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Hyldon reclama de 'desrespeito'


postado em 13/04/2019 05:05

Hyldon discorda da reedição de discos rejeitados por Tim Maia(foto: Daryan Dornelles/divulgação)
Hyldon discorda da reedição de discos rejeitados por Tim Maia (foto: Daryan Dornelles/divulgação)

Há uma questão delicada em relançamentos feitos à revelia de artistas que já morreram. O cantor e compositor Hyldon considera um desrespeito trazer à luz a fase que Tim Maia teria relegado à escuridão.

“O problema é que existe muito cacique para pouco índio, e as pessoas se esquecem de que, nessa tribo, só existe um cacique: Carmelo Maia. Se quiserem decidir sobre as questões do meu pai, posso repassar a elas os 413 processos que Tim deixou para eu resolver”, afirma Carmelo Maia.

O filho diz que Tim já vinha em um processo de aceitação das músicas. “Ele tocava Racional culture nos shows dos anos 1990. Tenho isso gravado. Mas falar de Tim Maia é como falar de Seleção Brasileira em Copa do Mundo, todo mundo vira técnico. Estou aqui seguindo os mandamentos Maia”, garante.

Há um elo perdido no horizonte de Carmelo. Ele sonha em descobrir onde estariam as gravações que Tim Maia fez com a JB Band, o grupo de James Brown, nos Estados Unidos. Por ora, não se sabe se elas existem mesmo. Outro projeto que o herdeiro diz estar negociando é a montagem de um musical sobre o pai, desta vez na Broadway.

Ao mergulhar na fase espiritual, Tim Maia confirmou um comportamento artístico quase unânime. “As fases espiritualistas costumam render grandes álbuns”, afirma Ramiro Zwetsch, da Patuá Discos.

AFRO-SAMBA
Discos históricos foram criados sob o manto da fé. Baden Powell e Vinicius de Moraes mergulharam nos terreiros para realizar, em 1966, a antologia de afro-sambas. John Coltrane queria toda a verdade do universo e a proximidade com seu criador ao gravar A love supreme, em 1965. Os Beatles se entregaram à meditação transcendental do mestre Maharishi Mahesh Yogi e foram à Índia criar canções que usariam em vários álbuns – entre elas Dear prudence, Norwegian Wood e Across the universe.

No Brasil, Raul Seixas fundou, ao lado de Paulo Coelho, a irmandade Sociedade Alternativa, lançada no disco Gita, de 1974, e baseada em pensamentos do ocultista britânico Aleister Crowley. Quando ele e Tim se encontraram, a conversa começou a ganhar um rumo perigoso.

Tim Maia queria levar o baiano para sua seita sob argumentos não muito espiritualísticos “Tu toma cuidado, hein, magrelo. Nego cheira cocaína e fica logo com vontade de dar o... Cocaína afrouxa o brioco, mermão!”, avisou. (Estadão Conteúdo)


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