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Estado de Minas MÚSICA

Cheio de novidades, Chico Lobo lança o disco 'Alma e coração'

Com 35 anos de carreira, o violeiro experimenta novos ritmos, abre mão da percussão mineira e estreia parcerias on-line. Roberta Campos, Luiz Carlos Sá e Tatá Sympa são alguns convidados dele


14/11/2020 04:00 - atualizado 14/11/2020 10:01


Reafirmando seu lado compositor, Chico Lobo chega ao seu 26º álbum, Alma e coração, lançado nas plataformas digitais pelo selo Kuarup. Criado durante a pandemia, o novo trabalho do violeiro contou com as participações especiais de Roberta Campos, Luiz Carlos Sá, Drigo Ribeiro e Tatá Sympa.

Chico Lobo diz que o disco dialoga com a modernidade. Sua viola flerta com bateria, baixo, violões e teclados, instrumentos marcantes do pop. O projeto nasceu em março, quando a COVID-19 impôs o confinamento social aos brasileiros.

“De repente, me vi privado de ir para a estrada. Durante a minha vida, fiquei a maior parte do tempo fora de casa. Com o isolamento, tive que reaprender o meu relacionamento com a família e comigo mesmo. Isso me trouxe certa angústia, o que me fez compor compulsivamente”, conta o artista.

“As músicas começaram a nascer e percebi que as temáticas eram sempre carregadas de esperança e positividade, pois é isso que me move, não o medo de pegar a COVID-19 ou de não poder mais cantar”, revela.
Chico Lobo diz que seu novo disco canta a esperança nestes tempos difíceis de COVID-19
Chico Lobo diz que seu novo disco canta a esperança nestes tempos difíceis de COVID-19 (foto: Élcio Paraíso/divulgação)

EM CASA 

Os músicos gravaram em seus próprios estúdios domésticos. A produção é assinada por Ricardo Gomes, que assumiu baixos, teclados e violão de nylon. Participaram o baterista Léo Pires, o violonista Marcello Sylva e o cantor Ruly Ballmant, além dos instrumentistas Sérgio Saraiva e Joaollama Miranda.

O novo álbum entusiasma Chico, com 35 anos de carreira dedicada à viola caipira. “No meu trabalho, a palavra é muito carregada de esperança. Isso ficou ressaltado nas músicas, entendi que ali expressava a minha alma e o meu coração. A canção Alma e coração, aliás, acabou se tornando o nome do disco”, diz.

Foi importante a parceria com Ricardo Gomes, produtor artístico dos trabalhos de Chico desde 2016. A dupla teve de se virar para gravar em plena pandemia, durante o isolamento social. “Fiz as guias de viola e mandei para ele. A partir delas, contatamos os músicos, primordiais para a sonoridade que eu queria. Percebi que estava compondo músicas que flertavam com ritmos que ainda não havia experimentado. Abri mão da percussão mineira e trabalhei com o baterista Léo Pires, que concebeu os arranjos”, conta ele.

Marcello Sylva fez os violões de aço e de nylon. “Mandamos para o Ricardo, que colocou os baixos. Fiz as violas das 13 faixas do disco em apenas um dia. Depois, mandamos para os artistas convidados. Tive um relacionamento muito bacana com a Roberta Campos, por exemplo. Ela tinha uma canção inédita e queria que eu fizesse arranjo de viola para esta música.”

 Roberta, aliás, participa de uma faixa especial, a balada Nós. “Fiz essa música muito em função do meu relacionamento com Ângela, minha mulher. Em janeiro, completamos 25 anos de casados e 26 de trabalho conjunto. Pela primeira vez, canto um pouco do amor junto com o sertão”, diz ele.

Para Luiz Carlos Sá – da dupla Sá & Guarabyra –, Chico compôs um rock rural. “Ele sempre foi uma referência para mim”, conta o violeiro, que elogia a “linha folk muito bacana” de Drigo Ribeiro, com quem dividiu a faixa Sagrado em meu olhar, e a dobradinha com Tatá Sympa, em Própria história.

“Experimentei novos parceiros, como Joãozinho Gomes, um poeta do Norte do Brasil. Também fiz parcerias com a Simone Guimarães, com o pernambucano Tavinho Limma, com o poeta e educador Jorge Nelson e com o gaúcho Carlos de Jaguarão”, lista.

Pela primeira vez, Chico Lobo compôs on-line. “Postava o que estava compondo, alguns me mandavam letras. Tavinho Limma acabou musicando a letra que eu havia postado no Facebook.”

Outra novidade foi a gravação de videoclipes. “Nunca fiz isso durante a minha carreira”, comenta. “Foram cinco clipes dos singles lançados anteriormente. Roberta Campos gravou a parte dela em São Paulo e me mandou pela internet, gravei a minha aqui depois. Produtor e documentarista de Curitiba, Havita Rifamonte fez, a distância, os clipes de Alma e coração e Sertão com imagens do arquivo dele. Aqui, o Matheus, meu filho formado em cinema, e Juliano Souza escolheram imagens minhas em Minas para entrar em outros vídeos”, revela.

ALMA E CORAÇÃO

De Chico Lobo
Selo Kuarup
13 faixas
Disponível nas plataformas digitais




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