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Estado de Minas

Helvécio Carlos


postado em 19/05/2019 04:10




“Somos multisserviços”

O amor pela moda começou cedo para Rodrigo Cezário. Ainda criança, admirava o trabalho da mãe, Elisete Fonseca Cezário, e da avó, Maria José de Jesus, sempre ao pé de máquina de costura. Anos mais tarde, o rapaz ganhou as passarelas. Apadrinhado pelo então colunista Marcelo Rios,
foi escolhido para o casting em dois desfiles das coleções dos estilistas Ronaldo Fraga e Jota Syballena. “Mas me interessei mesmo foi pelos bastidores do mundo da moda”, conta Rodrigo, que produziu muitos catálogos, desfiles e, em 2003, ao se formar em marketing, abriu o escritório para oferecer também consultorias. “A diversidade de segmentos em que atuo, como o desenvolvimento de produtos e o styling, ampliou ainda mais o meu escopo de trabalho. Confesso que hoje tenho contato com áreas em que nem imaginava atuar, mas que me acrescentaram muito”.

No ano em que completa 15 anos da abertura de seu escritório, Rodrigo se une ao Coletivo Contorno. “Quando precisei desmontar o meu home office, achei a oportunidade de compartilhar o espaço no Coletivo perfeita para o intercâmbio de conhecimentos e expertises. A Marja Marques é designer e publicitária, e o Maurílio Maia também é designer e cenógrafo. Juntos pretendemos oferecer atendimento completo para nossos clientes, do planejamento estratégico à produção cultural. Somos multisserviços”, define Cezário, que é ainda conselheiro titular no segmento do design no Conselho Estadual de Política Cultural. Entre os sonhos, Rodrigo quer usar cada vez mais a moda e o design “como ferramentas para o desenvolvimento social, fomentando novos modelos de negócios sustentáveis”.

COM A PALAVRA
RODRIGO CEZÁRIO, consultor de moda

Como você avalia o mercado de moda em Belo Horizonte nos últimos 15 anos?

Não há dúvidas de que o mercado cresceu. As faculdades trouxeram novos profissionais e novas marcas. Nos últimos anos também surgiu um grande número de empreendedores vindos de outras áreas. Hoje, a moda representa fonte de renda para muitas famílias e, principalmente, para os jovens. A cidade está efervescente, com uma gama enorme de artistas, designers e diversos perfis de negócios. Além da nossa tradição em moda festa e da pronta-entrega, hoje encontramos muitas opções de moda autoral e sustentável também.

E o que mais marcou a moda em Minas nesse período?

O crescimento do Minas Trend, tornando-se o maior evento de moda do Brasil. O surgimento de escolas de moda. A criação do Museu da Moda de BH, primeiro museu público de moda no país. Estas três conquistas transformaram BH em uma capital da moda e colocaram Minas em uma posição de mais respeito e destaque.

Há dois anos você atua no Conselho Estadual de Política Cultural como conselheiro titular do segmento de design. Qual a função do conselho e o que ele já trouxe de benefícios efetivos para a política?

O conselho é um órgão consultivo, propositivo e deliberativo da Secretaria de Estado de Cultura, composto por representantes da sociedade civil e do poder público, e tem objetivo de construir políticas estruturantes para a cultura no estado. Ele é um corpo democrático, pois deve ser a voz dos vários setores culturais junto aos governantes e legisladores. A principal conquista do conselho foi a construção e aprovação do Plano estadual de cultura, que deve guiar políticas públicas para os próximos anos.

Por conhecer bem os meandros da moda mineira você encontra mais dificuldades ou facilidades para atuar no conselho?

Trabalhando como consultor, tenho a oportunidade de visitar empresas nos quatro cantos do estado. Isso me deu uma visão do potencial que temos em Minas. Por todas as regiões mineiras vemos costureiras, bordadeiras, outros atores da moda, além de muitos empreendimentos na área. Isso, sem dúvida, contribui para minha atuação como conselheiro, pois vejo essas pessoas tirando da moda o seu sustento, fazendo a cultura através do seu trabalho.

A tecnologia está revolucionando o mundo moderno. O que ela traz de bom e ruim para o seu trabalho e a moda?

Com esta revolução veio a valorização do não profissional, aumentando a competitividade e a necessidade de renovação em ritmo acelerado. Como o estado da moda é do efêmero, esse cenário é desafiador, mas muito estimulante, pois me levou a querer fazer o que eu faço de forma cada vez melhor, buscando excelência na minha formação.

Hoje todo mundo se julga o dono do pedaço e dá dicas de tudo em rede social. Como você faz para separar o joio do trigo na moda?

Eu acompanho pessoas e perfis que realmente produzam algo concreto, seja um serviço ou um objeto, sou muito focado em pesquisa e sempre preciso deletar perfis que poluem minha timeline. Procuro manter o foco em design, moda e cultura em geral.


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