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Estado de Minas MÚSICA

Lua Zanella lança clipe 'Iara' e canta o orgulho de ser mulher trans

Cantora mineira diz incorporar 'mula-sem-cabeça versão travesti' em vídeo para comemorar o Dia do Orgulho LGBTQIA+


28/06/2021 04:00 - atualizado 28/06/2021 09:06

A cantora Lua Zanella diz que virou %u201Cmula-sem-cabeça versão travesti%u201D em seu novo vodeoclipe (foto: caio romero/divulgação)
A cantora Lua Zanella diz que virou %u201Cmula-sem-cabeça versão travesti%u201D em seu novo vodeoclipe (foto: caio romero/divulgação)

A cantora e compositora Lua Zanella lança, nesta segunda-feira (28/06), o videoclipe da canção “Iara”, inspirado em personagens do folclore brasileiro. O lançamento comemora o Dia do Orgulho LGBTQIA+.
 
Lua conta que se transforma em “mula-sem-cabeça versão travesti” no clipe, que traz elementos da estética drag e da cultura urbana, além de remeter à riqueza do imaginário brasileiro. Cuca, saci-pererê, boto-cor-de-rosa e matinta pereira também fazem parte do trabalho.

PATRIARCADO Trap e pop marcam a sonoridade de “Iara”, cuja letra se baseia nas pautas políticas e sociais características do trabalho de Lua. “A canção é uma crítica ao patriarcado, uma celebração do corpo travesti”, diz ela.
 
Lua Zanella busca expressar sua própria vivência como mulher trans nas canções, mas, segundo ela, sem deixar de lado o objetivo principal da minha arte, que é divertir o público e fazê-lo dançar”. A produção do vídeo é assinada pela Almanaque, formada por Guilherme Jardim e Samuel Fávero, com efeitos visuais criados por Gabriel Cota. O projeto de Lua foi viabilizado pela Lei Aldir Blanc, por meio de edital da Secretaria do Estado de Cultura e Turismo.
 
A artista belo-horizontina cresceu em Contagem e atualmente mora no Mofuce, ocupação urbana estudantil em BH ligada à Associação Casa do Estudante de Minas Gerais. Sua história com a música começou na igreja, tocando violino. Lua e o irmão, Vinícius de Morais, formaram o Duo InMorais e ficaram em segundo lugar no festival da canção promovido pela PUC Minas.
 
Em 2019, a cantora lançou sua primeira música, “Popotchão”, aliando-se à Almanaque de Guilherme Jardim e Samuel Fávero, que produzem trabalhos de artistas LGBTQIA .

CINEMA Formada em cinema e audiovisual, Lua diz que o curso foi fundamental para sua carreira. “A faculdade me ajudou muito no processo de entender a engrenagem para pôr minhas ideias em prática nos clipes”, conta. “O curso foi extremamente necessário para eu me lapidar enquanto artista.”
 
O nome artístico dela é homenagem à mãe, Rizza de Morais. “Quando eu tinha 13 anos, ela escreveu o soneto 'Lua', dizendo que seria o nome que daria à filha. Quando me assumi mulher, ela decidiu que esse seria o meu nome. E aceitei.”
 
Lançado em junho, o primeiro EP da cantora, “Dama de paus”, veio com seis faixas e participações de Paige (em “Rainha da Praça 7”), Della Vitti (“Nojentinha”) e In Morais (“Fora de casa”). Entre as influências da cantora estão Linn da Quebrada e Urias, artistas da comunidade LGBTQIA .
 
O som de Lua traz forte influência do rap e de seu subgênero, o trap. “Da adolescência à fase adulta, fui moldada pela excelência e excentricidade das divas pop – em especial, Lady Gaga”, afirma.
 
A cantora diz que artistas trans como ela têm de se desdobrar para conquistar espaço. “As portas de emprego são poucas e viver de arte não é fácil.” Lua fez vaquinhas para conseguir gravar os dois primeiros clipes, “Popotchão” e “Capeta”.
 
Porém, as dificuldades não se limitam ao aspecto financeiro. “Ter oportunidade de estar nos palcos, eventos e lives é um trabalho árduo. Leva tempo para as pessoas conhecerem e acreditarem no trabalho da gente.”

LIVES Mas Lua já pode comemorar vitórias. “São momentos extremamente marcantes as viagens para fazer shows, as vezes em que cantei nas paradas LGBTQIA . Tive a oportunidade de abrir lives em eventos grandes”, afirma, dizendo-se feliz por ser reconhecida no cenário pop de BH.

* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria

“IARA”
l Clipe de Lua Zanella
l Lançamento nesta segunda-feira (28/06), às 18h, no canal da artista
no YouTube.



Celebração nas telas

l DISNEY
Neste Dia do Orgulho LGBTQIA , a plataforma exibe o curta de animação “Segredos mágicos”; da Pixar; o curta “The little prince(ss)”, sobre estereótipos que ditam a relação de pais e filhos; o documentário “O que nos define?”, de Katie Couric; e o documentário “Howard: Sons de um gênio”, sobre o compositor Howard Ashman.

l CANAL BIS
Hoje, às 19h, será exibido o especial “Gloria Groove canta Sandy e Junior”. Às 20h, tem “Maria Gadú plays baloise session”; às 21h, Johnny Hooker no inédito “Macumba ao vivo”; às 22h, Elton John no Brits Icon Award; e às 23h, o documentário “Tombadoras”, com Pabllo Vittar, Gloria Groove e Aretuza Love.

l MTV
Às 17h30, o “MTV hits pride” relembra a revolta de Stonewall e a trajetória de Sylvester James, conhecido como “Rainha da Discoteca”.
l TELECINE CULT
Nesta segunda, tem maratona com os filmes “Orlando, a mulher imortal” (9h), “Tudo sobre minha mãe” (10h45), “Rafiki” (12h35), “The rocky horror picture show” (14h10), Priscilla, a rainha do deserto” (16h), “Praia do Futuro” (17h55) e “Retrato de uma jovem em chamas”(19h50).

l TELECINE TOUCH
A programação de hoje reúne os longas-metragens “Toda forma de amor” (13h15), “Sem fronteiras para o amor” (15h05), “Corações batendo alto” (16h40), “Tomboy” (18h25), “Desobediência” (20h), “Rocketman” (22h) e “O segredo de Brokeback Mountain” (0h15).

l STAR CHANNEL
Na agenda desta segunda estão os filmes “Billy Elliot” (12h15), “Guerra de casamentos” (14h) e “Com amor, Simon” (18h). Às 15h15, episódios de “Os Simpsons” abordam temas ligados ao universo LGBTQIA .


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