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Mitos sobre câncer


postado em 03/05/2019 05:12






Formada com dois cursos completos sobre a doença, cultivo a suposição, por conhecimento próprio, de que muito do que se diz a respeito de câncer é conversa jogada fora, necessidade humana de abordar o assunto, que, infelizmente, não está perto de ser resolvido. De qualquer forma, o tema interessa, porque a doença tem um carma especial: alguns doentes que conseguiram sobreviver não têm nem coragem de tocar no assunto, com medo de ele voltar. De minha parte, acredito que, quanto mais se desmistifica o preconceito, mais leve ele fica. Bom é que a pesquisa sobre a doença ocupa o mundo científico. Um estudo liderado pela Internacional Agency for Reserch on Cancer mostrou, no ano passado, que um em cada cinco homens e uma em cada seis mulheres terão a doença ao longo da vida. Aqui, o Instituto Nacional do Câncer mostra que 600 mil brasileiros deverão receber o diagnóstico da doença ainda este ano. O resultado é que o tamanho do problema provoca uma série de mitos, que não têm nada a ver com a realidade. O Grupo Oncoclínicas de São Paulo fez um apanhado desses mitos.

Mamografia realizada anualmente aumenta o risco de mulheres desenvolverem tumores malignos: esse é um boato recorrente e, com as redes sociais, ganhou ainda mais força nos últimos anos. Recentemente, uma nova onda de fake news invadiu grupos de WhatsApp por conta de um vídeo que passou a circular e que supostamente trazia dados comprovando que a realização anual do exame aumentaria o risco de mulheres desenvolverem tumores malignos. Todos os anos, cerca de 60 mil brasileiras recebem o diagnóstico de câncer de mama. É o segundo tipo de tumor que mais atinge as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A doença tem tratamento e as chances de recuperação total das pacientes quando o diagnóstico é feito de forma precoce supera a marca de 95% dos casos. A principal ferramenta para que isso seja possível é a mamografia, um exame que deve ser realizado anualmente a partir dos 40 anos e consegue detectar um nódulo antes mesmo que ele se torne palpável. O ultrassom também deve ser realizado em conjunto para complementar possíveis alterações encontradas na mamografia.

Tumor reincidente não tem cura: tudo depende essencialmente do tipo e do estágio desse tumor. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais chances de o tratamento ter sucesso. Quando descoberto tardiamente, podem surgir diversas complicações, mesmo após a doença ter sido tratada. Por isso é fundamental analisar cada caso individualmente.

Ingerir adoçantes causa câncer: há muitos anos o adoçante gera desconfiança em relação à segurança na saúde de quem opta por utilizá-lo e por isso há ainda quem prefira ingerir o açúcar. Estudos antigos realizados em ratos utilizando altas quantidades de adoçantes com ciclamato mostraram que, de fato, causavam câncer. Porém, análises atuais feitas com outros tipos de adoçantes não foram capazes de confirmar essa associação.

O câncer antes dos 30 anos é 100% hereditário: o câncer hereditário se manifesta predominantemente em pacientes com menos de 50 anos. Entretanto só 10% dos cânceres são hereditários, enquanto os outros 90% têm relação com o estilo de vida. Conhecer o histórico familiar é essencial, mas é preciso também ter cuidado com hábitos do cotidiano. Alimentação saudável, prática de exercícios físicos e a ingestão controlada de bebidas alcoólicas são algumas atitudes que podem prevenir o desenvolvimento do câncer antes dos 30 anos.

Toda mulher que contrai HPV terá câncer: o vírus do HPV é a principal causa do desenvolvimento do câncer uterino. Porém, existem 40 tipos de vírus e nem todos levam à doença. Para que esse tipo de câncer surja, há outros fatores associados, como baixa imunidade, tabagismo, múltiplos parceiros sexuais.

Refrigerante pode causar tumores: não é novidade que o consumo de bebidas açucaradas como o refrigerante faz mal à saúde. Médicos e nutricionistas sugerem, inclusive, que o consumo desse tipo de produto seja abandonado para que a pessoa tenha uma qualidade de vida melhor e a chance de ter diversos tipos de doenças seja menor. Porém, muito tem se falado que, além da obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, o refrigerante também causa câncer. O refrigerante não tem ligação direta com a doença.

Hipotireoidismo ou hipertireoidismo são sintomas do câncer de tireoide: a secreção aumentada deles provoca o hipertireoidismo, enquanto a secreção diminuída, o hipotireoidismo. O aparecimento de nódulos não significa que seja de fato um câncer. Em 90% dos casos, os nódulos identificados são benignos, ou seja, não é câncer.

Implantes de silicone podem causar câncer de mama: o câncer de mama é uma doença que acomete a glândula mamária, sobretudo os dutos e lóbulos. Porém, as próteses de silicone são vistas por alguns como um fator para o surgimento da doença. Apesar de ser uma questão levantada há anos, estudos comprovaram não haver relação entre o uso de próteses com o câncer de mama.


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