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Estado de Minas

Dicas de português


postado em 27/03/2019 05:09

Recado
“Reescrevi 30 vezes o último parágrafo de Adeus às armas antes de me sentir satisfeito.”

>>  Ernest Hemingway

O vaivém de Temer & cia.
Na quinta, Temer & cia. foram presos. Espernearam. Na sexta, os advogados entraram com pedido de habeas corpus. O julgamento foi marcado para quarta. Saiu na segunda. Ufa! A imprensa nacional e estrangeira divulgou o vaivém. Não deu outra. Os dias da semana entraram em cartaz. E chamaram a atenção.

Monday em inglês. Montag em alemão. Manadagr em escandinavo. Lunedi em italiano. Lunes em espanhol. Lundi em francês. Todos têm um significado: dia da Lua. O português fugiu à regra. O dia da Lua, aqui, se chama segunda-feira. Por quê? A história vem de longe. Lá dos sumérios e babilônicos. Ambos habitaram a Mesopotâmia (hoje Iraque) há cerca de 5 mil anos. Eles inventaram a divisão do tempo. Com eles nasceu a noção de dia, semana, mês e ano.

“Os astros são divinos”, pensavam eles. Por isso lhes consagraram os dias da semana. O Sol levou o domingo. A Lua, a segunda. Marte, a terça. Mercúrio, a quarta. Júpiter, a quinta. Vênus, a sexta. Saturno, o sábado. Com o cristianismo, as coisas mudaram. Lá pelo século 5, a Igreja decidiu: “Vamos depurar o latim. Xô, expressões do mundo pagão!” Pronto. Nasceu o latim eclesiástico. A semana foi purificada.

Resultado: os dias ganharam nomes referentes ao mundo cristão ou nomes neutros. Nada de paganismo. Algumas línguas desconheceram a mudança. Outras adotaram o sábado e o domingo. O português, que nasceu no século 13, aceitou-a integralmente. O sábado veio do hebraico shabbat, dia de descanso. (“Deus descansou no sétimo dia”, diz a Bíblia.) Dia do Sol virou domingo, de dominica, dia do Senhor (Cristo ressuscitou no domingo).

Os outros dias são dedicados ao trabalho. Feira, em latim, significa mercado. Segunda-feira é o segundo dia da semana. O primeiro, domingo. À época da criação do mundo, a semana inglesa não existia. Os súditos da rainha a inventaram tempos depois.

Por falar em habeas corpus...
A polícia bota o suspeito no xilindró. Vem uma ordem judicial. Manda soltá-lo. É que o sabido entrou com pedido de habeas corpus. A expressão jurídica é antiga como andar pra frente. Quer dizer “que tenhas o corpo para apresentá-lo ao tribunal”. Na prática, tem duas funções. Uma: pôr em liberdade quem estiver ilegalmente preso. A outra: garantir a liberdade de quem estiver ameaçado de perdê-la.

O estilo e as estrelas
“Aprendemos no céu o estilo da disposição e também o das palavras. As estrelas são muito distintas e muito claras. Assim há de ser o estilo – muito distinto e muito claro. E nem por isso temais que pareça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas e muito claras. E altíssimas. O estilo pode ser muito claro e muito alto. Tão claro que o entendam os que não sabem e tão alto que tenham muito que entender os que sabem.” (Padre Antônio Vieira) 

Nobel da educação
Viva! Professora paulista foi finalista do Global Teacher Prize. É o Nobel da Educação. Ao dar a notícia, repórteres mudaram o acento da palavra. Pronunciaram Nóbel. Bobearam. Nobel joga no time de Mabel e papel. A sílaba tônica é a última.

Propaganda enganosa
“SafraPay – a única máquina que você não compra e nem paga aluguel”, diz propaganda divulgada pela tevê. Não convence. Por quê? Nem significa e não. Por isso é redundante dizer e nem em construções como a apresentada. Melhor: SafraPay – a única máquina que você não compra nem paga aluguel. No sentido de nem sequer, o uso de e nem é livre: Ouviu as acusações e nem se abalou.

Leitor pergunta
A coluna da última quarta-feira apresentou as preposições de maneira aleatória. Seria bem-vinda a apresentação em ordem alfabética, fato que facilita a memorização. Que tal?
>>  Orlando Casado, Santos

Leitor não pede. Manda. Ei-las: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por (per), sem, sob, sobre, trás.


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