atualizado 18/08/2021 23:55

Marina Sena é 'artista radar' do Spotify, depois de 'Me toca' ficar entre as 50 canções mais viralizadas do país
Marina Sena é "artista radar" do Spotify, depois de "Me toca" ficar entre as 50 canções mais viralizadas do país (foto: Fotos: Fernando Tomaz/divulgação)

"Eu era aquela criança que dizia que queria ser famosa. Quando me imaginava fazendo um show, pensava na multidão de 500 mil pessoas. Se é para querer, eu vou querer tudo"

Marina Sena, cantora e compositora


Para qualquer artista, declarar o sucesso de um disco antes mesmo do lançamento seria considerado, no mínimo, pretensioso. Marina Sena não acredita nisso, tanto que o nome do álbum que ela lança nesta quinta-feira (19/08), por meio dos selos Alá e Quadrilha, é “De primeira”.

A escolha do título pode ser explicada de três formas. Primeiro, porque a cantora e compositora mineira acredita que o álbum é seu passe para o sucesso; segundo, porque ela confia na qualidade do registro; e terceiro, porque essa era uma expressão usada por sua avó Stelina.

“Vai bombar de primeira, tenho confiança. Também acho um disco de primeira qualidade. E essa era a expressão que minha avó dizia muito: 'De primeira as coisas eram diferentes', 'de primeira a carne era mais barata'. Ela a usava para falar das coisas de antes. Sinto que meu disco traz uma nostalgia, parece que já existiu em um tempo que ninguém sabe”, explica ela.

BANDAS 

Desde que iniciou a carreira de cantora no grupo A Outra Banda da Lua, em 2015, quando morava em Montes Claros, Marina Sena, de 24 anos, alimentava a vontade de fazer um disco para chamar de seu. Depois de entrar para a banda Rosa Neon e seu trabalho ganhar projeção nacional, a mineira de Taiobeiras começou a vislumbrar mais de perto a realização desse sonho.

“Sempre tive o plano de fazer um disco, mas ainda não havia tido a oportunidade. Não encontrei um produtor que eu acreditasse que fosse fazer do jeito que imaginava. Foi já na pandemia, no início de 2020, que conheci o Iuri Rio Branco e finalmente rolou”, ela conta.

A dupla estabeleceu uma rotina de trabalho remoto. Enquanto ela compunha em Belo Horizonte, ele produzia em São Paulo. Após alguns meses de quarentena, os dois se encontraram pessoalmente na capital paulista para gravar as vozes. Tudo isso ocorreu entre março e junho do ano passado.

Quando Marina lançou o primeiro single do disco, “Me toca”, em janeiro de 2021, o álbum “De primeira” já estava pronto. Ela decidiu segurá-lo por mais tempo porque estava envolvida em outros projetos, como o EP “Catapoeira” (2021), que anunciou sua saída da Banda da Lua, e o single “A gente é demais”, que colocou ponto final na trajetória do Rosa Neon.

Depois disso, a cantora aproveitou para divulgar outra música solo. “Voltei pra mim” chegou às plataformas digitais em junho passado reiterando a intenção da mineira de se tornar uma representante brasileira da música pop. Os dois singles são boas amostras do que o público encontrará no álbum.

Cheias de personalidade, as 10 faixas trazem boas letras e instrumentais arrojados, modernos, que lidam muito bem com referências ao samba, ao axé e à MPB. Inéditas, as composições foram escritas pela artista mineira ao longo dos anos e falam sobre relacionamentos.

“Qualquer relação amorosa vira música para mim”, conta Marina. “Sou muito impulsionada por isso. Sempre que rola uma coisinha, já faço música. Neste disco tem vários casos de amor platônico com gente que nem sabe, que eu nem beijei.”

Compositora incansável, Marina afirma que tem canções suficientes para cinco discos.

MULHER DE FASES 

“Sou uma pessoa de fases. Tem época em que não posso ouvir uma harmonia e já começo a pensar na melodia. As pessoas não podem me dar uma nota que já faço a música inteira. Atualmente, como estou lançando o trabalho, não tenho tempo para pensar criativamente. Há uns dois meses não componho música nova. Fico um tempo sem compor, mas já tenho mais de 60 escritas”, conta.

 As 10 que fazem parte do novo álbum foram escolhidas a dedo. Marina já mostrou trechos de algumas em apresentações on-line e nas redes sociais. Por isso, “Cabelo”, “Temporal” e “Seu olhar” talvez não sejam completamente desconhecidas para o público que acompanha a cantora de perto. Antes apresentadas em versão voz e violão, no disco elas ganham abordagem diferente.

“Pelejei”, segunda faixa, será o carro-chefe do lançamento. Divertida, a canção traz refrão chiclete associado à sonoridade dançante. O mesmo vale para a faixa seguinte, “Por supuesto”, com pegada misteriosa que cresce com a adição de guitarras e distorção na voz.

Marina Sena brilha no divertido e debochado samba de “Tamborim”. Já a faixa “Amiúde” é marcada por elementos eletrônicos que a aproximam do pop alternativo.

O trabalho cumpre a função de destacar as qualidades de Marina como cantora e letrista que sabe o que está fazendo. “Esse disco vai me levar para um ponto importante de onde eu possa seguir a carreira internacional. Ele (o álbum) vai me permitir dizer que sou uma artista completa. Componho, canto, danço, tenho voz e um senso estético massa. Aqui existe uma artista completa e pop”, ela afirma.

Antes de lançar o álbum, Marina Sena já colheu frutos de seus esforços. “Me toca”, o single que deu início à sua carreira solo, foi aposta certeira. Em fevereiro passado, a música viralizou no Spotify e figurou entre os top 50 virais do Brasil. Atualmente, ultrapassa 2,3 milhões de plays. Por isso, ela foi eleita “artista radar” da plataforma de streaming e selecionada pelo programa Foundry, do YouTube Music.

BOLHA 

Além disso, Marina estourou a bolha da cena mineira. No Spotify, a cidade em que se registra o maior número de ouvintes é São Paulo, seguida pelo Rio de Janeiro. Belo Horizonte aparece em terceiro lugar.

“Fico chocada e, ao mesmo tempo, não fico. Sempre sonhei alto. Não foi agora, que as coisas estão de fato acontecendo comigo, que comecei a sonhar alto. Eu era aquela criança que dizia que queria ser famosa. Quando me imaginava fazendo um show, pensava na multidão de 500 mil pessoas. Se é para querer, eu vou querer tudo. Quero estar nos lugares de destaque. Então, não me surpreendo, ao mesmo tempo em que me surpreendo”, explica.

A julgar por sua autoconfiança, o caminho está traçado, só falta trilhá-lo. O disco tem potencial para levá-la onde ela imagina, até mesmo contornar a pandemia. Mas se não for “de primeira”, Marina Sena terá tempo e vontade de sobra para tentar de novo.

“DE PRIMEIRA”


Disco de Marina Sena
10 faixas
Alá/Quadrilha
Disponível nas plataformas digitais


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