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Cinco grafiteiros de BH e São Paulo expõem na Galeria Gilda Queiroz

MA3, FHERO, ONESTO, BIOFA e HOPE participam da exposição Adjunto, que ficará em cartaz até 18 de maio. A proposta é aproximar o público da linguagem da arte de rua


postado em 18/04/2019 05:06

(foto: MA3/DIVULGAÇÃO)
(foto: MA3/DIVULGAÇÃO)


Expressão artística pujante nas ruas de várias cidades do planeta, o grafite também tem seu espaço em áreas fechadas. Será inaugurada nesta quinta-feira (18), na galeria Gilda Queiroz, no Bairro São Pedro, a exposição Adjunto. A mostra reúne trabalhos de cinco artistas de Belo Horizonte e São Paulo que há décadas se dedicam a colorir as cidades com propostas criativas e transformadoras. Com objetivo de aproximar essa linguagem do público, eles trocam o espaço urbano pelas telas, exibidas até 18 de maio.

O idealizador do evento é o belo-horizontino de nascença e residência Matheus Aminadab, conhecido como MA3. Ele emprega seus traços pelas ruas e avenidas da cidade desde 1993, quando tinha somente 13 anos. Vindo de uma origem mais underground dentro da arte urbana, mas hoje com um repertório vasto de cores e formas, ele é categórico ao falar sobre o tema: “Quando o grafite vai para a galeria, ele deixa de ser de grafite”. No entanto, ao executar a proposta, a ideia é que “o público possa entender as relações culturais e sociais dessa arte”, afirma.

Em vez de muros ou fachadas de prédios, MA3 colocará sua criatividade em telas, como fazem profissionais de outros campos das artes visuais. Seus trabalhos se juntarão aos de quatro artistas, todos com atuação desde os anos 1990: ONESTO, paulistano cujas obras exploram a relação entre as cidades e seus habitantes; BIOFA, também da capital paulista, que apresenta pesquisas relacionadas à reutilização de objetos descartados e de locais esquecidos pela própria cidade; HOPE, outro paulistano, com influências dos cartoons e da street art; e FHERO, que nasceu em São Paulo, mas vive em BH e costuma utilizar poucas cores, mas traços fortes e elementos da cultura brasileira em suas criações.

“São artistas que estão há muito tempo contribuindo com a cidade, fazendo intervenções. Então, é um pessoal que tem uma bagagem bem ampla, com estilos bem peculiares, mas com uma linguagem parecida, porque viemos da mesma época e compartilhamos muitas referências”, explica MA3, que na capital mineira tem grafites feitos, entre outras regiões, no Bairro Santa Tereza, no Buritis e na Pedreira Prado Lopes (reconhecida por alto índice de carência social e com marcas profundas de violência), onde atuou no Projeto Gentileza, criado em 2017 pela Prefeitura de BH para incentivar a arte urbana na capital.

MA3 argumenta que “o grafite é uma arte que está ali para interagir com o espectador e fazer pensar. Cada um enxerga de um jeito e tira um proveito daquilo ali. Estamos há muito tempo nas ruas restaurando lugares degradados e até fazendo trabalhos que deveriam ser do poder público, de decorar e dar nova vida a ambientes abandonados. Temos essa cultura desde sempre”.

PAPEL NOBRE O artista destaca a relevância social da arte. “Ainda há certa resistência. Na cultura do grafite, a gente costumava pintar primeiro e pedir depois. Às vezes, havia certa truculência por parte da polícia, muita gente não sabe diferenciar o grafite do vandalismo, mas isso tem mudado. O grafite tem uma importância social grande, de tirar gente do crime, assim como o hip-hop faz, e novos artistas vão surgindo. Hoje, muita gente admira e gosta dos nossos trabalhos. Vivemos em uma sociedade muito deficiente de cultura e arte. Até por isso estamos levando o grafite para a galeria, onde ele se torna menos efêmero e permite a mais pessoas ‘consumir’, conhecer quem faz e até colecionar o artista, como ocorre tradicionalmente em outras artes”, reforça.

Os cinco artistas apresentarão novidades em telas de tamanhos variados, mas que possibilitam a aquisição por potenciais interessados em colecionar. “Mostraremos as essências e técnicas do grafite e da nossa criatividade e o estilo que costumamos usar nas ruas. Queremos que as pessoas contemplem isso, para incentivar o colecionismo do que fazemos e uma interação maior. Muita gente vê os grafites na rua e não sabe de quem é. Essa exposição será uma grande oportunidade de conhecer”, destaca MA3. A mostra Adjunto é gratuita e ainda contará com intervenções de outros campos da arte ao longo da programação.


ADJUNTO
Trabalhos de MA3, FHERO, ONESTO, BIOFA e HOPE. Gilda Queiroz Galeria de Arte. Rua Viçosa, 229, Bairro São Pedro, (31) 3223-4528 e www.facebook/GildaQueirozGaleriaDeArte. De segunda a sexta, das 10h às 18h; sábado, das 10h às 14h. Até 18 de maio. Não abre na sexta-feira santa (19).


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