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Estado de Minas FOTOGRAFIA

Fachada do Palácio das Artes, no Centro de BH, virou galeria a céu aberto

Mostra 'Imagens resolutivas' apresenta 25 trabalhos plotados de 12 participantes da edição virtual do Festival Internacional de Fotografia


02/05/2021 04:00 - atualizado 02/05/2021 07:10

Trabalhos de 12 fotógrafos de vários países estão expostos na fachada do Palácio das Artes, na Avenida Afonso Pena, no Centro de Belo Horizonte(foto: Fotos: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Trabalhos de 12 fotógrafos de vários países estão expostos na fachada do Palácio das Artes, na Avenida Afonso Pena, no Centro de Belo Horizonte (foto: Fotos: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Quem passa em frente ao Palácio das Artes, no Centro, depara com 25 imagens feitas por 12 fotógrafos plotadas na fachada do prédio. Elas remetem a conflitos do mundo contemporâneo, à biodiversidade e à memória ancestral. 

O conjunto é um recorte da mostra expositiva do 4º Festival Internacional de Fotografia de BH (FIF-BH). Realizado em formato on-line em 2020, o evento recebeu 1.745 inscrições e selecionou trabalhos vindos de 19 países. A exposição física já está montada nas galerias do Palácio das Artes e na CâmeraSete – Casa da Fotografia de MG, mas só receberá visitantes quando as autoridades liberarem o acesso a esses espaços.

“Ver uma obra no âmbito presencial implica participar da experiência. O meio digital não supre a experiência do espaço, mas a nossa expectativa é de que as fotografias tragam impulsos imaginativos ao público”, afirma Guilherme Cunha, cocurador do FIF-BH.
A ação “Imagens resolutivas”, em cartaz na fachada do Palácio das Artes, se propõe a gerar reflexões sobre os impasses contemporâneos. “Buscamos imagens que contribuam para ampliar o nosso entendimento sobre as diferentes formas de pensar, sobre as maneiras de síntese de organização de visão de mundo. Queremos que elas contribuam para conseguirmos construir formas de aproximação menos polarizadas, menos agressivas”, diz Cunha.

Mostra leva para a rua fotografias que não podem ser vistas nas galerias
Mostra leva para a rua fotografias que não podem ser vistas nas galerias

ENCONTRO 
A ocupação busca conectar o material exposto com o ambiente urbano, extrapolando paredes das galerias e democratizando o acesso à fotografia, diz Guilherme Cunha, que divide a curadoria do projeto com Bruno Vilela, em parceria com Patrícia Azevedo.

“É importante que, em vez de apontar para um lugar exclusivamente de denúncia ou contribuir para enfatizar o que já está complicado de resolver, nós possamos buscar aquilo que amplia o nosso entendimento e aponta para algum tipo de resolução, daí o título ‘Imagens resolutivas’”, reforça Guilherme.

A ação reúne trabalhos das séries “Sob ataque”, de Paulo Fehlauer e Rodrigo Marcondes (Brasil); “História depois do apartheid”, de Haroon Gunn-Salie (África do Sul); “59 retratos da juventude negra brasileira”, de Edu Simões (Brasil); “Contar contos”, de Lebohang Kganye (África do Sul); “Garotas do calendário”, de Julia Gunther (Alemanha); “Nantu”, de Pablo Albarenga (Uruguai); “Cimarrón”, de Charles Fréger (França); “Heróis do brilho”, de Federico Estol (Uruguai); “Utopia plástica”, de Henri Blommers (Holanda); “Chicarron”, de Hiro Tanaka (Japão); “Regras ocultas separadas”, de Makoto Oono (Japão); e Mundos em construção”, de Nicolas Henry (França).

EM CASA 

Impedido de realizar atividades presenciais devido à pandemia, o FIF-BH promoveu, no final de 2020, palestras, oficinas, encontros com artistas e processos formativos. “No primeiro momento, a exposição do festival ocorreu de forma on-line. Também abrimos inscrições para que as pessoas recebessem uma publicação com 100 pôsteres. Com essas imagens, elas puderam montar a própria exposição em casa”, informa Guilherme Cunha. Foram enviadas cerca de 500 publicações para diferentes lugares do Brasil e do exterior.

“Assim que houver consentimento das autoridades sanitárias para que os espaços culturais voltem a abrir, teremos a exposição presencial”, garante o cocurador do FIF-BH. “São mais de 30 artistas participando da mostra física dentro das galerias, com 160 imagens, vídeos e longa-metragem”, informa Guilherme Cunha.


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