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Estado de Minas NA PANDEMIA

Pesquisa mostra cinema como atividade cultural que mais fez falta

Levantamento feito em parceria pelo Itaú e o Datafolha procura mapear impacto da crise sanitária no consumo cultural


24/07/2021 04:00 - atualizado 24/07/2021 07:33

Em levantamento feito em parceria pelo Itaú e o Datafolha, público apontou a ida ao cinema como a atividade cultural de que mais sentiu falta durante a pandemia(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Em levantamento feito em parceria pelo Itaú e o Datafolha, público apontou a ida ao cinema como a atividade cultural de que mais sentiu falta durante a pandemia (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
O público consumidor de cultura sente falta de eventos presenciais, especialmente shows e salas de cinema. É o que mostra o levantamento Hábitos Culturais II, realizado em parceria pelo Itaú Cultural e Datafolha: diante da oferta simultânea de shows de música ao vivo e on-line, 62% optariam pela experiência presencial, patamar igualmente verificado entre os visitantes de centros culturais.

Em apresentações de circo, teatro ou dança, a modalidade presencial também surge como a preferida, segundo 64% dos respondentes. O mesmo índice é encontrado para apresentações infantis.

Também têm alta aderência à experiência presencial as aulas e oficinas de arte (65%), as exposições e museus (63%) e as oficinas de criação para crianças (84%). Já entre os espectadores de seminários e de projetos artísticos guiados, os índices de opção pelo presencial são menores: 52% e 48%, respectivamente.

A pesquisa Itaú Cultural/Datafolha também perguntou aos entrevistados qual a atividade cultural que mais fez falta durante a pandemia. Em uma lista em que foram consideradas as três atividades preferidas, cinema ficou em primeiro lugar, com 67% das respostas, seguido por apresentações artísticas (32%), bibliotecas (21%), empatada com atrações infantis (20%), e centros culturais (17%).

PONTUAÇÃO Seminários pontuaram com 12%, mesmo índice de aulas e oficinas de arte. Exposições e museus tiveram 15% das preferências na lista tríplice, seguidos por oficinas de criação para crianças (9%). Já 8% disseram sentir falta de saraus de poesia, literários e 3% de projetos artísticos guiados. Outros 6% declararam não sentir falta de nenhuma das atividades apresentadas pelos pesquisadores.

O isolamento social provocado pela pandemia não alimentou apenas o desejo das pessoas por programas culturais presenciais – a saúde mental também foi afetada. A pesquisa revela que 36% dos entrevistados relataram problemas de saúde mental em algum morador da residência nos últimos 12 meses. O Rio Grande do Sul foi a região do país com a maior incidência de casos, com 43% de entrevistados apontando a ocorrência do problema.

Na Região Metropolitana de São Paulo, a busca por ajuda chegou a 61% dos casos relatados na pesquisa. No Rio, o índice foi de 60%. Nas cidades do interior, o índice foi maior: 67%. Na somatória de capitais e regiões metropolitanas, a procura por ajuda profissional ficou em 59%.

Em casa, as pessoas aumentaram o consumo de atividades culturais no ambiente on-line durante a pandemia e pretendem manter o hábito após a volta à normalidade. Segundo o levantamento da pesquisa Hábitos Culturais 2, o aumento de consumo de cultura no ambiente virtual ocorreu no momento em que os brasileiros passaram a ficar mais conectados à internet. De acordo com o levantamento, 76% dos entrevistados informaram que passaram a se conectar todos os dias. Em 2020, o índice era de 71%.

Isso resultou em um grande aumento também no consumo de apresentações artísticas on-line, especialmente de música, teatro e dança – no ano passado, 20% dos indivíduos diziam que consumiam este tipo de atividade no ambiente on-line. Este ano, o índice dobrou e subiu para 40%.

O levantamento ouviu 2.276 indivíduos em todo o Brasil entre 10 de maio e 9 de junho.


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