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Estado de Minas

Thiago Delegado diz que Moraes Moreira fará falta para a MPB

Violonista lamenta a morte do baiano: 'Acabou chorare é um disco icônico'. Nesta quarentena, ele faz lives às quintas-feiras, para manter o pique dos shows realizados semanalmente no espaço A Casa


postado em 14/04/2020 04:00 / atualizado em 13/04/2020 22:10

Fernanda Gomes*
O compositor e violonista Thiago Delegado diz que teve de se reinventar nestes dias de isolamento(foto: Beth Freitas/divulgação)
O compositor e violonista Thiago Delegado diz que teve de se reinventar nestes dias de isolamento (foto: Beth Freitas/divulgação)

A quarentena de Thiago Delegado ficou mais triste com a morte de Moraes Moreira. “Ele era inquieto, tinha muita coisa para produzir ainda. Foi uma perda para a música brasileira”, lamenta o violonista e compositor mineiro.

O álbum Acabou chorare, lançado pela banda Novos Baianos em 1972, é o favorito de Thiago. “Toquei logo depois dele na Virada Cultural do ano passado, no Parque Municipal. Óbvio que sou fã. Ainda hoje, estava comentando como o Acabou chorare é icônico”, afirma.

O isolamento social preocupa o músico. “O nosso setor foi o primeiro atingido e deve ser o último a voltar”, comenta. “A gente está vivendo em um cárcere. Eu não ficava dentro de casa, vinha só para dormir. Ia para a casa do meu pai, ensaiava, gravava e agora estou parado.”

Thiago aproveita a quarentena para estudar, ver séries e filmes, além de curtir a companhia da namorada, Mayka Bretas. “Tá sendo ótimo, na medida do possível. Com certeza, se estivesse sozinho, seria muito pior. A gente cuida das plantas e faz comida juntos”, revela. “Estou fazendo exercícios de violão que não faço desde adolescente, produzindo e tentando entrar em contato com o público por meio das lives.”

Nos dias de preguiça, ele assiste a alguma série e fica dedilhando o violão. “Estudar é ficar em contato com o instrumento e buscar coisas novas. Cada um tem a sua rotina de estudo”, explica.

Thiago também se concentra em outras duas paixões: O mentalista, série de 2008 disponível na plataforma Prime Vídeo, e reprises de jogos da NBA. E recomenda: “Engraçada e superinteligente, a série é tipo CSI, mas menos tecnológica e mais divertida. O mentalista é bem exagerada, sempre tem duas histórias seguindo juntas em cada capítulo”.

REINVENÇÃO 

Para manter contato com o público durante o isolamento social, ele aposta em apresentações on-line e vídeos nas redes. “Agora é hora de estreitar laços, criar conteúdos e ser criativo. Você tem de se reinventar para continuar existindo”, diz.

A nova rotina traz alguma ansiedade, admite. “A gente fica contando os minutos para a live começar. Antes, ela começava à meia-noite, mas os vizinhos começaram a interfonar e eu passei para as 23h”, revela. Elas vão ao ar às quintas-feiras, no Instagram do músico (@thiagodelegado).

Acostumado a fazer shows semanalmente no espaço A Casa de Cultura, no Bairro Santa Efigênia, em BH, ele sente falta do contato com o público. “Era uma tradição, um ponto de encontro. A galera ia pra lá para continuar os rolês”, brinca, dizendo que a agenda ocorria “faça chuva ou faça sol”.

“Agora, é cada um tomar seu vinho e sua cerveja dentro de casa. A gente tenta trazer um pouco daquele clima de encontro d'A Casa para as lives”, conclui.

*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria


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