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Série 'Irmandade' mostra o surgimento das facções criminosas no Brasil

Exibida pela Netflix, atração é estrelada por Seu Jorge, Lee Taylor e Naruna Costa. Cenário foi um pavilhão desativado de presídio paranaense que recebeu condenados da Lava-Jato


postado em 25/10/2019 04:00 / atualizado em 24/10/2019 19:31

Em Irmandade, Naruna Costa e Seu Jorge são irmãos em lados opostos(foto: Aline Arruda/divulgação )
Em Irmandade, Naruna Costa e Seu Jorge são irmãos em lados opostos (foto: Aline Arruda/divulgação )
Localizado na Região Metropolitana de Curitiba, o Presídio Estadual de Piraquara chegou às manchetes depois de receber condenados da Operação Lava-Jato. A penitenciária volta à televisão por uma razão mais nobre, digamos assim. Um pavilhão desativado serviu de locação para Irmandade, série em oito episódios da Netflix que marca a primeira produção da O2 (de Fernando Meirelles e companhia) para a plataforma de streaming.

O cenário é bem anterior ao do escândalo de corrupção. Ambientada em 1994, em São Paulo, a série acompanha o nascimento da facção criminosa que dá nome à produção. Condenado a 20 anos por tráfico de drogas, Edson (Seu Jorge) é o líder da Irmandade. Há tempos sem ter notícias do irmão, a advogada Cristina (Naruna Costa) fica sabendo, por meio de um processo, dos maus-tratos que ele sofre atrás das grades. Resolve intervir, por meios ilícitos. Se dá mal, perde o emprego e é chantageada por um investigador. Entra para a Irmandade para se tornar informante da polícia.

Criada por Pedro Morelli, a trama é ambientada no início dos anos 1990 porque a produção queria uma mulher como protagonista. “Antes do celular, as mulheres tinham a função de comunicação entre os mundos interno e externo”, comenta Morelli.

Para a série, que consumiu os dois últimos anos, houve intensa pesquisa sobre facções criminosas. “Elas nasceram naquele momento como reação à opressão do sistema carcerário. Falta de direitos humanos, tortura, isso sempre existiu. Porém, na década de 1990 era pior do que hoje. Os presos se uniram em grupos para se organizar e resistir. A opressão foi o grande erro do Estado, pois só os estimulou mais”, continua o diretor.

Rodada em São Paulo e Curitiba, Irmandade procura não tomar posição. Bandidos e mocinhos, ninguém é totalmente ruim, tampouco um poço de bondade.

No elenco secundário, destacam-se Lee Taylor (Ivan, iniciado na Irmandade, deixa a cadeia nos primeiros episódios) e Pedro Wagner (Carniça, o segundo homem da facção, que comanda os negócios fora das grades).

Wagner, cujo personagem não demora a confrontar com o de Seu Jorge, vê Carniça como o bandido clássico. “Extremamente machista e violento, seu exercício é massacrar o outro, pois ficou daquele jeito por força das circunstâncias. Só que acabou tomando gosto”, comenta o ator, que se inspirou no personagem de Willem Dafoe no filme Coração selvagem (de David Lynch, 1990).

Lee Taylor retorna à Netflix depois viver, pelo segundo ano, o procurador Cláudio Amadeu na série O mecanismo. Ivan não é um bandidão como Carniça, só quer ter uma vida normal quando deixar a cadeia. Porém, vê-se preso na teia da Irmandade. “Adoro a possibilidade de transitar por personagens o mais distantes de mim possível”, diz Taylor, que atualmente é o policial Caio na novela A dona do pedaço, na Globo.

“Ivan não é o meu primeiro preso (ele foi Rafa no filme Salve geral, de 2009, seu longa de estreia), mas é o primeiro bandido que realmente toma gosto de estar naquele lado”, diz Taylor. Para o ator, o personagem experimenta uma grande mudança. “Ele entra na facção como uma estratégia, mas à medida que se envolve mais, acaba tendo outra concepção do crime e deixa de pensar no individual para entender a força do coletivo”, conclui.

IRMANDADE
. Oito episódios
. Disponível na Netflix


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